É, senhores, talvez pela abstinência de grandes espetáculos (musicais) nessa tão castigada cidade maravilhosa, o encontro acima citado tenha quebrado todos os recordes de público, da hoje única casa de musica instrumental de qualidade do Rio de Janeiro, onde consegui, com a ajuda do Pedro Paulo uma mesa para assistir um dos já melhores concertos de 2003, que relato meio apressadamente a vcs.
Bom, não é preciso dizer que além de um publico excepcional e de grande respeito com o espetáculo, onde encontravam-se grandes músicos da nossa melhor arte tais como Osmar Milito, Markus Resende, Rildo Hora, Ricardo Silveira, Nando Carneiro e Wanda Sá minha companheira de mesa, entre outros menos votados, posso dizer que o repertório praticamente todo baseado no recente "cd" da dupla, demonstrando uma total sintonia e entrosamento, onde destaco os temas "O que é o que é", uma balada do Cesar
Camargo de fazer arrepiar os pêlos do c., a sincopada "Mr. Junior" do Romero com um andamento na base rock/jazz simplesmente monumental e além claro dos standards, "Fotografia", "April Child", "Samba Rasgado", "Wave" e o bis com "Samambaia" do disco lançado em 1981, onde o Romero deixa longe e quase sem saudade o Helio Delmiro. Que na entrevista ao Globo de sábado declara tratar se do seu melhor discípulo, esquecendo talvez dos mais de 15 anos do mesmo em território muito distante das praias santistas, ouvindo e gravando com os melhores músicos do planeta.
Destaco a elegância do Cesar, hoje um dos nossos melhores pianistas, com uma sutileza impar e solos muito bem fraseados na excelente e fiel escola de Bill Evans e Luiz Eça. e o Romero que para mim está hoje entre os 3 melhores do mundo no seu belo Ibanez mid acústico, de uma sonoridade impressionante e só não roubando a cena pela sua humildade e devoção ao maestro.
A lamentar apenas sua ausência no Chivas, a mim confirmada ontem após o show, junto com o Duduka da Fonseca, pois estará fazendo o circuito universitário norte americano. E finalmente refletir e acatar a velha frase do nosso maestro soberano, de
que a melhor saída para o musico brasileiro ainda é o Galeão.
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