Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

HISTÓRIAS DO JAZZ N° 57

11 março 2008



Mais Max ...



Relembrei quando escrevia a história anterior que após o falecimento do amigo Max tive a idéia de imaginar o seu encontro com José Maria Pacheco, também da AND e a curtição dos dois ouvindo as orquestras dos “band leaders” que já tinham subido. Claro,um encontro com Glenn Miller era fundamental e então escreví um conto intitulado “Max e Glenn Miller” que vem se constituir em nossa próxima história. Espero que gostem .




MAXWELL JOHNSTONE & GLENN MILLER (outubro, 1996)


E Mr. Maxwell chegou lá. Após ser liberado da burocracia celestial, foi encaminhado ao salão de despachos onde um anjo lia em voz alta o destino dos recém-chegados e o respectivo guia que os levaria até lá. Soube então que seria encaminhado a galáxia musical,tendo como cicerone, nada mais nada menos do que São Jorge.
Durante o trajeto pouco conversaram mas, o santo quis saber porque o mister deixara a Inglaterra para viver no Brasil. Max explicou que foi uma opção pessoal, nada tendo contra o seu país natal. Ouviu então a queixa do santo, contra a terra que o incluiu num negócio chamado “candomblé”, onde era tratado por Ogum. Max teve que explicar que não freqüentava aquele culto, sobre o qual nada sabia.São Jorge aceitou as explicações e voltou a reclamar contra o apelido de Ogum e assim chegaram a galáxia musical. Despediram-se britanicamente e Max dirigiu-se à recepção onde, para sua surpresa ,o aguardava José Maria Pacheco.
Abraços efusivos e Pacheco tomou a palavra, explicando com detalhes como funcionava a galáxia. Max perguntou como Pacheco soubera de sua chegada. Pacheco sorrindo explicou que vira e ouvira a notícia no “Jornal Celestial” apresentado diariamente por Heron Domingues. E prosseguia com as explicações : “Aqui temos de tudo. O bairro do Jazz é um barato. Música permanente,executada pelos nosso ídolos, havendo um revezamento de big-bands no “Anjo Azul” toda a semana. E Pacheco prosseguia com a narrativa “Já conheço todos os “band leaders”, Tommy Dorsey, Benny Goodman, Harry James e até o Glenn Miller que aliás,quer te conhecer..
Mr. Maxwell ficou surpreso. Porque Glenn Miller queria conhecê-lo? Bem, ele deve saber que fui um razoável colecionador de seus discos. Ou então, soube do “Beco das Big-Bands” que eu fazia no programa do Lula.
Pacheco pegou Max pelo braço e anunciou: Glenn Miller deve estar ensaiando , vamos até lá que eu vou apresentá-lo. Chegaram ao “Anjo Azul” e Glenn Miller levantou-se e saudou amavelmente os visitantes.
Pacheco muito excitado fez as apresentações : “Mr. Miller,esse é o meu amigo Max,sobre o qual lhe falei. Glenn Miller solícito apertou a mão de Max e agradeceu todo o carinho que o “mister” tinha dedicado ao seu trabalho, afirmando que nem os chamados críticos de Jazz conheciam tantos detalhes de sua carreira.Max agradeceu mais uma vez e começou a relembrar as chamadas “gravações não comerciais”, realizadas pela “Orquestra Militar” dirigida por Miller. Os trabalhos do pianista Mel Powell, as visitas de cantores famosos etc .Arrematando o encontro, travou-se o seguinte diálogo :
Max – Mr. Miller, foi muito bom encontrá-lo, pois agora vou esclarecer uma dúvida que tenho ha. muito tempo : Afinal de contas, como é que o senhor morreu ?
Glenn Miller - Ora bolas ! Esperei tanto para conhecê-lo justamente para perguntar : “Como foi que eu morri ? “

Nenhum comentário: