Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

SUINGUE EM ARACAJU

17 junho 2008

Longe, mas muito longe de querer competir com as Histórias do Jazz de meu amigo LLulla tenho cá também as minhas. Em 1990 tive que ir a trabalho à simpática Aracaju e levei minha esposa aproveitando um fim de semana. Em lá chegando, uma sexta por volta das 21h cansado e com muita fome, dado que comida de avião bem... já sabem. Registro no hotel e pergunto se o restaurante estaria aberto e o boy confirma até as 23h e hoje tem música ao vivo!. Êpa, deve ser um sanfoneiro pensei, pior se for dupla sertaneja, mas vamos lá.
Ao chegar perto do hall do restaurante eis que escuto um suingue daqueles bem balançante com o som de vibrafone, sax, piano, baixo acústico e bateria. Entro no salão e lá estava ao vivo um senhor tocando um vibrafone e um rapaz com um sax-tenor ao pescoço e só. Percebí que piano, baixo e bateria estavam gravados e que os 2 faziam sozinhos o espetáculo. Local vazio com mais duas mesas uma com um casal e outra com dois cidadãos já um tanto altos, todos conversando.
Sentamos e fiquei atento, uma ensemble e a coda. Batemos palmas timidamente e aí disse para Lúcia minha esposa ― poxa muito bom, o cara parece até com Terry Gibbs.
O vibrafonista olhou em nossa direção e veio ao nosso encontro e com sotaque de gringo travou-se o diálogo:
Vib – "com licença, bua note, - o sinhor gostar de jazz?
MJ - "sim, gosto muito"
Vib – " o sinhor falar Terry Gibbs?"
MJ – "é... acho que você toca algo parecido com o estilo dele e você? conhece Terry Gibbs?
Vib - " bem... vou le dizer, eu ser sobrinho de Terry Gibbs! Yes, e vou tocar pra sinhores"
Assim jantamos se não me engano uma ótima moqueca e ao som de um bom Jazz .
Depois levantei e fui falar com Steve o vibrafonista que me deu o cartão abaixo e explicou ter vindo dos EUA para a Argentina onde conheceu Alejandro o sax-tenor, também muito bom, depois para o Brasil no Rio e São Paulo mas achou difícil arranjar alguma coisa para sobreviver com música e seguiu para o nordeste, adorou Aracaju, onde casou e abriu um curso de inglês e fazia as apresentações no hotel às sextas e sábados e ainda mais tarde no sábado e domingo em um bar. Também tocava em eventos. Mostrou que possuia mais de 30 fitas K7 com a base das músicas de "JAZZ E BOSSA-NOVAS" e "BOM RITMO É O NOSSO NEGÓCIO" aliás um bom negócio. UMA GRANDE SURPRESA.


Nenhum comentário: