Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CUMÉQUIÉ???

08 junho 2007

Um pouco na linha do Mestre Llulla, implacável na vigília sobre o que se escreve [des]informando ao público em veículos de grande circulação ou especializados (onde as besteiras tomam vulto maior), fiquei de início feliz e depois estarrecido hoje, ao saber, através da matéria da jornalista Julia Motta no Caderno RioShow do O Globo, que inicia-se hoje no CCBB uma série chamada de Música do Pan, que pretende trazer, durante quatro fins de semana, amostras da produção musical de nove países da vizinhança.

Segundo a nota, hoje e amanhã apresenta-se, no Teatro 3 daquele Centro, o excelente pianista e compositor Pablo Ziegler, que tocou por vários anos no quinteto do fabuloso (e falecido) Astor Piazolla, e que vai tocar um repertório misto de tangos e improvisações jazzísticas. Fiquei feliz, já que pude assistí-lo no Mistura Fina há alguns anos e seu concerto valeu cada centavo, em termos de execução e emoção, e acho que isso deverá se repetir hoje.

Mais feliz fiquei em saber que no domingo será a vez de Ravi Coltrane, expoente dos saxes alto e tenor, filho do legendário John e hoje considerado um ótimo profissional, independentemente do sobrenome de peso. O que de fato me deixou estarrecido foi a redação da repórter. Ipsis litteris: "Considerado o melhor sax tenor da atualidade pela revista Downbeat, ele se apresenta ao lado de Coleman Hawkins, Lester Young e Sonny Rollins".

Para ser muito condescendente, pode ter me parecido "lógico" que ela tenha se referido, em mau português, à apresentação na revista. Mas quem está lendo uma matéria sobre um espetáculo específico num determinado local e lê que Ravi vai se apresentar ao lado de fulano e beltrano, pensa, de imediato que essas pessoas o estarão acompanhando ali. Principalmente se não entenderem alguma coisa sobre jazz ou não forem leitores do CJUB.

Pois o que seria difícil, no caso de Sonny Rollins - e então a mesma matéria versaria sobre ele e não Ravi - restaria impossível no caso dos outros dois monstruosos tenores, há muitos anos tocando exclusivamente na Heavenly Clouds Big Band. O erro se repete no tijolinho da página 29, de forma crassa, ao dizer que Ravi "faz show ao lado de Coleman, Lester e Rollins".

Não se fazem mais editorias como antigamente.

Para amenizar: na mesma página 26 do caderno citado, nota sobre as apresentações, hoje da ótima Luciana Souza acompanhada de Romero Lubambo ; em seguida, Dom Salvador , com Dick Oatts (sax/flauta), Sergio Barrozo (baixo) e Duduka da Fonseca(bateria), na Sala Cecília Meirelles. Programaço.

Abraços.

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