Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 21 Freddie Keppard

30 maio 2007

Freddie Keppard talvez tenha sido o mais importante músico que sucedeu a Buddy Bolden como "rei" dos cornetistas de New Orleans, mas antes do cornet tocou bandolim formando um duo com seu irmão guitarrista Louis, e ainda executou o violino e acordeão. Iniciou sua carreira exclusivamente no cornetim em 1906 tendo nascido em 1890, integrando a Olympia Orchestra e algumas marching bands, trabalhando em funerais e alguns clubes de Storyville. Tocou também com o baixista Bill Johnson juntando com ele e mais o clarinetista Jimmie Noone um grupo que ao ir para Los Angeles tornou-se conhecido como a Original Creole Orchestra e de 1914 a 18 excursionou pelos EUA em shows de vaudeville difundindo a música de New Orleans, uma das primeiras bandas de negros a sair do sul do país, passando pelos grandes centros como Chicago e New York. No início dos anos 20 trabalhou em várias bandas tais como: Doc Cook's Dreamland Orchestra, King Oliver no Royal Garden Café, Erskine Tate, Ollie Powers, Jimmie Noone no Lorraine Club e a Charles Elgar Creole Orchestra no famoso Savoy Ballroom.
A esta época já gravava discos tendo alcançado enorme sucesso com a canção Stock Yard Strut liderando os Jazz Cardinals em 1926. Keppard infelizmente se tornou um alcoólatra redundando em uma pessoa instável e de comportamento nada confiável o que veio a prejudicar enormemente sua carreira. Continuou trabalhando até 1928, liderando a La Rue's Dreamland Band, quando adquiriu tuberculose e enfraquecido pelo álcool veio a falecer em 1933 em Chicago em total obscuridade musical.
Keppard perdeu a oportunidade histórica de fazer a primeira gravação sob a chancela de música de Jazz tendo sido convidado pela Columbia em 1916 recusou receoso de que gravando em disco seu estilo e técnica poderiam ser imitados com facilidade por outros instrumentistas concorrentes. Acreditamos que não se pode recriminá-lo se lembrarmos de que se tratava afinal de uma tecnologia emergente, até certo ponto assustadora, uma vez que perpetuada uma apresentação sua, a mesma poderia ser repetida quantas vezes em qualquer local. Naturalmente a visão de Keppard como uma pessoa muito simples e sem muita instrução que era, teria sido mesmo de insegurança, de incerteza, àquela época o comércio de discos era muito incipiente e o músico ganhava dinheiro nos ballrooms, teatros e clubes, então porque gravar? assim recusou o convite.
Para ilustrar o Museu selecionamos um dos seus maiores sucessos no qual mostra todo o vigor e potência que empregava ao cornetim, além de interessante fraseado.

Stock Yard Strut (Jasper Taylor) – Jazz Cardinals - Freddie Keppard cornet e líder, Arthur Campbell (pi), Johnny Dodds (cl), Jasper Taylor (wood blocks) e Eddie Vincent (tb).
Gravação original: Paramount 12399-A de 26 / julho/1926 – Chicago.
Fonte: CD - The Legend – Freddie Keppard - Pearl 1052 – 1996 – USA
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