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NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
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RUSSEL MALONE QUARTET - MISTURA FINA, 18/01 - @@@@
19 janeiro 2003
Acompanhado de seção rítmica clássica - piano, baixo e bateria - o guitarrista, de carreira low profile, sem a ascenção meteórica de outros young lions dos anos 90, privilegiou originals registrados em seus discos, fiéis ao mainstream, mas recheados de elementos soul, funk, latin e até rock.
Empunhando uma Ibanez, seu timbre, na meia amplificação, evoca o blues tradicional - ou, "de raiz", como gostam alguns "críticos" - próximo da sonoridade metálica de John Pizzarelli, enquanto, principalmente nas baladas e girando mais o botão do volume (isso mesmo), enfim apareceu o "veludo" que conhecemos, p.e., dos primeiros discos de Diana Krall para a Impulse.
Do set list, no geral repleto de eletricidade, destacou-se belíssimo tema em homenagem a Benny Golson, com ritmo e andamento propositadamente idênticos ao clássico "Along Came Betty", tal como o registraram para a Blue Note, em 1958, os Jazz Messengers de Art Blakey ("Moaning").
Em seguida, um "acidente de percurso" com o baixista - a corda sol arrebentou - obrigou-o a retirar-se de cena, motivando o líder a "sair do script" e abrir espaço solo ao jovem e promissor piano player (cuja fluência de idéias e absoluta independência das mãos remeteu ao underrated Phineas Newborn Jr.), a quem coube "entreter" a platéia com atraentes versões de "I Mean You" (Monk), "Skylark" (Carmichael/Mercer) e, em duo com Malone, "Stella by Starlight" (Washington/Young). Foi, sem dúvida, mais que a surpresa, o tempero extra da noite, os músicos provando-se verdadeiros jazzmen, sem dificuldades em fazer do improviso - literalmente - manifestação de arte superior.
Já no "bis", o virtuoso e seu grupo fecharam o set com uma bem humorada "paródia" ao blues moderno, ou "elétrico", a la "B. B" e outros "Kings", desfilando, quase sempre em tom jocoso, todos os clichês do gênero e mostrando, afinal, por quê nem o maior dos chamados "monstros" desse blues ruidoso jamais tocará sequer a metade do que um guitarrista de jazz é capaz.
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