Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho)*in memoriam*; David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels)*in memoriam*,, Pedro Cardoso (o Apóstolo)*in memoriam*, Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge), Geraldo Guimarães (Gerry).e Clerio SantAnna

JAZZ EM TEMPOS DE GUERRA (HISTORINHA)

13 maio 2003

O recente conflito Estados Unidos-Iraque nos lembra um episódio emocionante ocorrido na Segunda Guerra Mundial, no campo de batalha, que vários historiadores garantem ser verdadeiro. O relato que se segue prova que o jazz só faz amigos.
Americanos e alemães fizeram uma trégua entre o Natal de 1944 e o Ano Novo de 1945. No primeiro dia, alguns soldados americanos aproveitaram o cessar-fogo temporário para ouvir discos numa vitrola portátil movida por uma manivela que acionava o motor.
No dia seguinte, um soldado alemão caminhou rumo à trincheira americana empunhando uma enorme bandeira branca. Recebido com desconfiança e falando inglês razoavelmente, o inimigo disse que, no silêncio da noite anterior, ouvira a música de alguns
discos de jazz que vinha da trincheira americana. Identificando-se como pianista de jazz, pediu para juntar-se a eles a fim de compartilhar a audição da música que ele mais amava.
Recebido cordialmente, passaram o resto do dia ouvindo alguns V-Discs que o governo americano prensara especialmente para os soldados no campo de batalha. O alemão ouviu fascinado gravações que nem supunha existirem. No fim da tarde, voltou para a sua trincheira, não sem antes pedir para voltar no dia seguinte, sendo prontamente aceito.
Nos dias subseqüentes, os americanos e o alemão continuaram ouvindo jazz, conversavam animadamente, comentavam a música e trocavam idéias sobre jazz, começando a brotar uma amizade entre eles, protagonistas de uma guerra estúpida que o destino colocou-os como inimigos.
Essa confraternização prolongou-se por toda a trégua, terminando ao entardecer do dia de Ano Novo de 1945, porque as hostilidades recomeçariam no dia seguinte.
Segundo os relatos, a despedida entre eles foi comovente. Todos se abraçaram formando um círculo. Chorando emocionados, despediram-se como velhos amigos, prometendo que depois da guerra se encontrariam para festejarem a paz e poderem ouvir muitos discos de jazz.

Raf

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