Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS E BATERISTAS – Parte XIII (Final)

04 maio 2014



TRABALHO DE PESQUISA DO EDITOR NELSON REIS

PORQUE  BATERIA ?

Ao encerrarmos aqui este último e pequeno “briefing” sobre bateria, cumpre uma pequena exposição de como ela veio a ter maior consideração de nossa parte dentro da “Arte do Jazz”
A maioria das pessoas, ao fazerem qualquer alusão mental à musica de jazz, costuma usar como referencial pensante o saxofone (em formato do “J” como a inicial da palavra ) ou o trompete. Todavia, o único instrumento genuinamente criado com o jazz foi a bateria.
Isto, porque o jazz é um estilo musical genuinamente norte-americano e a bateria um instrumento genuíno do jazz. Criada, embrionariamente, em 1894 por um baterista chamado Dee Dee Chandler e em 1899 aperfeiçoada por U.G.Leedy, tomou o nome de “trap set”. Afirmações essas, contidas no versículo bateria do “Glossário do Jazz”, do amigo e confrade Mario Jorge Jacques, a quem aproveitamos para aqui dede já agradecermos pela imensa paciência e ajuda na edição dessas pequenas exposições aqui no blog CJUB, sem o que teria sido difícil – de nossa parte – as apresentações aqui contidas.
Devemos dizer que nosso interesse no instrumento veio desde a mocidade, com cerca de 15 anos de idade, quando contrariamente a todos os hábitos de família, um instrumento, que hoje “daria arrepios” a quem gosta de bateria, deu entrada em nossa casa. Tratava-se de um bumbo de 22”, um tom de 13”, um surdo de 16” e uma caixa de 5” x 14”,  tudo da marca SAEMA ( hirc !!!). Um par de pratos de contratempo de 14” e um prato de condução de 22” da marca “Ziltanan”(uff...). Pode-se imaginar as “reações familiares” havidas, de um pai que cursara 5 anos de violino, tocava violão clássico e cujo gosto para “o popular era o chorinho”.

Bem....,demorou algum tempo, mas não tardou,  para a surgir a sentença:
- “Ou os estudos da Faculdade, ou vais daqui pr’a rua, junto com teus tambores”
Posto este dilema, permanecemos com a primeira opção, exceto a ausência do jazz que até hoje nos acompanha e, que um dia, muito tempo depois desses fatos, flagramos “o velho” assoviando baixinho “Low Life” do Johnny Mandel, que ouve-se com Bud Shank, Bob Brookmeyer e cordas, na Antologia do West Coast nº 1.

Passaram-se os tempos e, no início dos anos 90, do século passado, tivemos “uma recaída tardia” adquirindo um belo instrumento na oportunidade em que exercemos a Presidência de um Clube de Jazz que teve duração efêmera (1989 a 2000), mas momentos inefáveis. Era uma “Yamaha Recording Custom” (bumbo de 22”, tons de 10”, 12” e 13”, surdos aéreos de 14” e 16”, caixa “floating” de 3,5” x 14”) com pratos “K” Zildjian ( Médium Thin Ride 22”, Dark Crash 20”, China 19”, Splash 10” e contratempo 14”), e um Flat Ride Paiste (602) de 19”.  Um instrumento apreciável de qualidade e sonoridade que, junto a um baixo acústico e um teclado de 5 oitavas, compunham o nosso diletantismo reunindo amigos, numa sala  em casa. Hoje, 25 anos após, sobraram os 73 de vida que conservamos com duas escolioses de coluna vertebral e, música de jazz como hábito que nunca perdemos, assim como bons cachimbos e tabacos e, um “12 anos” bem dosado vez por outra, porque “ninguém é de ferro”.

AGRADECIMENTOS

Seria a mais absoluta falta de justiça de nossa parte, não aproveitarmos aqui essa oportunidade para agradecermos aos que com os quais convivemos, incluindo os de saudosa memória, quando nos estimularam com paciência pelo nosso diletantismo pelo instrumento.

 Oswaldo de Oliveira Castro (“Oswaldinho”)

Desde 1957, quando o conhecemos, tocando no quinteto do programa de jazz de Paulo Santos, “Em Tempo de Jazz”, e todas as vezes que nos encontramos no meio jazzístico, pela atenção e na sua maneira de tocar o instrumento, que muito apreciamos e que muito contribuiu em nosso incentivo desde o início.

Damaso Cerruti

Excelente professor de bateria, que teve paciência com os rudimentos conosco, em nosso reencontro com o instrumento nos anos 90.

Cláudio Berrondo

Jovem freqüentador do Clube de Jazz, a quem devemos a presteza e atenção de ensinamentos técnicos no instrumento,durante o convívio que tivemos enquanto o clube existiu..

Paulo Andersen

Amigo, de saudosa memória, que teve grande desprendimento para conosco, com paciência, incentivo e, inúmeros momentos de atenção quando de nossa gestão no Clube de Jazz.

Luis Carlos L. Antunes (“Lula”)

Por uma vida dedicada à cultura da musica de jazz e dedicação para conosco, enquanto em vida, sendo um incentivador e companheiro desde 1956 quando nos conhecemos dentro do ambiente do jazz, até a convivência familiar que tivemos por todo tempo que se seguiu até o final de seus dias.

Agradecemos, outrossim, ao Presidente e aos confrades do CJUB pelos atenciosos comentários aqui apresentados durante os capítulos que transcrevemos, e que ora encerramos, com a extrema colaboração do confrade Mario Jorge Jacques.

Nelson Reis  


Um comentário:

apostolojazz disse...

Prezado NELSON:
Apreciamos, colecionamos e arquivamos para futuras consultas.
Grato, parabéns ! ! !