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CHIVAS JAZZ FESTIVAL - IMPRESSÕES DA SEGUNDA NOITE
07 maio 2004
Lembro que foi na noite de um domingo no final do ano passado que recebi um telefonema, em casa, do mestre e guru Raffaelli, me dando em primeiríssima mão e de forma secreta, na promessa de não divulgar nem mesmo para minha mulher, a confirmação da vinda do Steve Kuhn, com seu trio, para o Chivas Jazz, o qual tinha ido por mim indicado, e por saber da minha admiração por esse que considero o pianista substituto do Bill Evans, no meu entender o número 1 de todos os tempos.
Sim, este mesmo Steve Kuhn, que conheci em N.York em 2001, ao assisti-lo no Knickerbocker, um bar-restaurante da Rua 10 esquina com University, quando homenageou os brasileiros presentes naquela noite (imaginem quantos: minha mulher e eu), iniciando o 2o. set quase à 01:00 da manhã e tocando 2 temas de musicos considerados por ele tão importantes quanto Porter e Gershwin, a saber Tom Jobim e Ivan Lins, com as musicas Luísa e "The Island" (Começar de Novo).
Bem, não preciso dizer que além de ter autografado alguns CDs, deixou no ar a promessa de quem sabe vir um dia ao Brasil, o que aliás, tentei em vão com o Pedro Paulo do M. F., que perdeu a oportunidade de ter sido o apresentador no Brasil deste maravilhoso pianista, arranjador e compositor ao mercado brasileiro, alegando ser o mesmo pouco conhecido e não ter apelo comercial.
Verdade é que, com mais de 50 anos de carreira, tendo tocado com monstros como
John Coltrane, Gary McFarland (outro pouco conhecido e divulgado, que devo falar a respeito proximamente) e Stan Getz, Kuhn ficou mais conhecido como o músico dos músicos, talvez até pela sua humildade e simplicidade, muito embora sua discografia seja gigante (sou possuidor de quase toda), tendo passado por distintas gravadoras como Concord, Impulse, Evidence, Venus, até a grande ECM, onde recém lançou seu último trabalho, "Promises Kept", todo autoral, só com cordas e contrabaixo.
Enfim o dia D foi ontem. Mesmo acompanhando uma cantora, o que por si só já demonstra uma dignidade e respeito acima de qualquer vaidade pessoal, Steve Kuhn comprovou ainda mais sua simplicidade e elegância, além de uma técnica ímpar principalmente e sobretudo nos dois números que fez apenas com seus pares, Drumond e Finck, com quem vem tocando há mais de 10 anos.
Registro também a sua participação vocal em tema próprio e em duo com Sheila Jordan, em um momento de total descontração e carinho, que aliás foi o ponto alto da Sheila com o publico que, cada vez mais, vai se distanciando e perdendo esses valores frente ao stress e a insegurança em que vivemos hoje, nós cariocas.
Acho que por alguns momentos esqueci disto tudo e fui parar em outro planeta, mesmo com a algazarra (no bom sentido, é claro) dos meus parceiros de mesa Coutinho e Fraga, também eufóricos pela noite iluminada que nos proporcionaram Andrew Hill e Steve Kuhn.
E hoje tem mais. Até lá e aleluia, a alma está lavada...
Sá
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