Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 12 – EARL HINES

11 janeiro 2007


Earl Kenneth Hines considerado o primeiro pianista moderno do Jazz. Seu estilo difere daqueles da década de 20 notadamente pelo emprego de ritmos e acentos não usuais até então. Jelly Roll Morton havia definido a direção do Jazz piano no início dos anos 20, mas Hines seguiu outro caminho, aliás um genial caminho.
Nasceu a 28/dez/1903 em Duquesne na Pensilvania herdando a musicalidade da família, mãe organista, pai cornetista e irmã pianista. Começou profissionalmente em 1918 com os Deppe's Seranaders do cantor Louis Deppe, já mostrando ser um vanguardista da "hot music". Em 1923 vai para a meca do Jazz à época Chicago onde trabalha na Erskine Tate's Vendome Orchestra e ainda com Carroll Dickerson. Em 1926 encontra Louis Armstong, se tornam amigos chegando a formarem um trio com o baterista Zutty Singleton.
1928 foi um ano muito produtivo para Hines quando grava seus primeiros 10 solos e ainda passa a formar na Jimmie Noone's Apex Club Orchestra, depois junta-se aos Hot Five e Hot Seven gravando sessões memoráveis de West End Blues, Fireworks, Basin Street Blues e outras. Ainda neste ano monta sua big band estreando no dia de seu aniversário no Grand Terrace de Chicago onde permanece como residente até 1947.
O Museu focaliza nesta seção apenas o grande pianista aquele que se libertou do estilo stride que dominava os tecladistas nos anos 20 e início dos 30. Não que o stride fosse indesejável, pelo contrário, contudo Earl "Fatha" Hines criou algo de novo no horizonte jazzístico, algo chamado de "trumpet-style", assim denominado pela forma melódica semelhante ao trompete, ou seja não baseada em acordes empregando uma nota por vez sustentadas pela mão esquerda em acordes sincopados. Empregava tremolos à guisa de imitar os vibratos do instrumento de sopro. Claro que foi inspirado pelo seu amigo o também genial Armstrong quando atuaram juntos, somando- se a isto o estudo de cornetim quando criança com seu pai.
Acrescente-se que Hines era um excelente e profícuo compositor.
Hines adquiriu o apelido "fatha" dado por um locutor de rádio, sendo uma corruptela da palavra "father", talvez como vínculo de ser acatado o "pai do piano moderno".
Selecionamos um de seus temas em cuja execução podemos notar a fluidez de seu fraseado e o ataque pronunciado, observando também a grande vitalidade na emissão das notas, as divisões e métricas inusitadas dos tempos, inteiramente imprevisíveis.


Stowaway (Earl Hines) solo de piano por Earl Hines – Gravação original: QRS - R-7038 - 8/dez/1928 - Long Island City – New York
Fonte: CD - Piano Man! - Asv / Living Era 5131 – fev/1995 - USA


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