Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 2 – JELLY ROLL MORTON

11 outubro 2006

Ferdinand Joseph LaMothe (ou LaMenthe) nasceu em 1890 em uma comunidade Creole nas vizinhanças de New Orleans. Na sua juventude adotou o sobrenome Morton em lugar do afrancesado da família e "Jelly Roll" era apelido. Pianista, compositor e emérito arranjador, iniciou aos 7 anos na guitarra, mas impressionado pelo recital de um pianista clássico que executou alguns ragtimes optou pelo piano e sem maiores instruções musicais aos 14 anos já trabalhava nos bordéis de Storyville exibindo um repertório de ragtimes, blues, quadrilhas francesas, outras danças, canções populares e alguns clássicos ligeiros.

Morton foi uma das grandes figuras da criação do Jazz e seu grande mérito está em ter absorvido pouco a pouco o blues criando um estilo instrumental e assim a rítmica do ragtime com as harmonias blues foram se amalgamando. Talvez por isso, muito vaidoso, se auto-titulava como -"o criador do Jazz" (menos Baptista!), porém de qualquer maneira foi um expoente.

Mantendo sua cidade natal como base estendeu seus itinerários por Memphis, St. Louis, Kansas City e Los Angeles onde viveu por 5 anos, muitas vezes trabalhando em shows de menestréis. Em 1922 segue para Chicago, então o novo centro da atividade jazzística, a exemplo de Armstrong e King Oliver. Inicia ali as gravações não só como piano solo, mas liderando um sexteto.
Aqui vamos nos ater no pianista, um criador inventivo com a técnica adequada e grande senso de equilíbrio musical (já que equilíbrio no seu comportamento de vida é que não possuía muito, jogador compulsivo, trapaceiro contumaz, cáften, bem... deixemos para lá seus atributos menores).

Dentre os primeiros registros uma autêntica obra-prima New Orleans Joys um blues clássico de 12 compassos (AAB) composto por Morton em 1902. Combinando a precisão formal do ragtime com um suave fluxo melódico resulta em uma verdadeira elegância poética. Emprega o rítmo habanera típico de uma dança cubana bastante comum também em New Orleans, cidade sob forte influência hispano-caribenha e o tema, condizente com o título, reflete as alegrias naturais daquela explendorosa cidade.




NEW ORLEANS JOYS (J. R. Morton) – Jelly Roll Morton (piano solo) Gravação original: 17/jul/1923 – Gennett 5486-B (mx 11538-A), Richmond, Indiana, USA. Fonte: CD - Jelly Roll Morton – Vol. 1 – 1923-1924 – Master Of Jazz – MJCD 19 - França

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