Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

EXTRA! EXTRA! Saxofonista italiano de 13 anos assombra os músicos de jazz

08 julho 2003

Como reportado por José Domingos Raffaelli

Um saxofonista italiano chamado Francesco Cafiso, de apenas 13 anos, surpreendeu a todos os que o ouviram tocar por sua desenvoltura, seu domínio instrumental e suas qualidades de improvisador precoce. O garoto começou a tocar sax-alto aos sete anos e há seis interessou-se por jazz.

Um dos primeiros a chamar a atenção para o seu talento foi ninguém menos que o consagrado crítico americano Ira Gitler na sua coluna Jazz Notes, da Associação dos Jornalistas de Jazz. Gitler assim descreveu o impacto que teve ao ouvir Cafiso pela primeira vez:

“Eu ouvira várias pessoas afirmarem que Cafiso era um fenômeno, mas sempre dei o devido desconto. Apesar disso, não estava preparado para ouvir Cafiso e, literalmente, caí estatelado quando ele tocou na noite de abertura do Festival de Jazz de Pescara, em Julho de 2002. Ele tocou com Franco D´Andrea (piano), Rodney Whitaker (baixo) e Herlin Riley (bateria), e fechou o set com “Footprints”, o clássico blues em tom menor de Wayne Shorter, em andamento 6/4, ganhando no final uma ovação ensurdecedora de quase 2.000 espectadores. O garoto aparenta menos idade da que tem e mostra-se tímido ao entrar no palco, mas transforma-se num vulcão quando começa a tocar. Seu comando instrumental e a escolha de material da melhor safra nos andamentos rápidos, como “Ornithology”, “Just Friends” e “Have You Met Miss Jones?”, além de exibir uma maturidade muito além dos seus tenros 13 anos nas baladas “Willow Weep for Me”, “Angel Eyes” e “My One and Only Love”, provaram que estávamos diante de uma revelação extraordinária. Cafiso mostrou acentuado feeling pelos blues em “Blue Monk”. Finalmente, em “Take the “A” Train”, que começou com uma introdução abstrata de D´Andrea sugerindo “Four in One”, mais uma vez ele explodiu com sua sonoridade exuberante e um suingue contagiante”.
No mesmo festival, Cafiso também impressionou vivamente os músicos da Lincoln Center Jazz Orchestra, comandada por Wynton Marsalis, que não poupou elogios ao jovem saxofonista. Nos camarins, Marsalis exaltou suas virtudes, garantindo que ele é o saxofonista jovem mais talentoso que ouviu nos últimos tempos. Finalizando, Marsalis colocou-se à disposição dos pais de Cafiso para orientá-lo caso decidam enviá-lo a New York.

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