Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

30 junho 2017

ANIVERSARIANTES  DO  MÊS    -  JAZZ  &  OUTROS (39)
Julho 01 a 06
01              Rashid Ali, bateria, Pensilvania, 1935
Edward Anderson, trumpete, Florida, 1910
Georgia Tom, canto, Illinois, 1899
Alvino Rey, líder, California, 1911
02              Ahmad Jamal, piano, Pensilvania, 1930
Charlie Kennedy, saxofone.alto, New York, 1927
Harlan Leonard, saxofone.tenor / lider, Missouri, 1905
Charlie Watts, bateria, Inglaterra, 1941
Richard Wyands, piano, California, 1928
03              Johnny Coles, trumpete, New Jersey, 1926
George M. Cohan, composição /  ator, Rhode Island, 1878
Ted Curson, trumpete, Pensilvania, 1935
Pete Fountain, clarinete, Louisiana, 1930
Jerry Gray, violino / lider, Massachusetts, 1915
Johnny Hartman, canto, Illinois, 1923
04              Irving Caesar, composição, New York, 1895
Stephen Foster, composição, Pensilvania, 1826
Butch Miles, bateria, Ohio, 1944
Mitch Miller, composição / lider, New York, 1911
05              Larry Binyon, saxofone.tenor, Illinois, 1908
Arthur Blythe, saxofone.alto, California, 1940
Bruce Turner, saxofone.alto, Inglaterra, 1922
Ray Biondi, guitarra, Illinois, 1905
Billy Jenkins, guitarra, Inglaterra, 1956
06              Bill Haley, guitarra / líder, Michigan, 1925
Ted Lewis, clarinete / líder, Ohio, 1902
Della Reese, canto, Detroit, 1931
John Phillip Souza, composição / líder, Washington (DC), 1854
Betty Smith, saxofone.tenor, Inglaterra, 1929
Chris White, contrabaixo, New York, 1936

                              Retornaremos

P O D C A S T # 3 6 8
























MÚSICO EM FOCO: THELONIOUS MONK






PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO USAR O LINK ABAIXO:

http://www53.zippyshare.com/v/zLvlCWKZ/file.html

MORRE A PIANISTA GERI ALLEN

28 junho 2017

Pianista, compositora e professora - Geri Allen - morreu ontem na Filadélfia, vítima de câncer, aos 60 anos de idade.
Allen serviu como Diretora do Departamento de Estudos de Jazz da Universidade de Pittsburgh. Ela teve uma carreira notável em que se destacou como uma pianista de jazz, tocando com alguns dos grandes nomes do gênero, tais como Ornette Coleman, Ron Carter, Charles Lloyd, Tony Williams, Jack DeJohnette, Oliver Lake, Steve Coleman, Charles Lloyd, Dave Holland, Betty Carter e Charlie Haden.
Suas mais recentes colaborações com músicos femininos de jazz mulheres formidáveis como ​​Esperanza Spalding e Terri Lyne Carrington tornaram-se antológicas.
Suas influências, como ela mesma dizia foram Betty Carter, Herbie Hancock, Mary Lou Williams, Hank Jones, Alice Coltrane, Cecil Taylor, McCoy Tyner e seu mentor, Dr. Billy Taylor.
Além de suas atividades como artista de jazz, Geri Allen passou grande parte de sua vida dedicada ao ensino de música. Em 2014 ela recebeu um doutorado honorário em música da Berklee School of Music, em Boston.
Sua discografia inclui 19 álbuns como líder e como um membro de trinta outros conjuntos.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Infelizmente ainda não haviamos programado Geri Allen no PODCAST, então abaixo uma amostra e homenagem ao seu notável trabalho:
Geri Allen Trio : Geri Allen (pi), Palle Danielsson (bx) e Lenny White (bat)

A BEAUTIFUL FRIENDSHIP (Donald Kahn / Stanley Styne)
Copenhagen, Dinamarca, 17/março/1996 





LEMBRANDO GUNTHER SCHULLER

27 junho 2017


Um dos principais formadores do Jazz contemporâneo.
Gunther Schuller, um dos músicos mais respeitados no mundo do Jazz, compositor, arranjador, escritor, educador e executante de trompa, que faleceu há 2 anos aos 89 anos de idade.
A Schuller é creditado como sendo o "arquiteto" da "third stream music" (terceira corrente da música) há mais de meio século, uma fusão de música clássica e Jazz.
Ele teve uma educação musical clássica sólida ao estudar violino e trompa, que foi seu instrumento final. Aos 15 anos ele estava tocando em grupos de música clássica e em 1945 lançou seu primeiro trabalho como solista, o "Primeiro Concerto para Trompa".
Mas sua paixão, quando muito jovem, foi o Jazz acesa pela Duke Ellington Orchestra e outros grandes. Entre 1949 e 1950 fez parte do grupo de Miles Davis quando gravou os temas lendários do famoso álbum - "Birth Of The Cool", onde tocou trompa e fez alguns dos arranjos (50 anos mais tarde viria a fazer arranjos para re-interpretações de Birth of the Cool feita por Joe Lovano).
Em 1955, ele e John Lewis (pianista e arranjador do Birth of the Cool) fundou a Jazz & Classic Music Society e a Escola Lenox de Jazz em Massachusetts. Schuller e John Lewis são considerados o "terceiro fluxo", que foi o primeiro movimento importante que fundiu o Jazz com a música clássica.
Gunther Schuller também tocou com Charles Mingus, Jimmy Giuffre, John Lewis, Ornette Coleman, Eric Dolphy, Dizzy Gillespie, J.J. Johnson, Bill Evans, Roy Haynes e Joe Lovano, entre outros grandes nomes do Jazz.
Mas ao final dos anos 50 sua carreira passou ao ensino de música e a produção de livros, embora ocasionalmente continuasse tocando Jazz até muito recentemente a seu falecimento. Ele também foi um comentarista respeitado e crítico de Jazz.
Early Jazz: Its Roots and Musical Development and The Swing Era: The Development of Jazz, 1930-1945 (1989). Suas memórias -  Gunther Schuller: A Life in Pursuit of Music and Beauty, estão entre os seus principais livros.
Em 1994, ele ganhou o Prêmio Pulitzer e em 1988 o Prêmio William Schuman. Ganhou dois prêmios Grammy e o Prêmio NEA Jazz Masters. Ao longo de sua carreira, ele recebeu dez graus honoríficos e a medalha póstuma - MacDowell para compositores.
(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz)

Do livro - Glossário do Jazz –THIRD STREAM  - literalmente a terceira corrente expressão que a partir dos anos 50 passou a designar uma tendência musical que procurava sintetizar o Jazz com a música europeia clássica ou contemporânea. O musicólogo e compositor Gunther Schuller e o pianista John Lewis líder do Modern Jazz Quartet foram os principais iniciadores e responsáveis diretos por esta corrente musical tendo Gunther, inclusive, criado no New England Conservatory of Boston o departamento Third Stream Music. Alguns trabalhos interessantes chegaram a ser realizados, mas as eternas e incompatíveis rivalidades como: música escrita x improvisação e erudição x espontaneidade acabavam por convergir para aquela outra: — música de brancos x música de afro-americanos. Qualquer processo de se mesclar ou fundir suas características modernas, (uma vez que no passado esta fusão já havia ocorrido entre música negra africana e música branca europeia), passa a negar todo um embasamento histórico irreversível e imutável que é o Jazz como sendo música popular afro-americana dos EUA. O resto são apenas experiências, válidas, mas apenas experiências. Apesar de que, muito antes, algumas tentativas foram registradas como o Jazz sinfônico produzido por Paul Whiteman (*1890 †1967) e sua orquestra, a composição In A Mist (1927) de Bix Beiderbecke, a Innovations In Modern Music de Stan Kenton, e outras... Alguns compositores e artistas envolvidos com a THIRD STREAM: Jay Jay Johnson (Poems for Brass, 1956), André Hodeir (On a Blues no álbum American Jazzmen Plays A. Hodeir Essais, 1957, Bill Russo (An Image of Man do álbum Lee Konitz with Strings, 1958), Gunther Schuller (Concertino for Jazz an Orchestra, Modern Jazz Quartet and Symphony Orchestra, (Atlantic 1359 - 1961), Don Ellis (Improvisational Suite n0 1, 1960), Jimmy Giuffre (Three We, 1962), Larry Austin (Improvisations for Orchestra and Jazz Soloist, 1967), Anthony Braxton (Composition 82, For Four Orchestras, 1978), e ainda Gil Evans, George Russell, Dave Brubeck e outros... Talvez o mais interessante e consistente trabalho tenha sido registrado no LP ― Third Stream Music - Modern Jazz Quartet & Guests – (Atlantic - 940044 – 1960) contando com a participação do grupo The Beaux Arts String Quartet.
Temas / solistas e créditos:
A1     Da Capo
Bass – Ralph Pena
Clarinet, Saxophone [Tenor] – Jimmy Giuffre
Guitar – Jim Hall
3:38
A2     Fine
Bass – Ralph Pena
Clarinet, Saxophone [Tenor] – Jimmy Giuffre
Guitar – Jim Hall
6:06
A3     Exposure
Bassoon – Many Zegler
Clarinet – William McColl
Flute – Bob Di Domenica
French Horn – Paul Ingraham
Harp – Betty Glamann
9:43
B1     Sketch
Viola – Carl Eberl
Violin [1st] – Gerald Tarack
Violin [2nd] – Alan Martin
5:30
B2     Conversation
Viola – Carl Eberl
Violin [1st] – Gerald Tarack
Violin [2nd] – Alan Martin
More musician:
Bass – Percy Heath
Cello – Joe Tekula (tracks: A3, B1, B2)
Conductor – Gunther Schuller (tracks: A3, B1, B2)
Drums – Connie Kay
Piano – John Lewis
Supervised By – Nesuhi Ertegun

Vibraharp – Milt Jackson

MINHA ATRAÇÃO POR CHARTS DE JAZZ


Os que acompanham este blog devem ter notado como, vez por outra, publico aqui "rankings" sobre o momento jazzístico americano, sem dar-lhes maior importância específica além da de analisar os nomes dos artistas e grupos em destaque: quem, como, onde, e as tendências de momento compiladas seja por sites/revistas/avaliadores de vendas, etc. Acho-os úteis não só pelo retrato do momento da arte, mas principalmente para tomar contato com novos nomes e procurar conhecer seu trabalho.

O chart acima é da Jazz Week desta semana e embora tenha acabado de capturá-lo e postado parcialmente, até a 25a. posição de 50, ainda não o li detidamente.

Mas só por passar os olhos, e graças ao Spotify, já estou ouvindo a essa cantora que figura há duas semanas no primeiro lugar, Jazzmeia Horn (cujo nome só pode ser uma piada, não?) e antecipo-lhes que estou gostando tanto da sua voz como de seu estilo . E ainda que nosso inestimável Antonio Adolfo ocupa um 11o. lugar muito honroso e bacana, numa edição de CD que eu desconhecia e que será minha missão para esta tarde.

0 link para o mapa completo está AQUI.

Abraços.
ANIVERSARIANTES  DO  MÊS    -  JAZZ  &  OUTROS (38)
Junho 28 a 30
28      Pete Candoli, trumpete, Indiana, 1923
         Phil Flanigan, contrabaixo, New York, 1960
         Jimmy Mundy, saxofone.tenor / arranjo, Ohio, 1907
         Richard Rodgers, composição / piano, New York, 1902
         Adrian Rollini, saxofone.baixo / lider, New York, 1904
         Bobby White, bateria, Illinois, 1926
         Steve Williamson, saxofone.tenor, Inglaterra, 1964
29      Mousey Alexander, bateria, Indiana, 1922
         Ralph Burns, piano, Massachusetts, 1922
         Nelson Eddy, canto, Rhode Island, 1901
         Frank Loesser, composição, New York, 1910
         Julian Priester, trombone, Illinois, 1935
         Camiel Van Breedan, trombone, Belgica, 1936
30      Stanley Clarke, guitarra, Pensilvania, 1951
         Wallace Davenport, trumpete / lider, Louisiana, 1925
         Andrew Hill, piano, Illinois, 1937
         Lena Horne, canto / atriz, New York, 1917
         Buddy Rich, bateria / líder, New York, 1917
         Grady Watts, trumpete, Texas, 1908

