Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

STEVE KUHN " PRIMEIRO DISCO "

23 fevereiro 2006

Dos pianistas que aqui já comentei incluindo o próprio Kuhn, o qual fui um dos que sugeriu para o finado "Chivas Jazz Festival", muito embora tenha sido pouco aproveitado, por ter vindo como "sideman", acompanhando sua amiga Sheila Jordan.
Steve Kuhn talvez o mais fiel seguidor do gênio das teclas prêtas e brancas Bill Evans, e que continua se apresentando na noite de New York, teve lançado em CD no Japão (sempre lá) o seu primeiro trabalho, chamado apenas "1960", acompanhado de dois musicos que dispensam qualquer maior comentário, como o lendário contrabaixista Scott LaFaro, falecido precocemente em desastre de automóvel (e que também tocou com Bill nas suas primeiras jornadas, inclusive no premiado "Sunday At Village Vanguard") e do grande baterista Pete La Roca.
Quanto ao CD, sua primeira faixa é Little Old Boy, bem ritmada e onde Kuhn sai decolando em menos de meia pista, mostrando desde ali que super-pianista teríamos a conhecer, demonstrando perfeito conhecimento e tecnica do teclado, com LaFaro dominando por inteiro seu instrumento com solo característico da cêpa Lafariana...

O segundo tema Bohemia After Dark, mantém o mesmo clima, um pouco mais sincopado e evidenciando a total interação do trio. A seguir, outro standard, What´s New, desta vez na forma de balada romantica bem ao estilo de Bill Evans e com um toque de Debussy, mais lenta que as versões mais tradicionais e com as baquetas e vassourinhas varrendo as lágrimas então derramadas.

Finalizando a sessão (alguns LPs tinham na época apenas 5/6 faixas, com um pouco mais de 30 minutos) duas versões do clássico "milesdavista" So What, sendo a primeira calcada no arranjo original gravado pelo próprio em 59 no famoso "Kind Of Blue" cujo pianista era Bill Evans, e aí acho não ter sido conhecidência, mas aqui destaco mais uma vez a criatividade do LaFaro, que mantém o tema sempre vivo.

A segunda como alternate take, se apresenta bem mais "bebop", com todos mais soltos como convém a uma faixa alternativa e com total liberdade para o vôo final do trio, ainda moderno e atual, mesmo passados mais de 45 anos de sua gravação.

Cheers, Steve Kuhn, Scott LaFaro e Pete La Roca!!!

Last, but not least, registro o recebimento do maravilhoso CD em duo (coisa rara no Brasil, até onde sei) do confrade pianista Alberto Chimelli com Luiz Alves no contrabaixo, contando ainda com a participação do Maurício Einhorn, que valerá uma resenha em breve.

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