Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

CHIVAS JAZZ FESTIVAL 2004 - 8/4/2004 - COTAÇÕES

24 maio 2004

RICHARD GALLIANO & THE FRENCH TOUCH QUARTET - @@@@

Sobrevivendo ao Saara sonoro que fechou a noite anterior, encontramos em Richard Galliano um merecido "oásis", alocado "na medida", na noite de encerramento desta última edicão do Chivas Jazz Festival.

Catedrático em todos os gêneros onde o acordeon transformou-se em protagonista (tango, chanson française e até o forró e afins nordestinos), Galliano mostrou a classe, a técnica, a paixão e, acima de tudo, a emoção de sua arte instantaneamente apreendida pela audiência, virtude privativa de pouquíssimos músicos.

O French Touch Quartet, formado por Joel Xavier (guitarra), marcantemente influenciado pela música flamenca; Jean Philippe Viret (contrabaixo), o mais afinado de todos os baixistas deste Festival, não a toa o atual líder da L'Orchestre de Contrebasses; e pelo baterista Jean Luc Danna, sideman perfeito para o grupo, brindou-nos, sob a direção do iluminado líder, com temas próprios e de Piazzolla (Libertango), deixando para o fim Bebe, homenagem a Hermeto Paschoal, para a qual assumiu a bateria o brasileiro Boto, numa verdadeira festa para olhos e ouvidos plenamente realizados.


THE SUN RA ARKESTRA - @

Em contrapartida, pena tenha-se encerrado o festival com uma big band de 2ª (?) categoria - não a Sun Ra Arkestra de outrora, bom frisar - mas, certamente, a que aqui esteve, fechando a noite de sábado, sob a liderança de Marshal Allen.

Arranjos requentados, batas e turbantes em profusão, caras pintadas, músicos cantando e dançando no meio da platéia, acrobacias na frente do palco, enfim, alegorias demais para música de menos.

Eles se divertem o tempo todo. Mas, e nós?

A orelinha singela vai para John Ore, legendário baixista que tantos anos acompanhou Monk, e que, mesmo cego (assim ouvi) e apesar da idade (70 anos), mantém pulso e solidez impressionantes.

Um encerramento melancólico, incapaz, porém, de apagar o êxito, por vezes olímpico, que o Chivas Jazz deste ano logrou alcançar, ao menos com a vinda de Louis Hayes, Steve Kuhn, David Galliano, Bud Shank, Raul de Souza, Tom Harrel e Andrew Hill.

Nenhum comentário: