
Tem prefácio do baterista Jimmy Cobb, então o único sobrevivente do sexteto do disco, cujas sessões também participaram Coltrane, Cannonball Adderley, Bill Evans, Wynton Kelly e Paul Chambers.
Como conta Jimmy Cobb em entrevista em 3 de julho de 2000, foi uma surpresa quando convidado a redigir o prefácio, afinal não é escritor e sim músico, mas relata em algumas palavras a energia daqueles momentos e fala sobre cada um dos integrantes.
Diz ele que seria impossível aquela banda soar mal, afinal eram músicos fantásticos, em destaque para Paul Chambers, o melhor dos jovens contrabaixistas na época, da escola de Oscar Pettiford. Sobre Bill Evans, que pensava em alguém obrigado pela mãe a treinar a vida inteira, daqueles que passou por escolas de música e conservatórios e tocou muita música clássica até encontrar seu próprio caminho. Da influência caribenha de Wynton Kelly, de Cannonbal ao estilo de Benny Carter e Parker, de um Coltrane influenciado por Coleman Hawkings, Lester Young e mais tarde por Sonny Rollins e o próprio Miles que, bem, de todos os trompetistas, de Louis Armstrong. Diz ele que Miles sempre quis tocar como Dizzy e que morou com Clark Terry, de quem aprendeu muito. Sobre ele próprio, Jimmy diz que sempre escutou a banda de Billy Eckstine com Art Blakey, além de Gene Krupa, Buddy Rich, Max Roach e Philly Joe.
Referencia Kind of Blue dizendo que consegue ouvir a alma de todos esses músicos neste album, que foi um registro muito diferente do que Miles vinha fazendo na época.
Ashley Kahn é jornalista de música e produtor de rádio. É autor também de A Love Supreme: The Story of John Coltrane´s Signature Album e The House That Trane Built: The Story of Impulse Records.
Nenhum comentário:
Postar um comentário