Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

HISTÓRIAS DO JAZZ, 8: O "MICO" DOS SWINGLE SINGERS

20 setembro 2006

Confesso que nunca fui um fã ardoroso dos "Swingle Singers". Admirava a sua habilidade na vocalização das obras de Bach e outros compositores clássicos mas não passava disso. Porisso não me animei muito quando anunciaram a vinda do grupo para apresentações em nosso Teatro Municipal nos dias 13, 14 e 17 de abril de 1971. Recebi convite e resolvi ir. Só que meu ingresso era para o dia 17, quando os "Swingle Singers" cantariam com a Orquestra Sinfônica Brasileira sob a regência de Isaac Karabtchewsky, a "Sinfonia de Luciano Bério", composta especialmente para o grupo em 1969. Ao mesmo tempo a CBS lançava o LP correspondente.

Tudo começou bem, com a Sinfônica interpretando a "Flauta Mágica" de Mozart. Em seguida entraram os "Swingle Singers" e iniciaram a interpretação da Sinfonia. Logo aos primeiros compassos já notamos que surgia aos poucos um incômodo na platéia. As pessoas começaram a se mexer nas poltronas, viravam para o lado, conversavam com o vizinho, sinal de que não estavam gostando do que ouviam. Realmente era uma música complicada e a meu juizo (não sou músico), sem pé nem cabeça. Vez por outra, dentro da música, Ward Swingle mencionava o nome de alguém, incluindo o do maestro Karabtchewsky. Foram cerca de 45 minutos de tortura auditiva. A esperança era que, se houvesse um número extra, o grupo interpretasse um tema de Bach com as vocalizações que o consagraram.

Termina a Sinfonia. Aplausos convencionais e pedidos de bis, naquela ansiedade de ouvir uma "Badinerie" ou a festejada "Air on G string". Expectativa. O maestro sacode os braços e a orquestra ataca novamente tocando a parte final da Sinfonia.

A decepção foi enorme e aos poucos o público foi saindo de fininho, como se o "flautista de Hamelin" estivesse tocando a sua flauta fora do teatro. E o espetáculo chegou ao seu final com menos de meia casa.

Para quem quiser anotar, aqui está a formação do grupo:
Sopranos : Christiane Legrand e Nicole Darde; Contraltos: Claudine Menier e Helena Devos; Tenores: Ward Swingle e Joseph Naves; Baixos: José Germain e Jean Cussac. Músicos: Jacky Cavallero (b) e Roger Fugin (dm).

Por enquanto é só. Depois tem mais.
llulla

Nenhum comentário: