Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

P O D C A S T # 2 0 9

30 maio 2014


ALBERTA HUNTER

JERZY MALEK 


LAURINDO DE ALMEIDA


PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO: http://www.divshare.com/download/25609122-24c

CLAUDIO RODITI - Gemini Man

29 maio 2014


Dos trompetistas latino-americanos que se estabeleceram nos EUA, o brasileiro Claudio Roditi, é para os músicos, críticos de jazz e audiência o trompetista de jazz mais importante dessa região. Com uma clara influência de Clifford Brown e Lee Morgan, foi músico da orquestra da Organização das Nações Unidas dirigida por Dizzy Gillespie.
Já se apresentou e gravou com McCoy Tyner, Herbie Mann, Paquito D'Rivera e Horace Silver, entre um grande número de gigantes do jazz.
Ele tem 25 álbuns a seu crédito, 16 dos quais foram registrados em seu nome. No vídeo abaixo podemos apreciar sua arte, criatividade e elegância para improvisar. O solo de piano aqui de Helio Alves, também vale a pena ouvir com atenção. O baixista é Leonardo Cioglia e o baterista Duduka Da Fonseca.
GEMINI MAN (Claudio Roditi)
Gravação a 25/março/2007 at the Rising Jazz Stars studio in Beverly Hills, California.  (adaptado do Noticiero de Jazz)



Miles Davis Way



Dia 5 de maio foi realizada cerimônia em Nova York para mudar o nome da rua West 77th Street daquela cidade, onde viveu o trompetista, com o nome de "Miles Davis Way ".



Isto foi conseguido depois de uma longa campanha de uma moradora, Shirley Safirau, que é retratada em uma das esquinas da rua mencionada, e que tenazmente liderou uma campanha para a mudança de nome da rua.
Shirley Safirau
A cerimônia contou com a presença de músicos, amigos e familiares de Davis. Um dos palestrantes foi o discípulo do lendário trompetista Wallace Roney. Entre o público também havia músicos visitantes de outros países, com destaque para um grupo do Chile liderado pelo trompetista Sebastian Jordan. A saxofonista Melissa Aldana (com sede em NY) e o guitarrista Nicolas Vera.

As ruas e avenidas de Nova York são todas numeradas e a cidade é dividida em lado West (oeste) e lado East (leste), contudo muitas delas possuem um segundo nome um “apelido”, tal como vemos na foto acima.
(adaptado do Noticiero de Jazz)

CRÉDITOS DO PODCAST # 208

28 maio 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
LOCAL e DATA
EDDIE BERT
Eddie Bert (tb), J.R. Monterose (st), Hank Jones (pi), Clyde Lombardi (bx) e Kenny Clarke (bat)
CROSSTOWN
(Johnny Hodges)
New York, 1/setembro/1955
QUINCY JONES
Clark Terry (tp), Phil Woods (sa), Lalo Schifrin (pi), Jim Hall (gt), Chris White (bx), Rudy Collins (bat), Jose Paula, Carlos "Bala" Gomez, Jack Del Rio (perc) e Quincy Jones (arranjo e condução)
DESAFINADO
(Antonio Carlos Jobim / Newton Mendonça)
New York, 8/setembro/1962
ELLIS LARKINS
Ellis Larkins (pi), Skeeter Best (gt), Joe Benjamin (bx) e Jimmy Crawford (bat)
BLUE AGAIN
(Dorothy Fields / Jimmy McHugh)
New York, 1958
ALEX HILL
Bob Shoffner (tp), John Thomas (tb), Darnell Howard (cl,sa), George James (sa), Cecil Irwin (st), Alex Hill (pi, ldr), Ikey Robinson (bj), Buddy Gross (tu) e Wallace Bishop (bat)
TOOGALOO SHOUT
(Alex Hill)
Chicago, 20/dezembro/1929
NICK BRIGNOLA
Bill Watrous (tb), Nick Brignola (sbar), Dwight Dickerson (pi) John Heard (bx) e Dick Berk (bat)
IN A MELLOW TONE
(Duke Ellington / Milt Gabler)
Hollywood, CA, 17/outubro/1979
CHARLIE WATTS
Henry Lowther, Gerard Presencer (tp,flhrn), Mark Nightingale (tb), Peter King (sa), Evan Parker (st), Julian Arguelles (sbar), Anthony Kerr (vib), Brian Lemon (pi), Dave Green (bx), Charlie Watts (bat) e Luis Jardim (perc)
LITTLE WILLIE LEAPS
(Miles Davis)
Live "Ronnie Scott's", London, 13/junho/2001
BERNARD ALLISON
Bernard Allison (gt, vcl), Lonnie Brooks (gt), Jose Ned James (perc), Bruce McCabe(keyboards), Erick Ballard (bat), e Jassen Wilber (bx)
AS SIMPLE AS THAT
(Bruce McCabe)
agosto/2010
DON FAGERQUIST
Ed Leddy (tp), Bob Enevoldsen (v-tb), Vince DeRosa (fhr), Herb Geller (sa), Ronnie Lang (sbar), Marty Paich (pi), Buddy Clark (bx) e Mel Lewis (bat) - Don Fagerquist (tp, ldr)
LULLABY OF BROADWAY
(Al Dubin / Harry Warren)
Hollywood, CA, 14/setembro/1957
HANK" CRAWFORD
Hank Crawford (sa), Jimmy McGriff (org,synt), George Benson (el-gt), Bernard "Pretty" Purdie (bat)
FRIM FRAM SAUCE
(Joe Ricardel / Redd Evans)
Englewood Cliffs, N.J., 30/ janeiro/1986
WYNTON MARSALIS
Wynton Marsalis (tp,cond), Lew Soloff, Marcus Printup, Ryan Kisor (tp), Ronald Westray, Vincent Gardner, Andre Hayward (tb), Wessell Anderson, Ted Nash (sa), Walter Blanding, Victor Goines (st), Joe Temperley (sbar), Eric Lewis (pi), Carlos Henriquez (bx) e Herlin Riley (bat)
PURSUANCE
(John Coltrane)
Lincoln Center, New York, 26/agosto/2003
JEANIE BRYSON
Jeanie Bryson (vcl), Ronnie Buttacavoli (flh), Paquito D'Rivera (cl), Red Holloway (st), Terry Trotter (pi), John Chiodini (gt), Jim Hughart (bx), Harold Jones (bat) e Mayra Casales (perc)
THAT SUGAR BABY O MINE (Edna Alexander / Maceo Pinkard / Sidney Mitchell)
Los Angeles, 12/outubro/1995
JOHNNY COLES
Johnny Coles (tp), Leo Wright (sa), Joe Henderson (st), Duke Pearson (pi), Bob Cranshaw (bx) e Walter Perkins (bat)
LITTLE JOHNNY C
(Johnny Coles)
Englewood Cliffs, N.J., 18/julho/1963
B G
DAVID "FATHEAD" NEWMAN (st), Clifford Jordan (st,sop), Ted Dunbar (gt), Buddy Montgomery (pi), Todd Coolman (bx) e Marvin "Smitty" Smith (bat)
WILLOW WEEP FOR ME
(Ann Ronell)
Live "Riverside Park Arts Festival", New York, 3/setembro/1989

26 maio 2014

ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  22

Albert Edwin Condon,  artisticamente “EDDIE” CONDON, guitarrista e banjoista americano, nasceu na cidade de Goodland (estado de Indiana) em 16 de novembro de 1905 (alguns biógrafos indicam 16 de julho), vindo a falecer aos 68 anos no dia 04 de agosto de 1973, em New York.
EDDIE” garantiu seu lugar na história do JAZZ não apenas como guitarrista, mas também como organizador e líder de grupos, empreendedor, apresentador em concertos, em festivais, participação em programas de rádio e de televisão, além de escritor de 03 livros biográficos no estilo jornalístico, com destaque para sua obra de 1948, “We Called It Music”.
Seu sucesso e popularidade centrou-o como figura exponencial do “dixieland”, do JAZZ tradicional, com destaque para o nascimento e o desenvolvimento da “escola de Chicago”  =  significativa parcela das gravações dessa escola foram produzidas tendo-o como líder, ou por sua iniciativa, ou com sua participação como “sideman”.
EDDIE” iniciou-se no banjo ainda adolescente, estreando profissionalmente com a idade de 15 anos, dentro da formação do saxofonista Hollies Peavey;  com este participou de extensa temporada por toda a América do Norte, a bordo de um caminhão adaptado como trailer.
Após essa primeira experiência profissional, “EDDIE” radicou-se em Chicago, onde  teve oportunidade de tocar com o genial “Bix” Beiderbecke, mantendo com ele forte amizade.    
Seguiu-se em 1924 nova temporada com a turma de Chicago, fruto de um contrato com o cabaret “Cascades”, de duvidosa reputação e situado na zona norte da “windy city”, de propriedade do empresário Husk O’Hare.  Ali teve a companhia de Bud Freeman e de Jimmy McPartland, entre outros músicos brancos.
Com a ajuda de Red McKenzie “EDDIE” organizou as legendárias sessões de gravação de dezembro de 1927 (perpetuando os temas China Boy” e “Nobody Sweetheart”), marcando o nascimento da “escola Chicago”. 
Após a ida de “EDDIE” para New York no verão de 1928, ele seguiu colaborando com McKenzye, integrando o grupo “Mound City Blue Blowers”.   Sobre esse grupo destacamos os seguintes fatos:
(a)             contou com arranjos de Glenn Miller;
(b)             gravou algumas preciosidades, entre as quais “Oner Hour”  e  “Lola”;
(c)              contou com as participações de Coleman Hawkins e de Pee Wee Russell, um dos clarinetistas mais representativos da “escola Chicago”;
(d)             foi um grupo que oscilou entre “altos e baixos”, já que também produziu  gravações que não foram bem recebidas por público e crítica.
Em New York “EDDIE” foi capaz de reunir diversos músicos brancos com os quais já havia “terçado armas” em Chicago:  Frank Teschemacher, Gene Krupa, Milton “Mezz” Mezzrow, Joe Sullivan e Jimmy McPartland, entre outros.  A partir desse reencontro e ainda no verão de 1928 “EDDIE” organizou diversas sessões de gravação, buscando reeditar os sucessos de 1927, sem muito sucesso.
Durante o ano de 1929 “EDDIE” atuou e gravou ao lado de Louis Armstrong e de Thomas “Fats” Waller, o que representou uma feliz junção de músicos negros e brancos, em função da admiração que estes nutriam por aqueles.   
Ai notava-se a diferença comportamental entre esses oriundos de Chicago, em relação aos músicos de New York, então francamente racistas:   “Red” Nichols, Joe Venutti e Miff Mole, entre outros (ainda que no longa metragem “The Five Pennies”, versão cinematográfica sobre a carreira de Loring “Red” Nichols,  em português “A Lágrima Que Faltou”, protagonizada por Danny Kaye, tenhamos cenas de Armstrong com “Red” Nichols”).      Ainda sobre  “Red” Nichols é certo que ele e “EDDIE” atuaram juntos nesse ano de 1929, encontro de certa forma inevitável já que “Red” havia atuado anteriormente com outros músicos da “escola Chicago”.
