Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

FUSION E CONFUSION

13 junho 2005

Parece mentira, mas chegamos à conclusão de que todos estamos errados em matéria de Jazz. Lendo alguns jornais, fomos encontrar, num deles, as últimas descobertas do escriba quanto à nobre arte. Como Jazz Educator, informa que os puristas formam um "bando de idiotas" que não sabem nada, simplesmente porque não admitem a “fusion”.

Então, vamos jogar fora os mais de cem anos de história do jazz, para abraçarmos a nobre causa divulgada pelo “crítico”. Imaginamos, então, que, em suas palestras, deve informar aos incautos, que “Flora Purim é a maior cantora de Jazz de todos os tempos, deixando para trás divas como Sarah Vaughn e Ella Fitzgerald”. Na seqüência, deve ensinar, também na base do “para quem não sabe eu explico”, que Billie Holiday e Ben Webster tiveram relações musicais e sociais ao ponto de trocarem os apelidos de “Lady Day e The Prez”. E não fica por aí.

Devemos entrar de cabeça nas diferentes faces do “fusion” assistindo os DVDs de Miles Davis e Jaco Pastorius. Ali teremos as “diabruras de Miles”, incluindo um magnífico solo de baquetas, nos bongos. Isso sem falar na sensacional batida funk, que realmente é indispensável na música atual.

Como se não bastasse, o ilustre "crítico" alardeia a sua riqueza, menosprezando a situação dos puristas em relação ao seu patrimônio, sem perceber que na verdade não passa de um pobre de espírito.

Tem razão o jornalista Sérgio Augusto quando proferiu uma frase que define fielmente a situação do jornalismo cultural: “Os maiores pecados do jornalismo cultural são sua complacente aceitação do lixo, sua mentalidade adolescente e a ignorância de muitos que o fazem”. É só.

llulla

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