Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

DIANA KRALL ARREPIA A PLATÉIA

30 novembro 2007

Uma multidão se aproximava da casa de shows Vivo Rio, vi de longe uma fila de automóveis para entrar no estacionamento e pensei que fosse enfrentar um acesso como o do Tim Festival. Mas até estacionar foi fácil. A entrada mais fácil ainda.

O salão é bem grande e as mesas muito juntas não permitiam uma movimentação de cadeiras adequada para a visualização do grande palco.
Era gente que não acabava mais, umas 2000 pessoas e eu de costas para o palco, encontrando dificuldades para posicionar a cadeira. Acabei colocando a cadeira no meio do corredor, as luzes diminuíram e Diana Krall e seus músicos assumiram seus postos.

Eu ja tinha visualizado os DVDs de seus concertos várias vezes, quando começaram a tocar era como se eu ja tivesse visto, mas agora era ao vivo e a firmeza e profissionalismo do grupo era impressionante.

Diana Krall mais gordinha, não veio com suas calças apertadas, estava com um vestido preto, mostrando que ainda não havia se recuperado do nascimento dos gêmeos, mas sua beleza impressionou.

A multidão ficou quieta, algum barulho vinha dos garçons querendo te vender alguma coisa, mas o balde e a garrafa já estavam sobre a mesa.
As músicas eram todas conhecidas, muitas do seu último álbum "The Very Best Of Diana Krall" (esperamos para breve o "super hyper very best of") - "I've Got You Under My Skin", "Did I Do", "East Of The Sun""Let's Face The Music And Dance", "Devil May Care", etc. O que agradou em cheio a platéia 99,9% de não jazzófilos.
Não só Diana fez tudo certo, mas seu trio foi perfeito: John Clayton mostrou que é um excelente baixista, muito acima da média, seu solo em “Did I Do” foi magistral. Anthony Wilson na guitarra foi perfeito e Jeff Hamilton, baterista do mais alto nível.
Diana, muito simpática, se voltava para olhar a platéia, sorrindo muito, até o final da apresentação, quando começaram a bisar. Tocaram mais 6 músicas, isso mesmo. Foi a fase da bossa nova. Dentre elas: It's Wonderful tipo samba jazz, How Insensitive, Samba de Verão, Quiet Nights - Corcovado, e finalizou com Garota de Ipanema, para delírio da platéia.
A sintonia do público impressionou, cantaram junto e afinados, um coro de arrepiar.

No dia seguinte, enquanto escolhíamos discos de música brasileira para o Jeff Hamilton levar (não pude deixar de jogar dentro da sua caixa o CD do Pascoal Meirelles - ele levou a coletânea de Dorival Caymmi e discos do Dori na fase anterior a sua ida para Los Angeles), ele me disse que chegou a lacrimejar enquanto tocava, pois nunca tocara num concerto onde a interação do público fora tão marcante.

Jeff Hamilton foi intimado pelo Coutinho a dar uma canja e tocou acompanhado do Mauro Senise, Paulo Russo e Kiko Continentino, numa apresentação imperdível, com várias músicas, mostrando que toca muito bem sem fazer aquela barulheira - sensacional disse JoFlavio, sentado ao lado da bateria.

Diana Krall não precisou dar canja depois daquele espetáculo inesquecível, que só não foi melhor pela deficiência do lugar. Podiam pelo menos ligar o telão para mostrar detalhes para os que estavam longe do palco (eu estava no spit range), atrás da multidão de convidados da Vivo. E, também, aumentar um pouco o som - na frente até que o áudio estava bom.
Duração do show: aprox. uma hora e meia.
Data: 28 de Novembro de 2007.
Local: Vivo Rio - Museu de Arte Moderna - Aterro do Flamengo

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