Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

ADEUS A NAT HENTOFF, CRÍTICO E HISTORIADOR DO JAZZ

09 janeiro 2017


Nat Hentoff nos deixou dia 7/janeiro/2017 aos idade 91, depois de uma vida intelectual intensa dedicado com paixão para escrever sobre o jazz e para defender os direitos civis nos EUA.
Durante décadas ele escreveu regularmente para o Washington Post, assim como para Down Beat (revista de jazz que já foi seu diretor), Jazz Times e outras publicações. Ele foi co-fundador da publicação Jazz Review e escreveu notas para vários álbuns famosos, incluindo "Giant Steps", de John Coltrane. Por duas vezes ele foi finalista para o prestigioso prêmio "Pulitzer" e em 2003 foi um dos primeiros agraciados, sem ser um músico, com o título Mestre do Jazz pela National Endowment for the Arts - (NEA).
Mas, além do jazz, Hentoff se destacou escrevendo colunas e comentários sobre a discórdia social, a desigualdade e a injustiça racial, a liberdade e a luta pelos direitos sociais. Foi um dos defensores mais assíduos dos direitos constitucionais dos Estados Unidos, especialmente a liberdade de expressão.
Sua produção intelectual, além de escrever para jornais e revistas, possui mais de 35 livros, incluindo vários romances, e ele era um ávido leitor com milhares de livros em sua biblioteca pessoal.
No mundo do jazz, quando jovem, ele descobriu Artie Shaw e Louis Armstrong, cuja música o marcou profundamente. Ao longo do tempo a sua admiração abrangeu Thelonious Monk, Charlie Parker, Charles Mingus, Miles Davis, Ornette Coleman e Cecil Taylor, através de todos os estilos contemporâneos.
Durante anos, também ele apresentou um programa de rádio em Boston.
Os artigos que escreveu em seus últimos anos foram publicados pelo Wall Street Journal.
Parece relevante e apropriado, nestas circunstâncias, informar acerca do documentário sobre sua vida, lançado a um par de anos atrás, em Nova York e Los Angeles. O documentário inclui conversas com Hentoff, além de clipes de entrevistas com Amiri Baraka, Stanley Crouch, Floyd Abrams, Aryeh Neier e Dan Morgenstern (outro grande crítico e escritor de jazz), bem como fotografias, filmes inéditos, música e coletânea de entrevistas.
O filme é chamado de - "The Pleasures Of Being Out Of Step: Notes On The Life Of Nat Hentoff"  e foi dirigido por David L. Lewis. Na trilha de música tem-se: Duke Ellington, Miles Davis, John Coltrane, Charles Mingus e incluídos muitos outros músicos que eram amigos do jornalista ou foram muito admirados por ele .
Como mencionamos, além de crítico e colunista por décadas, Hentoff era um escritor e historiador de jazz, além de romancista e jornalista político (muito sobre as liberdades civis). Ao longo dos anos, ele escreveu um imenso conjunto de colunas, artigos, críticas, comentários e notas para álbuns de jazz.
Seu nome é respeitado e irá permanecer no seu país, na Europa e em outros lugares.


(traduzido e adaptado do blog Noticias de Jazz de Pablo Aguirre)

2 comentários:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Estimado MÁRIO JORGE:

Ele será sempre admirado pelos apreciadores e cultores da "Arte Popular Maior", deixando para todos os apreciadores do JAZZ um senhor acervo e um conhecimento enciclopédico da matéria.
Lá no alto ajudará todos os apóstolos a reescreverem a história.

PEDRO CAODOSO

Anônimo disse...

Grande perda para o jazz - Que Deus o tenha em merecido descanso
Carlos Lima