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A Lei de Murphy aplicada ao jazz
30 abril 2004
Fui buscar nessa que é uma das mais irritantes "Leis de Murphy" a justificativa para o que ocorreu ontem comigo. Não bastasse um Concerto muito promissor, tinha encavalados nessa mesma noite a festa dos 50 anos de uma grande e gentilíssima amiga, que, além de tudo, foi uma das primeiras a prestigiar com seu marido as iniciais produções do CJUB, ainda no Epitácio Lounge. E mais, outro convite, por outro casal tão gentil quanto o anterior, para um "gnocci" da fortuna, a qual, para mim, teria a forma de bela conversa com amigos tão queridos e interessantes, récem-chegados de uma viagem à India. Este, restou adiado para breve, por ter sido o último da lista.
Optei, sob os protestos da chefia, por ir ver o primeiro set no Mistura e sair no intervalo, para comemorar o aniversário da amiga. Foi o que fiz, bastante a contragosto, diga-se, pois festa mesmo rolou no segundo andar do Mistura.
Quando cheguei, ainda sob a marquise encontrei nossa cejubiana LaClaudia [Fialho], a família em peso, filhas, genros, aguardando por alguém que não chegara, para fechar o grupo e assumirem seus postos.
No andar de cima, surpresa, o coração deu um tropeção. Sentada à mesa diante da porta, nada menos do que a Angelina Jolie! Ora, depois de ver k.d.lang em pessoa numa das CJL anteriores, tudo era poss;ivel. Mas foi susto que logo se explicou. Era apenas uma sósia da atriz, outras pessoas antes de mim já se haviam confundido igualmente.
Na mesa seguinte, dois grandes amigos de Jorginho Guinle, Estêvão Hermann e Mariozinho de Oliveira, que foram conferir os elogios que JG havia feito, pouco antes de morrer, à qualidade do som produzido por Widor Santiago quando do Concerto de novembro passado, a ele dedicado. Lá estava também Maria Amélia Mello, da José Olympio, amiga e editora do livro de JG, prestigiando o Concerto.
Gostei muito de ver presente também o Ruy Martinelli com sua esposa, chegado de sua própria produção de outro dos concertos de jazz de ótimo nível realizados no Leblon Jazz Lounge, que acabara de acabar. Muito simpático e prestigioso para o CJUB.
Mais adiante, a mesa do CJUB, acrescida da nossa musa-cantante-honorária, Wanda Sá, a quem havia convidado para iniciar a vertente cantada dos Concertos CJL no futuro e que me disse já estar pensando no assunto com muito carinho. E ainda, entre vários outros, o pianista Philippe Baden-Powell (filho do fabuloso violonista), o saxofonista José Carlos "Bigorna" e o contrabaixista, humorista e excelente praça, Reinaldo, da trupe Casseta & Planeta.
Tudo preparado, o espetáculo começou e, pronto, lá estava eu apreciando um belo concerto em "countdown", com a incômoda sensação de que quanto melhor ficasse, mais chateado ficaria de ter de sair. Não deu outra. O primeiro set, dedicado a Chet Baker, mostrou que Widor e Paulinho Trompete não estavam para brincadeiras, afiadíssimos e integrados pelo longo tempo de estrada juntos. Foi uma maravilha, na medida em que desfiaram uma sequência de "standards"de fácil acompanhamento pelo público amante de Chet. Ao final, juntei minhas coisas e parti rapidamente, ainda ouvindo os ecos das palmas e gritos de entusiasmo da platéia, composta não apenas dos tradicionais rostos de fiéis amantes do jazz mas também de novos grupos de jovens apreciadores, dentre os quais o filho de bom e velho amigo amantíssimo do jazz, que me fizeram considerar estar nosso esforço finalmente frutificando.
Por ser grande apreciador de Sonny Rollins, acelerei o carro em diração à Barra, onde rolava a outra festa, bloqueando qualquer pensamento sobre o que perderia, em matéria de jazz, uísque e charutos, dali em diante.
De fato, preferi guardar comigo o que pude aproveitar dessa noite de qualidade do que ficar pensando no que estaria desperdiçando. Vou aguardar a resenha técnica, em breve aqui no blog, para só então me arrepender pela escolha sem escolha.
Alguém diria que eu transpus o postulado de Murphy por ter, finalmente, conseguido ir a dois bons eventos numa mesma noite. Negativo, fui a dois meios-eventos, o que na soma final, volta a dar um.
C.Q.D.
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