Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

III CHIVAS LOUNGE INTERNACIONAL O SOM DO BECO DAS GARRAFAS 2 -
PRÓXIMA QUINTA, 02/02/2006, 21 Hrs, MISTURA FINA

31 janeiro 2006

Habitualmente programados para as últimas quintas-feiras de cada mês, no Mistura Fina, na Lagoa, será excepcionalmente nesta próxima quinta-feira, dia 2 de fevereiro, às 21 horas, o III Concerto Internacional Chivas Lounge, produzido pelo CJUB.

Aproveitando a estada no Rio de dois de nossos maiores músicos, há muito tempo radicados em New York, Nilson Matta (baixo) e Duduka da Fonseca (bateria), o CJUB produz agora a segunda versão de “O Som do Beco das Garrafas” realizado no ano passado, com David Feldman ao piano.

O pianista David Feldman apresentou-se no concerto de março passado impressionando vivamente os que o ouviram. Com sólidos conhecimentos musicais, técnica altamente desenvolvida e enorme facilidade de expressão, conquistou inúmeros admiradores. Com os estudos e a experiência acumulada no exterior, principalmente em New York e Israel, Feldman é um improvisador que toca com a autoridade de quem tem consciência do seu imenso potencial, desenvolvendo solos com inacreditável fluência e absoluta segurança. Devido àquela apresentação esplendorosa, além de ter atuado com Duduka da Fonseca em New York, com quem gravou um CD, seu nome foi a escolha lógica para relembrar os áureos tempos em que a música fervilhava naquele logradouro carioca, para o qual convergiam os músicos americanos de jazz e turistas ávidos em ouvir e conhecer a “nova onda musical brasileira”. Segundo Feldman, este concerto “prosseguirá homenageando a geração que virou a música de cabeça para baixo".

Nilson Matta é um dos mais completos baixistas brasileiros em atividade. Antes de ir para New York, em 1985, tocou e gravou no Brasil com Johnny Alf, Toots Thielemans, Chico Buarque, João Gilberto, Luiz Bonfá, Nana Caymmi, João Bosco e outros. Em 1983 excursionou seis meses no Japão com a cantora Lisa Ono. No ano seguinte, com Mauro Senise, Rique Pantoja, Romero Lubambo e Pascoal Meirelles organizou o Cama de Gato, um dos conjuntos instrumentais mais conhecidos em nosso país. Em New York, uniu forças com o violonista Romero Lubambo e Duduka da Fonseca para fundar o Trio da Paz, o conjunto brasileiro mais conhecido no exterior. Nilson tocou e gravou com Lee Konitz, Joe Henderson, Gato Barbieri, Kenny Barron, Mark Soskin, Paquito D’Rivera, Danilo Perez, David Murray, Slide Hampton, Cláudio Roditi, Herbie Mann, Toots Thielemans, Randy Brecker, Mark Murphy, Paul Winter, Joe Carter, Dianne Reeves, Joe Lovano, Oscar Castro Neves, Charlie Byrd, Sadao Watanabe, César Camargo Mariano e Eliane Elias.

Duduka da Fonseca é um dos bateristas mais requisitados para gravações, concertos e festivais nos Estados Unidos. Ele tocou e gravou com Lee Konitz, Gerry Mulligan, Herbie Mann, Phil Woods, Joe Lovano, Joe Henderson, Wayne Shorter, Slide Hampton, Paquito D´Rivera, Kenny Barron, Dom Salvador, Charlie Byrd, Vincent Herring, Mark Murphy, John Scofield, Tom Harrell, Eddie Gomez, Frank Rosolino, Dianne Reeves, Astrud Gilberto, Cláudio Roditi, Tom Jobim, Nancy Wilson, Toshiko Akyioshi, Renee Rosnes, JoAnne Brackeen, Emily Remler, Eliane Elias, Randy Brecker, Bob Mintzer,, Naná Vasconcelos, John Patitucci e David Sanchez, entre outros.

Os assíduos freqüentadores dos quatro clubes do lendário Beco das Garrafas que ocupavam aquele trecho próximo às ruas Duvivier e Carvalho de Mendonça, em Copacabana, quase todas as noites testemunhavam alguma novidade, fosse o aparecimento de um novo talento, uma nova composição ou a formação de um novo conjunto. Entre 1960 e 1965, inúmeros artistas começaram suas carreiras naquele minúsculo quarteirão, onde muitos desconhecidos despontaram para a fama. O que se ouvia não era somente bossa nova e jazz, também começava a tomar forma e desenvolver-se uma nova amálgama estimulante de samba temperado com jazz logo denominada samba-jazz. Foi uma era de constante, intensa e irresistível ebulição, resultando na grande renovação da nossa música que começou a tomar o mundo de assalto em 1962/63.
É extensa a relação de músicos que passaram pelo Beco deixando seus nomes gravados na memória da MBM (Música Brasileira Moderna) como inovadores e criadores de um estilo de música instrumental que ficou para a posteridade. Para rememorar o clima festivo daquele local que deixou lembranças memoráveis, o trio selecionou várias composições que eram ouvidas nos quatro clubes do imortal Beco.

Dessa forma, a apresentação do jovem e impetuoso pianista Feldman na companhia de músicos da estatura de Nilson e Duduka executando os temas que fazem parte do imaginário do público que aprecia o samba-jazz, promete sacudir os alicerces do Mistura Fina de forma a entrar para os registros históricos dessa casa e da música instrumental no Rio de Janeiro.

As aquisições antecipadas podem ser feitas pelo site da Ticketronics ou diretamente no Mistura Fina, com Adriana ou Silvia. Fone: 2537.2844

No intervalo entre os dois sets do concerto, haverá a entrega dos diplomas aos vencedores do Prêmio CJUB Melhores de 2005. Mais detalhes a respeito, no post abaixo.

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