Se a capa não ousa, ali está a mesma cozinha: somente guitarra e contrabaixo. O tempero diferente vem do repertório, com alguns temas da música brasileira e francesa. A coincidência é que “After Dusk” já aparece como um dos mais vendidos no gênero. Pelo menos no Canadá. Comenta a Elle Magazine:”She was born in Montreal, and is of Belgian and Goan descent.
She captures jazz at its most sophisticated and joyous level".
Mike Rud (guitarra) e Dave Watts (contrabaixo), embora desconhecidos, são músicos de primeiro time. Essa constatação é nítida no tema de abertura, um clássico sinatriano, “Stars Fell On Alabama” (Parish/Perkins). Os dois balançam do inicio ao fim, enquanto Diane exibe um timbre de voz suave, tal como Julie. O resultado é, sem dúvida, muito agradável. “My Funny Valentine” (Rodgers/Hart), onipresente, ganha uma versão criativa, mas morna. Os temas em francês mostram que Diane domina o idioma. “Quand Elle Rit Aux Éclats” (Klein/Lauzin/Prestigiacomo), “La Mer” (Trenet) e “La Maison Sous Les Arbres”(Becaud/Delanoé) recebem uma cobertura jazzística perfeita.
O mesmo não ocorre com “Carolina” (Chico Buarque). Além da pronúncia complicada, o clima de Bossa-Nova é frouxo. “After Dusk” e “Portrait On The Wall” são temas assinados pela própria Diane e em nada desmerecem o CD. Assim como os clássicos de Cole Porter, “Everytime We Say Goodbye” e de Gershwin, “How Long Has This Been Going On”.
“After Dusk” é, no mínimo, um CD interessante. Como estréia, Diane Nalini opta pelo caminho inesquecível traçado por Julie London, tendo ao lado apenas uma guitarra e um contrabaixo. As notícias do Canadá, porém, já adiantam que a estratégia deu certo -“4 months on The Ray’s Jazz Shop Top 10 Bestseller List, as published in Jazzwise magazine”.
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