                              Retornaremos

CRÉDITOS DO PODCAST # 367

26 junho 2017

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS e AUTORES
GRAVAÇÕES
LOCAL / DATA
SHIRLEY HORN
Shirley Horn (vcl, pi) acc por Charles Ables (bx) e Steve Williams (bat)
COME DANCE WITH ME
(Jimmy Van Heusen / Sammy Cahn)
New York, 13/agosto/1990
PEGGY LEE
Peggy Lee (vcl), Joe Harnell (pi) e demais músicos não mencionados
Hollywood, CA, 30/julho/1960
DIANA KRALL
Diana Krall (pi, vcl), Terell Stafford, Gilbert Castellanos (tp), Ira Nepus (tb), Jeff Clayton (sa), Rickey Woodard (st), Anthony Wilson (gt), John Clayton (bx), Jeff Hamilton (bat) e John Clayton (condução,arranjo)
Los Angeles, spring 2006
STAN HOPE 
STAN HOPE (pi) acc por cbx e bateria desconhecidos
THEY ALL SAY I'M THE BIGGEST FOOL
(Buddy Johnson)
New York, 1960
CARL FONTANA
Carl Fontana (tb, ldr), Al Cohn (st), Richard Wyands (pi), Ray Drummond (bx) e Akira Tana (bat)
I THOUGHT ABOUT YOU
(James Van Heusen / Johnny Mercer)
Engelwood Cliffs, N.J., 6/setembro/1985
CAMA DE GATO
Paschoal Meirelles (bateria), Mauro Senise (sa), Rique Pantoja (teclados) e Arthur Maia (bgt)
PORQUE NÃO FUI A BERKELEY
(Arthur Maia)
Teatro Anchieta do Sesc Consolação  04/11/2013
BILL EVANS
Bill Evans (pi), Sam Jones (bx) e Philly Joe Jones (bat)
OLEO (Sonny Rollins)
New York, 15/dezembro/1958
JACKIE CAIN / ROY KRAL
Jackie Cain (vcl), Roy Kral (pi, vcl), Conte Candoli (tp), Bill Watrous (tb), Bob Cooper (st), Bill Perkins (sbar), Monty Budwig (bx) e Jeff Hamilton (bat)
LINE FOR LYONS
(Gerry Mulligan)
Hollywood, CA, 2/junho/1988
SUPERSAX
Med Flory
Conte Candoli, Ray Triscari, Larry McGuire (tp), Charlie Loper, Mike Barone (tb), Med Flory, Joe Lopes (sa), Warne Marsh, Jay Migliori (st), Jack Nimitz (sbar), Ronnell Bright (pi), Buddy Clark (bx) e Jake Hanna (bat)
HOT HOUSE
(Tad Dameron)
Los Angeles, 1973
GIL EVANS
John Carisi (tp), Louis Mucci, Jake Koven (tp), Jimmy Cleveland (tb), Bart Varsalona (b-tb), Willie Ruff (fhr), Lee Konitz (sa), Steve Lacy (ssop), Dave Kurtzer (clarone), Gil Evans (pi, arranjo, condução), Paul Chambers (bx) e Nick Stabulas (bat)
ELLA SPEED
(Huddie Ledbetter)
Hackensack, N.J., 27/setembro/1957
CHARLIE ROUSE
Charlie Rouse (st), Kenny Barron (pi), Buster Williams (bx) e Ben Riley (bat)
SAN FRANCISCO HOLIDAY
(Thelonious Monk)
Englewood Cliffs, N.J., 2/março/ 1987
STEVE GADD
Ronnie Cuber (sbar), Joey DeFrancesco (org, tp), Paul Bollenback (gt) e Steve Gadd (bat)
WATCHING THE RIVER FLOW
(Bob Dylan) 
Live at "Voce Restaurant", Scottsdale, Arizona, 17/novembro/2009

25 junho 2017

ANIVERSARIANTES  DO  MÊS    -  JAZZ  &  OUTROS (37)
Junho 25 a 27
25      Joe Chambers, bateria, Virginia, 1942
         Jean Roberts, saxofone.tenor, Belgica, 1908
         Bill Russo, composição/ arranjo, Illinois, 1928
         Carly Simon, canto, New York, 1945
         Johnny Smith, guitarra, Alabama, 1922
26      Joey Baron, bateria, Virginia, 1955
         Big Bill Broonzy, vocal, Massachusetts, 1893
         Jimmy Deuchar, trumpete, Escócia, 1930
         Dave Grusin, piano, Colorado, 1934
         Don Lanphere, saxofone.tenor, Washington, 1928
         Syd Lawrence, cornet / lider, Inglaterra,1923
         Reggie Workman, contrabaixo, Pensilvania, 1937
27      Shad Collins, trumpete, New Jersey, 1910
         Elmo Hope, piano, New York, 1923
         Tony Sbarbaro, bateria, Louisiana, 1897

                              Retornaremos

O LIVRO

24 junho 2017

Sobrinha de Dick Farney lança em outubro biografia do cantor


Guardiã de fotos, objetos e memórias de "tio Dick", Mariangela Toledo Silva também organiza exposição homônima ao livro, "Alguém Como Tu", em cartaz no Rio

P O D C A S T # 3 6 7

23 junho 2017

SHIRLEY HORN 
CARL FONTANA




STEVE GADD 




PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO USAR O LINK ABAIXO:

http://www10.zippyshare.com/v/2DjNrrsY/file.html


O "BOLA DA VEZ"

22 junho 2017

Se tinha um tempo bom para mim, era encontrar no domingo, na feira de colecionadores, na rua do Passeio, na praça em frente a Mesbla no Rio de Janeiro, com o querido amigo Tião Neto chegado de alguma viagem de apresentação que havia feito, ou com Sergio Mendes ou Tom Jobim. Sempre muitas histórias para contar. E sempre momentos engraçados e marcantes. Num recorte de jornal que encontrei nas minhas papeladas falava da apresentação do Tião com o Bola Sete trio no Festival de Monterey em 1966. Aquele trio contava com o Bola no violão, Tião no baixo e Paulinho da Costa na bateria.

Resolvi criar um programa com a gravação feita desta apresentação do trio do Bola, prestando mais uma homenagem ao querido e saudoso amigo Tião Neto. Espero que vocês gostem. Forte abraço.


ANIVERSARIANTES  DO  MÊS    -  JAZZ  &  OUTROS (36)
Junho 22 a 24
22      Eumir Deodato, piano / arranjo, Brasil, 1942
         Judy Holliday, canto / atriz, New York, 1922
         Ray Mantilla, percussão, New York, 1934
         Hermeto Pascoal, piano, Brasil, 1936
         Ben Pollack, piano / lider, Illinois, 1903
23      Donald Harrison, saxofone.alto, Louisiana, 1960
         Lance Harrison, saxofone.tenor, Canadá, 1920
         Milt Hinton, contrabaixo, Massachusetts, 1910
         Helen Humes, canto, Kentucky, 1913
         Eddie Miller, saxofone.tenor, Louisiana, 1911
         George Russell, composição / lider, Ohio, 1923
         Sahib Shihab, saxofones alto / baritone, Georgia, 1925
24      Gene Austin, vocal, Texas, 1900
         Frank Lowe, saxofone.tenor, Tennessee, 1943
         Charlie Margulis, trumpete, Minnesota, 1903(1902 ?)
         Marvin Smith, bateria, Illinois, 1961  


                              Retornaremos

PREMIADOS PELA "NEA" 2018

21 junho 2017

A instituição de grande prestígio "National Endowment for the Arts" (NEA) -  anunciou a lista de artistas que irão receber este prêmio em 2018, que é realizado anualmente com um ano de antecedência em diferentes campos da expressão e da criação artística. Esta é considerada a maior honra do mundo das artes nos EUA e são várias categorias, incluindo a literatura, artes visuais,  música popular e clássica e outras.
No campo do jazz ("Jazz Masters") foram seleccionados para esse título em  2018 os artistas: Pat Metheny, Dianne Reeves, Joanne Brackeen e Todd Barkan.
O guitarrista e compositor Pat Metheny e a cantora Dianne Reeves são dois altos representantes do amplo leque de músicos de jazz famosos desde muitos anos.
Joanne Brackeen é uma pianista de jazz e compositora que principalmente se dedica ao ensino de música no gênero, mas também tem impactado por suas composições inovadoras e intrincadas.
Todd Barkan é o proprietário do Keystone Korner clube de jazz em San Francisco e é reconhecido por seu apoio entusiástico e disseminação de gênero jazz e blues. Ele também trabalhou no Lincoln Center Jazz em Nova York.
Os quatro vencedores no campo do jazz foram anunciados no Festival de Jazz em Washington há poucos dias  e o concerto de gala para os premiados será realizado em uma sala de concertos do Kennedy Center em Washington, em 16 de abril do próximo ano.

(traduzido e adptado do blog Noticias de Jazz)

20 junho 2017

Série   “PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
36ª Parte  -  II (final)
(36)(b)    TETE MONTOLIU    Da  Catalunha   Para  O  Mundo    (Resenha longa)

Em 1996 TETE foi homenageado a nivel nacional pela “Sociedad General de Autores” por seus “50 Anos de Jazz”, no “Teatro Monumental de Madrid”, em um concerto do qual participaram  Alvin Queen, Gary Bartz, Pierre Boussaguet e Tom Harrell.   Ainda em 1996 TETE comemorou seus 63 anos gravando em piano.solo o CD “T’estimo Tant...”.    
No ano seguinte os 64 anos de TETE foram comemorados no “Palau de La Musica Catalana” em Barcelona, com concerto em piano.solo que foi gravado em CD.  Nesse ano de 1996 e em novembro a grande tragédia pessoal:  foi diagnosticado câncer em TETE MONTOLIU.
Em 1997 foram  gravados mais 03 CD’s com a apresentação de TETE MONTOLIU em fevereiro no “Festival de Jazz de Terrasa”.   Em março e no “Palau de La Música Catalana”, Barcelona, também em piano.solo, TETE teve gravado seu último CD.
Faleceu como indicado no início desta sua “Biografia”, em 24 de março de 1997.
Ao londo de sua carreira TETE MONTOLIU recebeu muitas homenagens e honrarias, destacando-se entre as muitas a “Creu de Sant Jordi de La Generalitat de Catalunya”, a “Medalla de Oro del Ayuntamiento de Barcelona” (bom catalão e fiel à cultura e aos valores de sua terra natal) e, como fá de futebol, “culê”, barcelonista que sempre foi e cultor do F.C.Barcelona (“mes que um club”), a insíginia de “Oro Y Brillantes del Football Club de Barcelona”.
TETE MONTOLIU sempre foi um ouvinte, admirador e executante de Charlie Parker, Thelonius Monk e John Coltrane, suas bases para altos vôos musicais e pianísticos.  
Entenda-se que a idade pesou progressivamente mais para TETE MONTOLIU (cego de nascença) que para outros músicos, peso agravado a partir do câncer diagnosticado em novembro de 1996 e dado o esforço necessário para seu pianismo e,  particularmente, quando atuando com outros músicos, o que sempre lhe trazia mais dificuldades para interação e equilíbrio musical;   o que para muitos exigia um simples olhar, para TETE requeria toda uma sensibilidade e desenvolvimento de sentidos muito além da visão e, com certeza, bem mais cerebrais.
TETE foi, sem dúvida, bem influenciado pela arte de Bud Powell e de Al Haig e, de alguma forma por Lennie Tristano, ainda que tivesse desenvolvido ao longo de sua trajetória um estilo e uma “linguagem” muito pessoais, com base em uma pulsação percussiva, com nítida articulação e forte inclinação por toques golpeados com  rapidez;    em alguns solos nota-se certa descontinuidade, acentuadas “escapadas” da estrutura em desenvolvimento, assim como farto ludismo na  exploração de figuras “bluesy”.   Foi, sempre e isso é perfeitamente ouvido e sentido em suas gravações, um pianista superior, capaz de imprimir perfeito swing ao seu fraseado e citações muito bem encaixadas de “blues”.

FILMOGRAFIA
Como não temos informações sobre produtos (DVD’s, VHS’s) com TETE ao vivo, indicamos a seguir 05(cinco) trechos dele ao vivo via “YouTube”, em diversos contextos/formações que nos permitem assistir um músico exponencial.
(1)             Tete Montoliu / Jackie McLean  Quartet, 6’16”
(2)             Joan Manel Serrat &  Tete Montoliu,  “Paroules D’Amor”, 3’55”
(3)             Tete Montoliu & Friends, Playing Jazz, 1’15’
(4)             Tete Montoliu, “Speak Low”, 4’22”
(5)         Tete Montoliu Trio, “If I Should Lose You”, 9’11” (Kerbie Lews / baixo e Billy Higgins/bateria)

BIBLIOGRAFIA
As melhores publicações tipo “Enciclopédia/Dicionário de Jazz” trazem alentados verbetes sobre TETE MONTOLIU.
Destacamos apenas 02(duas) dessas publicações por suas concisões e fidelidades históricas, ainda que insuficientes para o todo da carreira do pianista catalão.
(1ª)    Dictionnaire du Jazz  da autoria de Philippe Carles, André Clergeat e Jean-Louis Comolli, que reuniram cerca de 50 colaboradores para os diversos verbetes (Xavier Prévost redigiu o verbete dedicado a Tete Montoliu), Editions Robert Laffont S.A., Paris, 1988.
(2ª)    Gran Enciclopédia Del Jazz da Editora SARPE, com Chefia de Redação a cargo de Gabriela Costarelli, Madrid, 1980.

DISCOGRAFIA
Considerando a imensa discografia de alta qualidade de TETE MONTOLIU, optamos por indicar as primeira e última gravações, seguidas de 07(sete) indicações que, pelo menos para nós, exibem um pianista em plena forma ao longo das várias etapas de seus anos de trabalho.
Primeira Gravação
Entre junho e setembro de 1954, na Holanda e para o selo Philips Tete Montoliu gravou os temas “Píntame de Colores Pa Que Me Llamen Superman” e “No, No, No”.
Última Gravação
Em 21 de março de 1997, no “Palau de La Música Catalana”, Barcelona, Espanha, TETE apresentou-se em piano.solo, com temas próprios, de Ellington/Strayhorn, Dexter Gordon, Coltrane e Monk.  Essa apresentação foi devidamente registrada para o selo DiscMedi, com as seguintes faixas:
01    Feelings 
02    My Way
03    Au Privave
04    Muntaner 83A
05    Jo Vull Que M'Acariciis
06    Pont Aeri-Acuarela
07    T'Estimo Tant...
08    Come Sunday
09    It Don't Mean A Thing
10    In A Sentimental Mood
11    Take The "A" Train
12    Sophisticated Lady
13    Cotton Tail
14    Come Sunday
15    Cheese Cake
16    Society Red
17    Soul Sister
18    Naima
19    I Want To Talk About You  (autor Billy Eckstine, “Mr. B”)
20    Lush Life 
21    Giant Steps
22    Monk's Dream 
23    Ask Me Now 
24    Misterioso 
25    Apartment 512

1ª Indicação
Em 2005 a “Radiotelevisión Española” (RTVE) editou um primoroso CD duplo sob o título “Jazz Em España  -  Tete Montoliu”.   É o primeiro de uma série de resgates de JAZZ promovidos pela corporação espanhola, dedicado exatamente a TETE MONTOLIU.     Extensas notas de encarte por José Ramón Rippol, que inicialmente nos remetem ao “Jazz subterrâneo” na “Espanha franquista”, para logo rememorar a largos traços um pouco da carreira de TETE MONTOLIU.
Em um dos CDs temos 17 faixas de TETE em piano.solo, reunindo composições próprias, além de clássicos de Victor Young (“When I Fall In Love”), Roger “Ram” Ramirez (“Lover Man”), Bill Evans (“Waltz For Monika”), Cole Porter + Tadd Dameron (“Wht Is This Thing Called Love?” / “Hot House”), Duke Ellington (“Sophisticated Lady”) e outros.   As gravações constantes do gigantesco acervo da RTVE foram realizadas em 17/fevereiro/1973 e em 24/março/1982.
No outro CD temos 08 faixas com TETE MONTOLIU em trio (David Thomaz ao baixo e Peer Wyboris à bateria), gravadas em 22/março/1982.    A primeira faixa de autoria de TETE intitula-se “Blues”, levando-nos a todo um perfeito discurso da linguagem de raiz.   Segue-se um “Days Of Wine And Roses” com claras e sublimes referências ao pianismo de Bil Evans.  Charlie Parker é revisitado em “Confirmation”, Coltrane em “Giant Steps” e Monk/Cootie Williams em versão primorosa de “Round About Midnight”.

2ª Indicação
Com Pedro Diaz /tumbadoras, Miguel Angel Lizandra/bateria e Alberto Moraleda / baixo, Tete montoliu gravou em Barcelona (16/agosto/1963) o LP, reeditado em CD pela “Discos Ensayo”, “Temas Hispano-americanos”.  São “medleys” de clássicos do bolero, todos em linguagem jazzística e repletos da técnica de frases em legato, perfeitas divisões de fraseados, digitação superior, enfim, um disco para ouvir sempre.
Juntam-se a “Frenesi / Contigo En La Distancia / Maria Elena”, outros como “Tres Palabras / Amor Mio / Siempre En Mi Corazón” e “Perfidia / No Me Platiques / Bésame Mucho”.   

