Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

A Memória dos Mestres

04 setembro 2003

Depois da entrada no grupo de CJUBianos dos nossos mentores RAF e GOLTINHO, venho tentando fazer com que nos emprestem, além do seu conhecimento enciclopédico sobre assuntos relacionados ao jazz e aos músicos com os quais conviveram, alguns itens de suas "memorabilia", para dividir com os demais aficcionados.
Assim, o Goltinho nos mandou algumas fotos históricas, já publicadas aqui (vide arquivos) e há pouco tempo tive em minhas mãos um pedaço do tesouro que o Raf mantém, mais do que guardado em casa, muito próximo de seu coração.
Retratamos aqui parte desse material, sob a forma de dois prosaicos envelopes de cartas, recebidas pelo Mestre dos EUA, mas que por algum motivo especial nunca foram descartados. Eu acredito que permaneceram em seu poder tão-somente por conta dos selos neles aplicados, que trazem as efígies de alguns dos maiores nomes do jazz.
O time é portentoso. No envelope vermelho figuram os nomes do que seria um dream- team, a saber: Jelly "Roll" Morton, Coleman Hawkins, Louis Armstrong, Eubie Blake, Thelonious Monk, Erroll Garner, Charlie Parker e Duke Ellington, no que bem poderia ser a própria constatação, pelo governo americano, de que esses eram, dos jazzmen, os papas a serem retratados.
Já no segundo envelope vemos, além do citado Duke, uma outra forte seleção, com Billie Holiday, Jimmy Rushing e Bessie Smith. Ali estão também expoentes do"blues" como Mildred Bailey, Muddy Waters, Robert Johnson, Howlin' Wolf e "Ma" Rainey.
E, ainda neste último, como a sacramentar a genialidade de todos, nada menos do que nosso Pelé, em selo de 50 cents (os demais valiam 32 cents no envelope vermelho e 29 cents no branco), que, felizmente, como músico/cantor, sempre foi o maior jogador de futebol que a Terra já teve ou terá. O único a destoar nesse timaço é a figura candida e rechonchuda de Papai Noel, que ao que se sabe nunca jogou bola e cuja presença, em termos musicais, nos remete às canções mais chatas do mundo. E com isso, abro a discussão aos colecionadores para que informem-nos das excelentes e imperdíveis músicas natalinas de que dispõem, interpretadas pelos craques aqui mencionados.

Para um leigo, esses envelopes não valem nada. Para os amantes do jazz, valem muito. Para o Raf não tem preço e por isso ficaram guardados por tão longo tempo, tempo não medido em anos mas certamente pela intensidade das lembranças.
É, de fato, um privilégio poder dividir essas imagens com todos.




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