Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

MUSEU DE CERA # 5 – BIX BEIDERBECKE

01 novembro 2006


Leon Bix Beiderbecke nasceu em Davenport, Iowa em 10/mar/1903 (na certidão de batismo consta Bix e não Bismarck o nome de seu pai, cuja alcunha era Bix). Ainda menino teve lições de piano, mas foi o cornetim (cornet) que o encantou e aos 15 anos tornava-se um autodidata desenvolvendo uma técnica própria nada ortodoxa. Sua família desaprovava seu interesse pelo Jazz e o enviou à Lake Forest Military Academy em 1921, contudo sendo próxima à Chicago o incentivou de tal forma a ir tocar Jazz que passou a integrar o grupo Cy-Bix Orchestra liderado pelo baterista Walter "Cy" Wege e por ele próprio. Naturalmente acabou sendo expulso por incompatibilidade militar e vadiagem escolar. Em 1923 formava no grupo The Wolverines abraçando definitivamente a carreira de músico. Em fevereiro de 1924 faz os primeiros registros fonográficos em Richmond para a Gennett. Conheceu o saxofonista Frankie Trumbauer em 1925 que o levou à Jean Goldkette's Band em Nova York, depois em 1927 vem a participar da grande orquestra de Paul Whiteman como um dos destaques jazzísticos.
Bix teve como inspirador o cornetista branco de New Orleans Nick LaRocca um dos líderes da Original Dixieland Jazz Band, mas desenvolveu um bonito e original estilo de executar o cornetim no Jazz e por praticar uma digitação muito própria fazia coisas inusitadas musicalmente como executar notas mais altas que as principais em uma frase criando diferentes timbres e entonações sucessivas. De qualquer modo possuía uma sonoridade brilhante ao mesmo tempo aparentemente frágil, um ataque seguro com extrema noção de swing aliado a um magnífico senso melódico e harmônico. Um tanto introspectivo (o que não surpreende já que admirava Debussy), possuía uma qualidade extremamente rara para o Jazz da época ? o lirismo.
Devido a uma vida desregrada pelo vício do álcool veio a falecer muito jovem de uma pneumonia em agosto de 1931. Talvez tenha sido o primeiro jazzman branco realmente reconhecido pelos músicos negros por ter criado algo diferente, bem executado, refinado, de extrema musicalidade, prenunciando uma forma cool de executar a música hot, mas muito válida, tanto que inspirou vários trompetistas brancos e negros tais como: Jimmy McPartland, Bobby Hackett, Max Kaminsk, Bunny Berigan, Ruby Braf, Chet Baker, Rex Stewart, Miles Davis e outros.
Selecionamos para a audição uma peça em autêntico Dixieland ? o Jazz branco de New Orleans desenvolvido em Chicago, trata-se de Ostrich Walk composta pelo pessoal da ODJB, que apresenta um excelente conjunto e destaca, além do magnífico solo de Bix, o trombone de Bill Rank.

OSTRICH WALK (ODJB) – Bix Beiderbecke (cornetim e líder), Frank Trumbauer (st e co-lider), Bill Rank (tb), Doc Rycker (sa), Don Murray (cl), Itzy Riskin (pi), Eddie Lang (gt), Chaucey Morehouse (bat). Gravação original: 13/maio/1927 - Fonte: LP The Bix Beiderbecke Story Vol.II - Bix and Tram – Columbia CL 845 – USA.

NOTA: O site BOLT que hospeda o arquivo musical está com problemas no envio do código de acesso, contudo para ouvir a música selecionada basta clicar no hiperlink abaixo - MÚSICA

MÚSICA

Nenhum comentário: