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UM ANDY BEY DEFINITIVO
13 abril 2004
ter produzido sua mais inspirada obra.
Nascido em Newark (NJ), Andy Bey foi considerado um genuíno menino prodígio não só como pianista mas como cantor. O timbre grave de voz, um híbrido de Johnny Hartman e Johnny Alf, sempre fez seu estilo original. Até o inicio dos 60 viveu em Paris ao lado das irmãs quando formou o “Andy & Bey Sisters”. O grupo se desfez em 66, já nos Estados Unidos. Nas duas últimas décadas, Bey foi visto ao lado de grandes nomes do jazz, como McCoy Tyner, Thad Jones/Mel Lewis, Eddie Harris e Lonnie Liston Smith. Foi ainda o vocalista de Gary Bartz e Horace Silver. “American Song” é o seu 8º álbum solo, lançado em fevereiro deste ano pela Savoy Jazz, e com referências entusiasmadas na Down Beat. Participam do CD o clarinetista Dwight Andrews, o percussionista Mino Cinelu, o flautista e saxofonista Frank Wess, o guitarrista Paul Meyers, o trombonista Steve Davis e o trumpetista Vernell Garnett. O repertório gira em torno de “standards” mais do que clássicos assinados por Ellington, Strayhorn, Burke e Bernstein, entre outros.
O tempero saboroso do CD fica por conta dos arranjos que, pela atitude harmônica, transformam o óbvio em momentos até surpreendentes. Basta conferir o primeiro tema, “Never Let Me Go” (Evans/Livingston). Outros destaques ficam para “Prelude To A Kiss” (Ellington/Gordon/Mills), “Speak Low” (Nash/Weill), “Lush Life” (Strayhorn) e “Satin Doll” (Ellington/Mercer/Strayhorn). A voz de Bey parece não sofrer mutações com o tempo. “American Song” é mais uma prova do respeito dos norte-americanos aos seus artistas, independente da idade. Uma prova, no caso de Andy Bey, definitiva.
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