Em 1932 “EDDIE” uniu-se ao grupo misto de brancos e negros, o “Rhythmakers”, onde atuou o grande trumpetista de Algiers/Louisiana, Henry “Red” Allen;  mesmo com a lógica influência no grupo de “Red” Allen, um tradicionalista com sólida origem musical em New Orleans, a “escola Chicago” imperava na sonoridade do grupo.
Em 1933 “EDDIE” gravou sob seu próprio nome ao lado de Floyd O’Brien, Russell Freeman, Joe Sullivan e Max Kaminsky, com destaque para o tema “The Eel”, veículo para o sucesso popular do grande tenorista Bud Freeman.    Essa gravação marca a ampliação de perspectivas para os “tenoristas”, com um claro “grito de independência” sob a influência de Coleman Hawkins, então dominador na técnica e na sonoridade do sax.tenor.
A partir de então e por um período que vai até 1936, “EDDIE” conviveu com a obscuridade, retornando nesse ano ao lado do clarinetista e saxofonista Joe Marsala, para atuar em inúmeros clubes da “big apple”.  
No mês de janeiro de 1938 “EDDIE” formou o grupo “Windy City Seven”  =  EDDIE” CONDON, Bobby Hackett, Jack Teagarden, George Brunis, Pee Wee Russell, Bud Freeman e Jess Stacy, entre outras “estrelas”, foram destaques no grupo, protagonista das primeiras e históricas gravações do selo “Commodore” do empresário Milt Gabler.  
“Commodore” era o nome da loja da “Rua 52”, onde se reuniam os músicos de JAZZ residentes em New York.   
Essas gravações, excelentes, constituem-se em um claro “divisor de águas” para “EDDIE”, que inicia seu afastamento do “dixieland” clássico em direção à linguagem de solistas de exceção, notadamente Pee Wee Russell.     Por essa mesma ocasião esse mesmo grupo sob o comando de Bud Freeman para o selo “Commodore” e sob o comando de Bobby Hackett para a etiqueta “Vocalion”, retornou aos estúdios de gravação.
Em 1939 “EDDIE” foi incorporado ao grupo “Summa Cum Orchestra”, dirigido por Bud Freeman, que participou de sessão promovida pelo empresário George Avakian, reunindo os melhores músicos de Chicago.
Durante o período da IIª Guerra Mundial “EDDIE” organizou e apresentou dezenas de concertos no “Ritz Theatre” e no “Town Hall” de New York, transmitidos via rádio “em direto” para as Forças Armadas Americanas no “front”.     Foram concertos com a participação dos então maiores nomes do JAZZ, apoiados por uma banda em que figuraram os trumpetes de Bobby Hackett, Mugsy Spanier, Max Kaminsky e Billy Butterfield, os trombones de Miff Mole e Lou McGarity, os clarinetes de Edmond Hall, Pee Wee Russell, Joe Dixon e Joe Marsala, o sax.barítono de Ernie Cáceres, o pianismo dos grandes Gene Schroeder, Joe Bushkin e Jess Stacy, o contrabaixo de Jack Lesberg e  as baterias de Gene Krupa e George Wettling.   Esses históricos concertos em muito projetaram a figura de “EDDIE”, vencedor pela revista “Down Beat” das enquetes de 1942 e de 1943, como melhor guitarrista.
No final de 1945 “EDDIE” instalou seu próprio clube de JAZZ, o “Condon’s Club”, em plena “Greenwich Village” (mais tarde, em 1958, mudou-se para o “East Side”), ponto de encontro dos músicos de New York e reduto dos amantes do JAZZ “tradicional”.
Simultaneamente “EDDIECONDON seguiu realizando concertos, muitos dos quais via rádio e em seu próprio programa “Condon Floor Show” de 1949, em que as “estrelas” foram ninguém menos que Louis Armstrong, Sidney Bechet, Billie Holiday, Jack Teagarden e Teddy Wilson, entre outros:   uma galáxia ! ! !
EDDIE” seguiu gravando para as etiquetas Columbia (atual Sony) e Decca, contando com os músicos com os quais atuara no “Town Hall” durante a segunda grande guerra.     Entre essas gravações merecem especial destaque as prensadas para a Columbia entre 1953 e 1956 (ao lado de Wild Bill Davison, Cutti Cutshall, Edmond Hall, Gene Schroeder, Walter Page e George Wettling = vide indicação discográfica ao final), onde fica evidente o afastamento da “agressividade” inicial dos “chicagoans”, com todos já agora em clima relaxado, com altas doses de “swing” e lembrando a “máquina de fazer swing” de Count Basie  =  vale assinalar aqui a presença do contrabaixo de Walter Page e a influência de Freddie Green em “EDDIE”, vale dizer e em certa medida, a quase presença de 50% da “all american rhythm section” de Basie.
Nos anos de 1954 a 1956 “EDDIE” atuou em formação “all stars” no festival de Newport, seguindo em 1957 para temporada na Inglaterra.
Em 1961 “EDDIECONDON foi organizador e apresentador de programa de televisão inteiramente dedicado ao JAZZ de Chicago, trazendo para a tela todos os antigos músicos do estilo, ainda vivos;   esse programa foi gravado pela etiqueta VERVE (leia-se Norman Granz), talvez representando o derradeiro e magno exemplo da “escola Chicago”.
O ano de 1964 vai encontrar “EDDIE” em extensa temporada na Austrália e no Japão, comandando formação, com certeza uma das melhores e mais consistentes por ele formada, em que alinharam Buck Clayton, Vic Dickenson, Pee Wee Russell, Bud Freeman, Dick Cary, Jack Lesberg, Cliff Leeman e Jimmy Rushing.  Esse grupo foi gravado pelo selo “Chiaroscuro”, deixando-nos o testemunho da emancipação do grupo da polifonia tradicional, para a liberdade dos solistas em um contexto “mainstream”.
EDDIE” pagou caro tributo à sua dependência alcoólica, tendo que realizar seguidas intervenções cirúrgicas (pâncreas, estômago, fígado), mas conseguiu retornar em 1967, escudado pelo sempre fiel Wild Bill Davison.
Em 1970 “EDDIE  atuou em grupo onde  brilhavam Roy “Little Jazz” Eldridge e o grande trombonista Kai Winding, para seguir apresentando-se em duo com o também guitarrista Jim Hall (vide “Algumas Linhas Sobre a Guitarra e os Guitarrista nº 09”).
1971 proporcionou a “EDDIECONDON uma longa temporada por todos os U.S.A., com o grupo “Stars Of Jazz”, integrado por ele e Wild Bill Davison, Barney Bigard e Art Hodes.
Participou ainda em várias edições do “Festival de Jazz de Manassas” (Virginia).
A extensa discografia de “EDDIE” inclui gravações para as etiquetas “Chiaroscuro”, “Jazzology” e “Fat Cat Jazz”.
O derradeiro concerto de “EDDIECONDON foi realizado no “Carnegie Hall”, em 1972.   Isso significa que ele trabalhou até praticamente seus derradeiros dias de vida, mas rendeu-se, em agosto de 1973, ante seu declínio físico progressivo.   Legou-nos obra discográfica imortal e da mais alta importância.
Muito valorizado pelos músicos, ainda que pouco valorizado pela mídia como figura seminal entre os “chicagoans”, “EDDIE” teve o grande mérito de modernizar gradativamente e com grandes inteligência e perspicácia o que podemos denominar como a transição “dixieland/chicago”, mantendo o espírito e a integridade dos mesmos até e sem dúvida, o limite de unir-los à “mainstream” do JAZZ.    Foi uma “barreira” ante o surgimento do “bebop”, garantindo a perpetuação das raízes.
EDDIE” foi um dos primeiros guitarristas a utilizar a “guitarra-tenor” de 04 cordas, sendo certo que é o mais característico ilustrador das pulsações rítmicas dos “chicagoans”, esquematizando claramente, e mais que o contrabaixo e a bateria, a base rítmica que marca os 04 compassos.   Raramente o ouvimos solando, ficando em segundo plano para o ouvinte, mas tornando-o essencial para os músicos que acompanha e que nele se escoram pela sua pulsação metálica e “doce”.  O grande trumpetista e cornetista Bobby Hacket definiu-o como o “melhor guitarrista rítmico do JAZZ”.
Destaques entre as centenas de gravações de “EDDIECONDON, além das já citadas no texto anterior:
-  1927        Sugar
-  1928        I’ve Found  A New Baby  -  “Chicago Rhythm Kings
-  1929        I Can’t Give You Anything But Love  -  “Louis Armstrong”
-  1929        The Minor Drag   -    “Fats Waller”
-  1936        That  Foolish Things   -   “Bunny Berigan”
-  1954        Jammin” At Condon’s   -   “Eddie Condon”
-  1957        The Eddie Condon All-Stars  -  Dixieland Jam   -   “Eddie Condon”.
 
Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
 
 

P O D C A S T # 2 0 8

23 maio 2014

BERNARD ALLISON
EDDIE BERT

CHARLIE WATTS


JOHNNY COLES



PARA BAIXAR O ARQUIVO DE ÁUDIO: http://www.divshare.com/download/25485885-53b

FENÔMENO BRASILEIRO DO PIANO VAI PARA BERKLEE!

22 maio 2014

Mas precisa de nós!

A história, que vou encurtar, é a seguinte. Thiago Vitório é um jovem e talentoso pianista que pretende chegar muito mais longe e acima do patamar aonde já se encontra hoje. Ele foi aceito, por mérito e com a maior bolsa concedida a estrangeiros, na prestigiadíssima Berklee College of Music, onde se forma a nata da música mundial, ao deixar os professores de lá maravilhados após uma audição na UNIRIO.

Tudo lindo, mas tem um porém: ele precisa reunir dinheiro para estar e se manter em Boston, motivo pelo qual alguns setores da sociedade, conhecedores do seu talento e determinação, estão dispostos e se empenhando em ajudá-lo nesse ponto (vide link ao final do post).

Dentre as formas de arrecadar fundos para ajudar a financiar a sua ida e a sua estadia, está a disseminada modalidade chamada de crowdfunding (em livre tradução, "bancado pela galera") e para participar, pode-se usar o site que o incentiva, o Benfeitoria, para qualquer quantia que se deseje.

Antes que me repreendam pela iniciativa, talvez seja melhor vocês verem e ouvirem o Thiago, para entender o porque dele merecer esse suporte, através do link abaixo e a seguir, pelas palavras de quem entende.

Thiago aqui interpretando a composição de César Camargo Mariano, Curumim.




Agora ouçam o depoimento do Maestro Gilson Peranzetta, que dispensa apresentações, principalmente para os confrades, pois além de vasto reconhecimento no panorama da música instrumental brasileira, tanto por suas composições, arranjos e execuções, também se apresentou numa das inesquecíveis Jazz Nights produzida pelo CJUB.



Tudo isso só qualifica esse jovem Thiago Vitório, de origem humilde, para contar com a ajuda dos brasileiros que puderem fazê-lo. Mesmo com a maior bolsa concedida por Berklee a estrangeiros, ainda lhe faltarão condiçoes para se manter nessa escola. E esse é o fator que alçará seu talento inato e a sua perseverança ao nível internacional dos randes instrumentistas internacionais. Vale a aposta!

Se não puderem contribuir, a mera divulgação destas informações já será uma força para ele.

Esta matéria, de hoje, também dá conta do esforço de Thiago para poder desenvolver seu dom natural.
ALGUMAS POUCAS LINHAS SOBRE A
GUITARRA E OS GUITARRISTAS  -  21
 James Elbert Raney, artisticamente JIMMY RANEY, guitarrista norte-americano nascido no dia 20 de agosto de 1927 em Louisville no estado de Kentucky, faleceu em sua cidade natal a ponto de completar 68 anos, em 10 de maio de 1995.
Sua mãe, guitarrista, desde cedo levou-o às primeiras noções do instrumento; em seguida estudou guitarra clássica com A.J.Giancola e, posteriormente e com 13 anos, com Hauden Causey, músico de Louisville que “apresentou” RANEY ao JAZZ e, mais especificamente, à música do grande Charles Christian.
Com 17 anos RANEY teve oportunidade de substituir seu ex-professor Hauden Causey na “New York Band” de Jerry Wald e, felicidade, tocar ao lado do grande Al Cohn, saxofonista, arranjador e compositor, então com 19 anos.   Nessa época RANEY ouviu intensamente Charlie Parker, Art Tatum e Dizzy Gillespie.
Lembramos que Jerry Wald havia iniciado sua “big-band” pouco antes, em 1941 e em New York, com formação que chegou a incluir Larry Elgart (irmão de Les Elgart) e a  atuar com arranjos de Ray Conniff e de Jerry Gray.
A partir de então e até seus 21 anos, RANEY atuou em Chicago com os pianistas Max Miller e o grande Lou Levy, além de com Lee Konitz e Jay Burkhart.
Retornou a New York para ingressar na “big-band” de Woody Herman, onde atuou de 1947 a 1948, a par de tocar com Al Haig e no sexteto de Buddy DeFranco.
De 1949 a 1950 RANEY atuou na formação de Artie Shaw, seguindo-se participações com Terry Gibbs e, de 1951 a 1953, destacou-se no quinteto de Stan Getz (que incluía Al Haig, Teddy Kotick e Tiny Khan, uma grandeza).    
Esteve na formação do vibrafonista Red Norvo em 1954, com o qual e também com  Billie Holiday, excursionou durante janeiro e fevereiro desse ano à Europa no “Jazz Club USA”.   Em Paris e no dia 10/fevereiro RANEY gravou o excelente LP “Visit Paris”.
Em março desse ano com RANEY na guitarra, Red Mitchell no contrabaixo e Red Norvo no vibrafone, foi gravado para o selo Fantasy o excepcional álbum “Red Norvo Trio”, nos estúdios United Sound Services, em Detroit.
Nesse ano de 1954 RANEY liderou um quarteto em gravação considerada um “clássico” do JAZZ para a etiqueta “New Jazz” (absorvida tempos depois pela Prestige)  =  Raney dobrou em 02 vozes à guitarra, acompanhado por Hal Overton/piano, Teddy Kotick/baixo e Art Mardigan/ bateria.
Ainda em 1954 atuou nas formações de Les Elgart e de Teddy Charles, para em seguida unir-se ao pianista Jimmy Lions no “Blue Angel” de New York de 1955 até 1960.
É importante assinalar que de toda a geração das décadas de 1940 e 1950 de guitarristas pós-Charles Christian (que incluiu gênios do instrumento como Tal Farlow, Barney Kessel, Billy Bauer, Sal Salvador, Johnny Smith, Herb Ellis, Irving Ashby, Mundell Lowe e outros), RANEY é um “pós-graduado” em harmonia, podendo afirmar-se que foi um “up-grade” de Christian, com rica valorização dos acordes, particularmente nos de passagem.
RANEY atuou na Broadway com quarteto liderado por Don Elliott, no musical “Thurber Carnival”.
Em 1955 atuou no “Blue Angel” de New York, com o trio de Jimmy Lions.   Atuou seguidamente no rádio, na televisão e em gravações (com Stan Getz, Jim Hall, Bob Brookmeyer e outros).
Nos anos de 1954 e de 1955 RANEY foi o vencedor da votação de melhor guitarrista da revista “Down Beat”.
Estudou com afinco violoncelo e composição com Hal Overton em 1959. 
Passou a  acompanhar cantores  =  Andy Williams, Tony Bennett e Anita O’Day foram contemplados em suas gravações próprias com o toque mágico de RANEY.
Esteve afastado da cena musical de 1964 até 1972, em grande parte por seu pavor de viajar em aviões, retornando após esse período para apresentações em clubes,  concertos e gravações, muito bem acompanhado por seu filho Doug Raney, também excelente guitarrista.   Com o filho realizou temporada na Europa.
Passou a participar de inúmeras sessões de gravação, destacando-se as com Herbie Steward, Buddy DeFranco, Ralph Burns, Teddy Charles, Al Cohn, Bill Perkins, Richie Kamuca (aa meu juízo um dos melhores sax-tenoristas da história do JAZZ), Tommy Flanagan, Martial Solar, Jim Hall, John Lewis, Eric Dolphy e tantos outros, vale dizer, em “todas as praias”.
RANEY foi, também, prolífico compositor, destacando-se em seu portfólio peças como “Signal”, “Motion”, “Parker 51”, “Lee” e “Five”, apenas para citar as mais conhecidas.
Destaca-se em RANEY sua elegância, sua classe em cada nota, cada uma delas com uma importância no contexto de seus solos e/ou acompanhamentos.  Trata suas notas com “profundidade”, com sensibilidade para a totalidade do discurso melódico;  equilíbrio, “finesse” em uma digitação impecável mas sem aparência de virtuosismo ou proezas técnicas.
RANEY é um dos mais importantes guitarristas da história do JAZZ, sem nenhuma dúvida.
Entre suas muitas e muitas gravações, destacamos as diversas com Stan Getz:
-   “Parker 51”  e  “Signal”, de 1951;
-   “Yesterday” de 1953;
-   “Cherokee”, 1954.
Citamos ainda gravações de RANEY como “sidemen”:
-   com Billie Holiday  =  “Billie’s Blues”, 1954; 
-   com Al Haig  =  “Marmaduke”,  1974;
-   com Barry Harris  =  “Night In Tunisia”, 1976;
-   com Martial Solal  =  “Motion”, 1981.
 Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
            apostolojazz@uol.com.br
 


