Já na primeira faixa um baque, pois Chaloff na quarta frase já emite algumas notas nos registros mais graves do sax, como a mostrar seu perfeito domínio do que é considerado o menos comum dos saxofones. Mandei embrulhar e corri para o escritório, onde tinha como ouvir com calma. E meu assombro só foi aumentando, à medida em que realizava o tamanho da minha ignorância a respeito desse músico magnifíco, comparada à sua maestria. Daí em diante tenho ouvido Serge a cada dia. E ainda está melhorando.
Serge Chaloff teve vida curta, nasceu em 1923 e morreu em 1957, com 34 anos apenas. Considerado um dos maiores solistas do barítono, sucedeu a Harry Carney e precedeu a Mulligan. Viciado em drogas pesadas, teria arruinado diversas oportunidades na vida e na carreira por causa desse hábito. Suas principais aparições foram com Jimmy Dorsey, de 46 a 47 e com Woody Herman, como um dos "Four Brothers", entre 47 e 49. Depois de rápida aparição com Count Basie e seu octeto em 50, voltou à Boston natal para se livrar do vício. Como o crítico Scott Yanow reporta, "ironicamente, quando se livrou das drogas, Chaloff contraiu uma paralisia na espinha que o levou a gravar sua última sessão numa cadeira de rodas".
De volta a Blue Serge:
É um disco para ser ouvido e não descrito, pois temo não alcançar um relato à altura. Está à disposição dos amigos. É um must: must listen, must have. Um perfeito @@@@@.
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