Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

30 março 2017

Série   “PIANISTAS  DE  JAZZ
Algumas Poucas Linhas Sobre o Piano e os Pianistas
33ª Parte

(33)  LOU LEVY         O “Bebop” de Chicago                  (Resenha curta)

Louis A. Levy, LOU LEVY nasceu em Chicago / Illinois em 05/março/1928 com origem em família judia e veio a falecer com a idade de 72 anos em 23/janeiro/2001 em Dana Point / Califórnia.
Sua carreira levou-o a tornar-se um dos mais importantes acompanhantes de instrumentistas, orquestras e vocalistas no estilo “West Coast” (leia-se no livro “West Coast Jazz” de Alain Tercinet, 1986, 358 páginas, Editions Parenthèses, França, fartas referências a LOU LEVY, em especial nas páginas 176 até 179) e no “Bebop”, tendo sido considerado o mais importante e brilhante pianista de Chicago nessa vertente, “Bebop”, na segunda metade dos anos 1940, portanto nos primeiros anos do novo horizonte.
Iniciou o estudo e a prática do piano com 10 anos, sendo influenciado inicialmente pelo pianismo de Art Tatum e de Bud Powell e tornou-se profissional em sua terra natal na orquestra de Jay Burkharr, para em seguida integrar a banda de Boyd Raeburn.
Em 1946 e com apenas 18 anos chegou a acompanhar ninguém menos que a “divina” Sarah Vaughan.
Decorrido 01 ano Tiny Kahn, o baterista da banda de Boyd Raeburn, levou LOU a tornar-se o pianista do sexteto de George Auld para, no mesmo ano, Chubby Jackson leva-lo em temporada à Suécia - foi a primeira apresentação de um grupo “bop” na Europa.
Em 1948 / 1949 LOU LEVY foi pianista na famosa formação dos “Four Brothers” de Woody Herman.
Em 1950 ele foi o pianista da banda de Tommy Dorsey para depois atuar em pequenos grupos.
No período de 1952 a meados de 1954 LOU abandonou a música para dedicar-se à publicidade, até que no final de 1954 tornou-se o pianista-solista da “Blue Note” de Chicago para, simultaneamente e em Los Angeles, atuar com Conte Candoli, Stan Getz e Shorty Rogers.
Foi pianista da grande Peggy Lee em 1956 e 1957, depois e de 1957 até 1961 acompanhou a “Primeira Dama da Canção”, Ella Fitzgerald, em suas apresentações ai incluídas as nos “JATP” (“Jazz At The Philharmonic” de Norman Granz).
Nos anos 1960 foi o pianista de Stan Getz, de Zoot Sims, de Nancy Wilson e da banda de Terry Gibbs.
Nos anos 1970 LOU foi pianista com o notável grupo “SuperSax” e seguidamente de Lena Horne, de Tony Bennett e, em 1987, de Frank Sinatra...........ufa! ! ! ........
Ao longo sua carreira, prolífica, eclética, mas sempre com raízes no JAZZ “West Coast” e no “Bebop”, LOU LEVY foi bem além de suas influências iniciais (Art Tatum e Bud Powell), absorvendo Nat “King” Cole, Al Haig e o baterista/arranjador Tiny Kahn.
As longas linhas melódicas, a extrema agilidade em “up-tempo”, a liberdade em relação aos tempos e ao ritmo com mãos trocadas, a politonalidade e a gama de tons, a constante evolução harmônica, tornaram LOU LEVY um mestre em todas as vertentes que habita, “West Coast” e “Bebop”, sem perder a maestria nas baladas como, por exemplo, na gravação do álbum “TEMPUS FUGUE-IT” (Interplay Records, com Lou Levy/piano, Fred Atwood/baixo e John Dentz/bateria, gravado nos “United Western Studios", Hollywood, California, em 02 e 03/setembro/1977, 08 faixas, 04 em cada lado do LP, Tempus Fugue-It (Bud Powell), The Shining Sea (Peggy Lee / Johnny Mandell), R232 (Lou Levy), Emily (Johnny Mercer / Johnny Mandell), Countdown (John Coltrane), Very Early (Bill Evans), Lady Be Good (George & Ira Gershwin) e Freedon Jazz Dance (Eddie Harris), em que o tema “Emily” com 6’28” é um poema a la “Bill Evans” (homenageado também com “Very Early”), trazendo-nos um LOU LEVY em estado de graça. 
Em 1956 ele foi participante de formação similar à do “Modern Jazz Quartet” (vibrafone/piano/baixo/bateria), quando da gravação de “Jazz In Four Colors” pela RCA, ao lado de Larry Bunker, Leroy Vinnegar e Stan Levey. 
Também na década de 1950 LOU LEVY foi participante de uma das melhores gravações do estilo “West Coast”, ao lado de Stan Getz, Conte Candoli, Leroy Vinnegar e Shelly Manne, sob o título de “West Coast Jazz”. 
No ano de 1978 ele participou da gravação de “Plays Lester Young” ao lado de Bill Perkins, Monty Budwig e Larry Bunker.
O tema “By Myself” mereceu tratamento de luxo por LOU LEVY em piano.solo, na gravação de 1995, “Standards”.
A obra gravada de LOU LEVY é imensa, não tanto como líder mas sobretudo como “sideman” e, a seguir e além das gravações já citadas no texto anterior, uma pequema amostra selecionada;

Como LÍDER
1954 The Lou Levy Trio Fresh Sound
1956 Jazz In Four Colors RCA
1957 A Most Musical Fella BMG / RCA
1959 Lou Levy Plays Baby Grand Jazz Jubilee
1993 Lunarcy VERVE
1995 By Myself VERVE

Como SIDEMAN
1957 Getez Meets Mulligan             Stan Getz                                  VERVE
1961 Ella Returns To Berlin            Ella Fitzgerald                          VERVE
1983 Here’s To The Losers             George Auld Quintet                 Philips
1966 The Movie Song Album         Tony Bennett                            Columbia
1977 Impromptu                              June Christy                              Inrterplay
1981 Nonpareli                                Al Cohn                                    Concord
1981 The Dolphin                           Stan Getz                                  Concord
1991 For All We Know                   Bob Cooper                              Fresh Sound

Final……………………………


Retornaremos nos próximos dias com o pianista BUD POWELL, resenha longa e que  será postada em 05 Módulos em função do volume de informações relativas ao pianista (que reduzí ao mínimo, mas mantendo o necessário para não perder as essência e coerência)

Nenhum comentário: