Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 28 – ELLA FITZGERALD

15 setembro 2007





Ella Fitzgerald, nasceu a 25 de abril de 1918 em Newport New (Virginia) e musicalmente a 21/nov/1934 uma quarta-feira, quando se apresentou em um concurso de amadores (Amateur Night Show) no Apollo Theatre do Harlem. Inicialmente se inscreve como bailarina, mas minutos antes da apresentação quase paralizada pelo nervosismo, resolve optar por cantar (graças ao bom Deus!). Naturalmente que foi um entusiasmo total ouvir uma jovem de 16 anos cantar com tanta naturalidade, vitalidade e com um sentido fantástico de ritmo, assim sua virtuosa atuação a levou ao primeiro prêmio.
Presente naquela noite encontrava-se o saxofonista Benny Carter que impressionado tenta convencer primeiro a Benny Goodman, depois a Fletcher Henderson, mas por fim Chick Webb a contrata como lady crooner de sua banda. Ella sendo menor de idade Webb e sua esposa tiveram que assinar um termo judiciário como guardiães para que pudesse trabalhar em night clubs e assinar contrato comercial. Esta magnífica união durou até 16 junho/1939, quando falece Webb, então Ella decide continuar à frente da big-band. Entretanto em 1942 encontrava-se em dificuldades, cansada do trabalho de dirigir uma grande banda e ao mesmo tempo cantar quase diariamente, resolve então dissolver o grupo.
Ao cruzar seu caminho com Louis Armstrong aprende a difícil arte do scat sing aplicando em temas como: Lady Be Good, How High The Moon e a primeira versão de Flying Home.
A partir de 1949, entra em contato com Norman Granz, um empresário amante do Jazz que organiza a famosa série de excursões por todo o mundo a — J.A.T.P - Jazz At The Philharmonic. Ella passa a atuar com os maiores instrumentistas do Jazz e recebe da crítica a carinhosa alcunha — First Lady Of Swing.
Firma em 1956, um contrato com o selo Verve propiciando, através de encontros com músicos de jazz, gravações memoráveis. As colaborações de Ella com as orquestras de Duke Ellington, de Count Basie, três discos com Louis Armstrong, e álbuns com os pianistas Oscar Peterson, Tommy Flanagan e Jimmy Rowles a faria ainda mais popular.
Os famosos Song Books de Ella Fitzgerald, foram gravados ao longo de 8 anos e dedicados a Cole Porter (1956); Rodgers & Hart (1956); Duke Ellington (1957); Irving Berlin (1958); George e Ira Gershwin (1959); Harold Arlen (1961); Jerome Kern (1963) e Johnny Mercer (1964), resultando em parcerias magníficas de músicos, temas e canto.
Insuperável à frente de uma big band Ella se encontrava confortável em pequenas formações principalmente com o trio piano, baixo e bateria. Momentos mágicos nos proporciona esta grande intérprete em standards do cancioneiro americano, tanto em esfuziantes arranjos quanto em baladas, como também nos blues e inclusive a bossa nova.
Todos esses momentos mágicos se constituem em um monumento artístico ao Jazz vocal como um legado de uma das maiores cantoras do mundo jazzístico. Duke Ellington, em seu majestoso Portrait of Ella Fitzgerald define perfeitamente sua arte com as palavras: — "Ella Fitzgerald está muito além de qualquer categoria".
Ella faleceu a 15 de junho de 1996 e apesar de sua morte já esperada dada uma extensa e grave enfermidade consternou o mundo do Jazz por seu desaparecimento físico e uma imensa saudade já despertava em todos, por nunca mais poder vê-la cantar com aquele swing, aquele timbre, aquela verve e aquela voz flutuando sobre os tempos da melodia de maneira inigualável.
Em junho de 1935 Ella entrava pela primeira vez em um estúdio de gravação com a banda de Chick Webb, naturalmente bastante tímida e suas interpretações estão ainda longe das radiantes de anos mais tarde. Quatro temas foram registrados: Down Home Rag; Are You Here To stay?; Love and Kisses e I'll Chase The Blues Away. Este último é o que escolhemos para ilustrar o Museu.


I'LL CHASE THE BLUES AWAY (Edgar Sampson, Ken Harrison) – Chick Webb and his Orchestra – Chick Webb (bateria e lider), Mario Bauza, Bobby Stark e Taft Jordan (tp), Sandy Williams, Claude Jones (tb), Pete Clark (sa, cl), Edgar Sampson (sa), Elmer Williams (st), Wayman Carver (st, flauta), Joe Steele ou Dan Kirkpatrick (pi), John Trueheart (gt), John Kirby (bx), Ella Fitzgerald (vocal). Arranjo de Edgar Sampson.
Gravação original: 12/junho/35 – Decca 39614A – New York
Fonte: CD - Ella Fitzgerald – Early Years Part 1- (1935-1938) - selo MCA GRP 26182 – 1992 - Germany

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