Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

DO OUTRO LADO DO JAZZ # 20

16 julho 2007



O JAZZ VAI À GUERRA (final) - TEMAS DA GUERRA

Apesar dos horrores de qualquer tipo de guerra nunca se produziu tanta música temática nos EUA quanto na 2ª Guerra Mundial, talvez tentando aplacar suas desditas e cruezas. Os temas compostos procuravam exaltar tanto a cidadania quanto os feitos e efeitos dos combates até mesmo de uma forma humorística. Quanto mais as forças norte-americanas e os aliados íam vencendo batalhas e progredindo para o fim da guerra, mais e mais temas surgiam no cancioneiro, principalmente americano.
O Jazz também se tornou parte da guerra lado a lado com os combatentes. Sendo produto de raízes afro-americanas foi banido pelo nazismo como "arte sub-humana", mesmo assim a música permaneceu viva na Europa ocupada. Quando os alemães proibiam alguma música americana em Paris os músicos mudavam o título para o francês e de um modo geral deixavam de perturbar. Os próprios alemães, não nazistas convictos, se reuniam despistando a Gestapo para ouvir discos de música norte-americana e muito jazz, inclusive sintonizando as Armed Forces Radio Service e BBC Radio Service. A pianista Jutta Hipp (1925-2003), apesar de sua origem alemã, mas vivendo na Inglaterra explica o quanto a música era importante — " Você não será capaz de entender se não nasceu na América, mas para nós músicos o jazz é uma espécie de religião. Nós realmente tínhamos que lutar por ele e lembro de noites quando íamos para os abrigos de bombas e escutávamos os discos de jazz enquanto as bombas caíam em volta de nós e nos sentíamos muito seguros"
Os músicos de jazz e blues, obviamente também grandes patriotas, participaram ativamente desta atividade "parabélica" e, além das atuações nas gravações dos V-discs e nas bandas militares, produziram uma série de composições e gravações jazzísticas abordando temas relacionados às guerras em curso, tanto do lado da Europa quanto do lado do Pacífico, bem como estendendo-se à guerra na Coréia entre 1950-53 nas quais os EUA se encontraram enganjados.
Alguns dos temas de guerra com seus interprétes no período de 1941 a 1956:
War Time Blues (Sonny Boy Williamson); Atomic Boogie (Pete Johnson); Atomic Cocktail (Slim Gaillard Quartet); Atom and Evil (The Golden Gate Quartet); Hiroshima (instrumental) (Albert Ammons); Up An Atom (instrumental) (Gene Krupa & His Orchestra); Victory Is Our War Chant! (A.Tsfasman Orchestra); Stop The War and The Cats Are Killing Themselves (Wingie Manone); Gone With The Draft (King Cole Trio); Atomic Bomb Blues (Muddy Waters); Old Man Atom (Sam Hinton); Atomic Sermon (Billy Hughes and the Rhythm Buckaroos); 50 Megatons (Sonny Russell); Pearl Harbor Blues (Count Basie); Draftin’ Blues (Benny Goodman); Rosie the Riveter (Josh White); Uncle Sam Says (Art Tatum); Blitzkrieg Bacom God Bless America (Kate Smith); Somebody Else Is Taking My Place (Louis Jordan); Defense Factory Blues (Allen Miller); Ration Blues (Josh White); The Battle of Britain (Sanford Hertz); Blitzkrieg (Dean Hudson and his Orchestra); Atomic Love (Red Callender Sextet); There'll Always Be An England (Guy Lombardo and His Royal Canadians); Till The Lights of London Shine Again (Eddie Allen); Atomic Did It (Maylon Clark Sextet); My Guy’s Come Back (Benny Goodman); You're In The Army Now (Abe Lyman and his Californians); In The Army Now (Big Bill Broonzy); Atomic Telephone (The Spirit of Memphis Quartet); He's 1-A In The Army And He's A-1 In My Heart (Les Brown and Betty Bonney); Gone With What Draft (instrumental) (Benny Goodman Sextet com Count Basie); Defense Factory Blues (Josh White); What's Your Number (instrumental) (Count Basie and Orchestra) e muitos e muitos outros...
Podemos ouvir o tema Blitzkrieg Baby You Can't Bomb Me (Fred & Doris Fisher) com Una Mae Carlisle - Gravado a 10/março/1941

Blitzkrieg baby, you can't bomb me
'Cause I'm pleading neutrality
Got my gun, now can't you see
Blitzkrieg baby, you can't bomb me
Blitzkrieg baby, you look so cute
All dressed up in your parachute
Let that propaganda be
Blitzkrieg baby, you can't bomb me
I'll give you warnin', 'cause I'm afraid I'll have to raid
So take my warnin', or else you'll get this hand grenade
(Chorus 2)
Blitzkrieg baby, you can't bomb me
Better save up your TNT
I don't want no infantry
Blitzkrieg baby, you can't bomb me

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