Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

20 novembro 2017

PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
45ª Parte
RICHARD  WYANDS

 O pianista norte-americano RICHARD WYANDS nasceu no estado da Califórnia, na cidade de Oakland, em 02 de julho de 1928 e iniciou-se profissionalmente em orquestras e conjuntos de sua cidade natal e de San Francisco, até 1944 e com a idade de 16 anos.
Foi desde cedo pianista titular e fixo em diversos clubes, enquanto se graduava no “San Francisco State College”.
Integrou o grupo “Vernon Alley’s” no inicio dos anos 1950, então “orquestra da casa” no “Black Hawk” de San Francisco.    Ali também acompanhava músicos solistas visitantes.
Teve a oportunidade de acompanhar, ao vivo e em estúdio, diversos solistas de grande prestígio e, durante 03 meses de 1956, foi pianista da “primeira dama”, Ella Fitzgerald, sendo mais tarde contratado pela também destacada cantora de JAZZ Carmen McRae.
Em 1958 e em vias de completar 29 anos, WYANDS mudou-se para New York, onde estabeleceu residência e fixou-se como músico, trabalhando seguidamente com Roy Haynes e Kenny Burrell, este último no “Minton’s (que no início da década de 1940 havia sido o reduto e o nascedouro do “bebop”, ao lado do Monroe’s Uptown House no Harlem).
Em 1959 tocou com Charles Mingus e uniu-se a Jerome Richardson, para em 1960 tocar com Gigi Gryce.
A partir de 1964 e até 1977 esteve associado com o guitarrista Kenny Burrell, cumprindo temporadas em variadas latitudes:  em 1969 em Londres (no “Ronnie Scott’s”) e nos festivais de JAZZ de Newport e de Montreux, em 1972 no Japão, além de apresentações nos U.S.A.    Os dois gravaram para as etiquetas “CTI”,  “Verve” e “Fantasy”.
Nos anos 70 do século passado WYANDS foi parte do quinteto de Al Cohn e de Bob Brookmeyer, o que lhe valeu extenso périplo de apresentações nos principais festivais do velho continente. 
No final dos anos 80 incorporou-se à “big.band” de Illinois Jacquet.
WYANDS gravou como “sideman” de grandes músicos em vários estilos,  distintos contextos e diversas etiquetas, a saber e entre outros:  Cal Tjader (Savoy), Charles Mingus (UA), Gigi Gryce (New Jazz), Freddie Hubbard (CTI) e Frank Foster (Blue Note), além de Eddie Davis, Etta Jones, Richard Williams, Lem Winchester, Oliver Nelson, Gene Amons, Roland Kirk, Willis Jackson, Taft Jordan, Benny Carter, Ernie Andrews, Milt Hinton, Charlie Mariano, Zoot Sims e Benny Bailey.
Como líder de trios WYANDS gravou para a etiquetas “Storyville” (1978), “DIW” (1992) e “Criss Cross” (1995).
RICHARD WYANDS é dono de sonoridade cristalina, resultante de toque excepcionalmente preciso em qualquer andamento, particularmente quando em “up tempo”, frescura rítmica e perfeita leitura harmônica (o que explica com absoluta clareza sua participação em apresentações, temporadas, festivais e gravações com músicos de tantas “escolas” e vertentes).  
Em resumo, WYANDS é um pianista “bop” e “hard bop” de primeira grandeza, acompanhante com virtuosismo impregnado de “blues”, mas  virtuosismo que desfila a quilômetros da eloqüência vazia e de clichês, o que sempre lhe permitiu “encontros” desde o JAZZ mais tradicional até as fases mais inovadoras da “ARTE POPULAR MAIOR”.
Em termos de comparação, sempre com as reservas que comparações impõe, podemos escutar no pianismo de WYANDS muito de Red Garland (Dallas / Texas, 15 de maio de 1923 a 23 de abril de 1984) e de John Hicks (St. Louis / Missouri, 21 de dezembro de 1941 a 10 de maio de 2006);    ou será o contrário ? ? ?
Entre as gravações mais representativas desse pianista podem ser citadas:
1960           Down Home                         Com Gigi Gryce
1978           Tranquility                            Com Lisle Atkinson
1978           Then, Here And Now
1987           Runnin’ With Ron                 Com Illinois Jacquet
1992           The Arrival
1999           Half And Half
2002           Lady Of The Lavender Mist
                         
  Retornaremos nos próximos dias

com o pianista Pete Johnson   

2 comentários:

MARIO JORGE JACQUES disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
MARIO JORGE JACQUES disse...

Exclui o primeiro comentário pq queria incluir mais então - Para mim foi um dos grandes, aliás ainda é pois está vivinho da silva com 89 anos ! mas acho que não atua mais, pelo menos não grava. Excelente piano muito bem retratado na resenha. Um abraço Pedro