3ª Indicação
Ainda na linha dos “boleros”, mas então com temas individuais tomados dos clássicos do gênero, Tete gravou em 1975 e também em quarteto (ele mais Rogelio Juarez / tumbas, Manuel Elias / contrabaixo e Peer Wyboris / bateria), o LP, reeditado em CD pelo mesmo selo “Discos Ensayo” de Barcelona, sob o título de “Boleros” e com a linguagem jazzística do anterior, os temas “Somos”, “Sabra Dios”, “Siboney”, “Somos Novios”, “Sabor a Mi”, “Poinciana” e mais 04 temas que completam os 10 do álbum.

4ª Indicação
O CD “Tete Montoliu Em El Teatro Real” foi gravado diretamente do “Teatro Real” de Madrid em 02 de fevereiro de 1988, em piano.solo e constitui-se, em sua parte inicial, em ode á obra de Thelonius Monk.   A 1ª faixa do CD ocupa não menos que 42’30” sob o título de “Monkiana”, em que a esfinge é totalmente decifrada pela execução inspirada, decodificada e até com a sonoridade e o fraseado de Monk:  “Straight, No Chaser”, “Reflections”, “Misterioso”, “Well, You Needn’t” e semi-trechos de outros clássicos monkianos desfilam para o prazer sensorial da audição.  É coisa de “gente grande” para todo o sempre.
Mais 03 faixas completam os 64’22” do CD:    “Don’t Smoke Anymore, Please” (seria uma premonição das leis estaduais futuras ? ? ? . . .), “Jo Vull Que M’acaricis” e “Apartment 512”.  
Excelente texto do encarte por Paco Montes, com bom retrospecto da carreira de TETE e qualidade superior de gravação, tornam essa gravação um precioso documento.

5ª Indicação
Tete Montoliu & Orquestra Taller de Músicos de Barcelona” é CD gravado em 25 e 26 de junho de 1988 em Barcelona, reeditado em 2003.
05 trumpetes, 04 trombones, 02 saxes.alto, 02 saxes.tenor, 01 sax.barítono, piano (TETE MONTOLIU,  claro), guitarra, baixo e bateria, sob a condução de Zé Eduardo (também autor de 02 dos 07 temas do CD), mostram-nos uma “big.band” alentada, com belos arranjos e temas muito bem escolhidos, inciando-se pela faixa 1, o clássico “C.T.A.” de Jimmy Heath, incluindo “All Of Me” (soberbo solo de TETE MONTOLIU), “Second Race” de Thad Jones com arranjo do próprio, “Recordarme” de Joe Henderson (arranjo de Ernie Wilkins), enfim, um trabalho de alta qualidade.

6ª Indicação
O CD “Free Boleros”, em realidade uma coletânea de boleros clássicos interpretados por um trio em estado de graça (TETE MONTOLIU elabora discursos pianísticos de pura beleza, com toques de “blues”), acompanhando Mayte Martins, uma verdadeira “CANTORA” (dicção, divisão, timbre, extensão, emoção.........), já indicado anteriormente ao longo da “Biografia” de Tete Montoliu.    É trabalho sério, de muito “feeling” e puro prazer para os ouvidos e a mente.     “Contigo en la Distancia”, “El Dia que me Quieras”, “El Reloj”, “Somos”, “Sabor a Mi” e mais 08 faixas integram essa seleção tocada em trio e cantada com uma soberba voz, que merece todo o interesse, os aplausos e a divulgação do “melhor”.

7ª Indicação
Tete Montoliu Interpreta a Serrat Hoyreúne 12 temas e 01 “medley” da autoria do compositor espanhol Joan Manel Serrat, que TETE MONTOLIU conheceu em 1965 na EDGISA, companhia discográfica catalã.  À época Serrat integrava o denominado “Els Setze Jutges”, grupo musical e cultural.
Em 1969 TETE havia gravado “Tete Montoliu Interpreta a Serrat”, sendo que nessa nova visita ao compositor, TETE jazzifica toda uma obra.
Temos nesse CD a reunião de composições belíssimas e uma interpretação de altíssima qualidade pianística e jazzística:  mais pedir impossível ! ! !

Final....................................   Retornaremos nos próximos dias