Nota 1000 para a hospitalidade do editor, bom gosto na seleção, primeiro, das companhias - aí incluído o luxo da presença de uma diva da Bossa - e depois, dos vídeos e demais sons pinçados no agradável entardecer de ontem. O radicalismo da maioria dos presentes foi a (boa) surpresa da noite, trazendo alívio a este colaborador, confortado em ver que o maniqueísmo no jazz está mais vivo que nunca: do "isto é uma m...." ao "isto é maravilhoso", sem necessariamente trocar a mídia, bastavam poucos compassos. Apostas - proibidas por lei - e, pior, em moeda estrangeira - também vedada, até quando indexador - a todo momento se apregoavam, em desafios aos ouvidos dos mais modestos, e às gargantas dos duelistas.
Diana Krall teve suas virtudes estético-musicais e preferências étnico-sexuais

debatidas com entusiasmo, culminando co m intrigante e paradoxal metáfora empregada pela Wanda Sá: "Essa mulher é um monstro!", da qual certamente 90% das demais cantoras brasileiras discordaria. Não prometo me aventurar no próximo pôquer jazzístico, mas aguardo, ansioso, nova oportunidade de edificação musical como a de ontem.
Para o caro amigo Sá, não tenho as duas versões de "so what" com o Petrucciani, mas já encomendei os CDs na BN, mercê de sua indicação. Quanto, finalmente, ao Jimmy Smith do encore, o nome do CD, "Damn", e o selo colado na capa, "one listen says it all", literalmente, dizem tudo ...
Ao dispor, Bene-X, o Malcolm albino e judeu ...
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