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Anat Cohen & Marcello Gonçalves Duo @@@@1/5; Didier Lockwood Trio @@@@@ - Blue Note - RJ, 16.11.2017
17 novembro 2017
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Aqueles milagres do Céu, no entanto, mexeram com os brios do capeta, que, então, tratou de mandar seu emissário, aproveitando um Blue Note, àquela altura, bem mais cheio. O sempre rooted Diego Imbert (contrabaixo forjado na melhor relojoaria suíça) e o prodígio Adrien “Fast Fingers” Moignard, na guitarra, serviram de esteio e interplay venenoso para um Paganini reencarnado, autêntico Fausto, que assombrou a audiência, feita catatônica diante de um virtuosismo indescritível, uma afinação beirando o inacreditável - e de fazer inveja mesmo aos mais destacados solistas da música de concerto -, um controle dinâmico paranormal, e, acima de tudo, escolhas improvisionais SEMPRE acertadas. Para Didier Lockwood, o violino é apenas mais uma parte do seu corpo, um órgão (nele, certamente vital): quem viu o que viu, ontem, sabe que tal não é, nem de longe, clichê. O anúncio de um tributo a Grapelli, no final das contas, fez pensar se o próprio Grapelli, mesmo que ressurgindo 20 vezes, não sairia corado do clube, se ali estivesse, vendo um discípulo que tanto lhe suplantou, e maiusculamente. Houve de tudo: mainstream, cigano, Nuages, uptempo supersônico, blues, Spain (!), Over the Rainbow, violino flat, violino com efeitos, coda com efeitos em loop em instrumento primo, eletrônico. Lockwood, seu inglês sofrível, seu humor-ironia tão tipicamente francês e, claro, o que importa, seu ataque legionário, foram o contraponto infernal que, equilibrado à doçura/malícia (não menos intoxicating) de Anat, nos levaram ao Nirvana, em plena noite de quinta-feira, 16 de novembro de 2017. Jamais será esquecida. @@@@@
Um comentário:
Excelente critica!
Parabens!!
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