Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 10 – ALBERTA HUNTER

20 dezembro 2006

Nascida em 1 de abril de 1895 no Tennessee, aos 12 anos Alberta Hunter deixou Memphis sua cidade natal para ir para Chicago tornar-se uma blues singer. Tempos difíceis neste início e seu debute profissional se deu em 1911 no bairro negro Southside no clube Dago Frank's, um misto de cabaré e bordel freqüentado por proxenetas e criminosos. Alberta aturou aquilo até 1913 mesmo assim porque a casa foi fechada devido a um assassinato.


Foi então para um pequeno night club onde começou realmente a ganhar dinheiro podendo trazer sua mãe para morar com ela até o fim da vida. Alberta foi atuar no Elite Cafe #1 onde encontrou o pianista de New Orleans Tony Jackson e o ajudou a popularizar algumas de suas composições como Pretty Baby. Depois foi para o famoso Panama Cafe, local sofisticado para um público só de brancos. Nesta época Alberta tornou-se uma estrela brilhando em Chicago, porém mais uma vez se repetiu o ocorrido de um assassinato e a casa fechou.


O próximo trabalho foi no De Luxe Cafe, onde do outro lado da rua no Dreamland Cafe a King Oliver's Creole Jazz Band tocava. Em 1921 Alberta moveu-se para New York iniciando suas gravações no selo Black Swan com a Fletcher Henderson's Novelty Orchestra, depois na Paramount em 1922 onde Fletcher continuava sendo seu pianista. Alberta também compunha e a canção Down Hearted Blues deu a Bessie Smith seu primeiro disco em 1923.
Ainda em 1923 grava na Paramount com o grupo Original Memphis Five, tornando-se a primeira cantora negra a integrar uma banda branca e em 1924 uma sessão na Gennett com os Onion Jazz Babies contando com Louis Armstrong e Sidney Bechet, onde produziram Cake Walking Babies From Home e a versão vocal de Texas Moaner Blues.


Alberta Hunter usou vários pseudônimos como Josephine Beatty nome de sua irmã na gravadora Gennett e Alberta Prime na Biltmore. Em 1927 foi para Europa atuando na Inglaterra, depois muito bem recebida em Paris, em outros países, inclusive na Rússia. Durante a 2a. Guerra Mundial fez parte da United Service Organizations (U.S.O) cantando para as tropas norte-americanas na Ásia, Ilhas do Pacífico Sul e Europa, retornando à América do Norte para cuidar de sua mãe muito doente afastando-se inteiramente da música, quando fez curso de enfermagem indo trabalhar no New York City Hospital, porém em 1977 surpreendentemente voltou aos palcos já com 82 anos no clube The Cookery no Greenwich Village de New York e permanecendo atuando até sua morte em 1984.


Alberta Hunter não deve ser designada apenas como uma cantora de blues apesar de inúmeros deles em seu repertório, mas uma artista completa cantando todo tipo de canção, com voz clara, locução perfeita e estilo muito natural evitando os ornamentos supérfluos. Ouçamos um de seus primeiros trabalhos Chirping The Blues com acompanhamento do piano de Fletcher Henderson.


Gravação original: Chirping The Blues (Alberta Hunter) – Alberta Hunter vocal e Fletcher Henderson - dez/1922 – Paramount 12017-A – New York.
Fonte: CD - Complete Recorded Works, Vol. 1 (1921-1923) Alberta Hunter - Document DOCD 5422 - 1996 – USA.


Clique para ouvir Alberta Hunter

Nenhum comentário: