Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

PLAYLIST NOSTÁLGICO

31 julho 2006

Meu "playlist" é um pouco egoísta. No início, pensei em mostrar meus conhecimentos jazzísticos, estilo catedrático. Achei bobagem. Primeiro porque não sou. E quem está saboreando os textos do CJUB não pode perder a concentração. Resolvi fazer uma espécie de fundo musical, relembrando minha formação como apreciador de música honesta. Cada faixa tem uma história para mim. Algumas são difíceis de achar.

01. César Camargo Mariano (Tristeza de Nós Dois). Foi talvez o primeiro grande músico brasileiro que me aproximei pessoalmente. Vi nele aquela influência do Mancini, Quincy Jones, que eu adorava. E foi com ele que entendi (já entendia) o que é uma harmonia de bom-gosto. Essa gravação é uma prova disso. Lindo arranjo.

02. Alguns temas me marcaram. Um deles, "Moonlight In Vermont". Ainda mais quando aparece uma nova versão, arranjo inspirado e um cantor praticamente desconhecido (Nicolas Bearde). Vale uma dose de um bom "whisky".

03. Não se deve em música apelar para o "não ouvi e não gostei", por algum tipo de preconceito. Earl Klugh não está entre os meus favoritos, verdade. Mas para essa gravação de "His Eyes, Her Eyes", um clássico do Legrand, com arranjo simplesmente incrível do Don Sebesky, eu tiro o chapéu.

04. Ray Obiedo é um guitarrista para o gasto, nada mais que isso. Mas o gajo gravou um dos temas mais bonitos do Mancini, "Slow Hot Wind", participação especial de Toots Thielemans. A música faz parte da minha história, porque foi dedicada a mim por João Donato num show em Londrina. A platéia aplaudiu de pé. Jamais esquecerei.

05. Por falar em Mancini, "Night Side" (Hatari!) é uma homenagem que presto à Radio JB AM de uma época, responsável em grande parte pela minha formação musical. Essa faixa era figurinha carimbada. Como esquecer?

06. Morava em Brasília – eu tinha 15 anos. Cheguei em casa eufórico. Tinha acabado de comprar um disco da Ella Fitzgerald. Ouvi centenas de vezes ("Stella By Starlight)". O que provocou um comentário da minha querida mãe, que acabava ouvindo o disco por tabela:"que voz maravilhosa tem essa mulher!" Na minha opinião, "Clap Hands Here Comes Charlie!" foi o seu melhor álbum.

07. Comprei um disco de capa azul na mesma época com um quadro do Picasso na capa, acho que o "velho guitarrista". Alguma coisa com o jazz moderno. Essa faixa ("Two Kinds Of Blues") do genial Jimmy Giuffre (+ Jim Hall ) furou de tanto tocar. Absolutamente fantástica.

08. Sou fã de carteirinha do Jerome Kern. "Yesterdays" é na minha opinião uma obra-prima. E quando surge uma versão diferente e boa (Marilyn Scott), fico entusiasmado. A se notar uma jogada de harmonia incrível no final do tema, que dá um outro clima a esse "standard" já meio surrado. Outro detalhe é a sustentação rítmica via contrabaixo do notável Brian Bromberg.

09. Carmen McRae, Johnny Mandel e Gershwin ("The Man I Love"). Sem comentário.

10. Wes Montgomery e sua sempre agradável guitarra. O piano base do então humilde Herbie Hancock. Um arranjo do nosso campeão Eumir Deodato. E um tema de João Donato ("Quem Diz Que Sabe"). Imaginem o resultado.............................................

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