CRÉDITOS DO PODCAST # 207

21 maio 2014

LIDER
EXECUTANTES
TEMAS / AUTORES
LOCAL e DATA
BILLIE HOLIDAY
Charlie Teagarden, Shirley Clay (tp) Jack Teagarden (tb), Benny Goodman (cl), Art Karle (st), Joe Sullivan (pi), Dick McDonough (gt), Artie Bernstein (bx), Gene Krupa (bat) e Dick McDonough (arr) - Billie Holiday (vcl)
RIFFIN' THE SCOTCH
(Benny Goodman / Dick McDonough / Ford Lee Buck / Johnny Mercer)
New York, 18/dezembro/1933
Roy Eldridge (tp) Benny Goodman (cl), Ben Webster (st) Teddy Wilson (pi), John Trueheart (gt), John Kirby (bx), Cozy Cole (bat) e Billie Holiday (vcl)
I WISHED ON THE MOON (Dorothy Parker / Ralph Rainger)
New York, 2/julho/1935
Jonah Jones (tp), Benny Goodman (cl), Ben Webster (st), Teddy Wilson (pi), Allen Reuss (gt), John Kirby (bx), Cozy Cole (bat) e Billie Holiday (vcl)
PENNIES FROM HEAVEN (Arthur Johnston / Johnny Burke)
New York, 19/novembro/1936
Henry "Red" Allen (tp), Cecil Scott (sa), Prince Robinson (st), Teddy Wilson (pi), Jimmy McLin (gt), John Kirby (bx) Cozy Cole (bat) e Billie Holiday (vcl)
YOU SHOWED ME THE WAY (Bud Green / Chick Webb / Ella Fitzgerald / Teddy McRae)
New York, 18/fevereiro/1937
Billie Holiday (vcl, ldr), Buck Clayton (tp), Edmond Hall (cl), Lester Young (st), James Sherman (pi), Freddie Green (gt), Walter Page (bx) e Jo Jones (bat)
A SAILBOAT IN THE MOONLIGHT
(Carmen Lombardo / John Jacob Loeb)
New York, 15/junho/1937
Billie Holiday (vcl, ldr), Buck Clayton (tp), Benny Morton (tb), Lester Young (st), Teddy Wilson (pi), Freddie Green (gt), Walter Page (bx) Jo Jones (bat)
WHEN A WOMAN LOVES A MAN (Bernie Hanighen / Gordon Jenkins / Johnny Mercer)
New York, 27/janeiro/1938
Hot Lips Page (tp) Tab Smith (sa,ss) Kenneth Hollon, Stanley Payne (st) Kenny Kersey (pi) Jimmy McLin (gt) Johnny Williams (bx) Eddie Dougherty (bat) e Billie Holiday (vcl)
LONG GONE BLUES
(Billie Holiday)
New York, 21/março/1939
Billie Holiday (vcl, ldr), Roy Eldridge (tp) Jimmy Powell, Carl Frye (sa) Kermit Scott (tt) Sonny White (pi) Lawrence "Larry" Lucie (gt), Johnny Williams (bx) e Harold "Doc" West (bat)
FALLING IN LOVE AGAIN (Friedrich Holländer / Reginald Connelly)
New York, 29/fevereiro/ 1940
Billie Holiday (vcl, ldr), Roy Eldridge (tp), Jimmy Powell, Lester Boone (sa), Ernie Powell (st), Eddie Heywood, Sr. (pi), Paul Chapman (gt), Grachan Moncur (bx) e Herbert Cowans (bat)
GOD BLESS THE CHILD
(Billie Holiday)
New York, 9/maio/1941
ELLIS MARSALIS
Ellis Marsalis Jr.(pi), Derek Douget (st), Jason Stewart (bx), e Darrian Douglas (bat).
TWELVE'S IT (Ellis Marsalis)
New Orleans Jazz & Heritage Festival em 2012
MONGO SANTAMARIA
Mongo Santamaria (congas / ldr), E.J. Allen (tp), Sam Furnace (sa), Tony Hinson (st), Bob Quaranta, (pi), Eddie Resto (bx), Bobby Sanabria (bat), Sal Santamaria (perc)
AFRO BLUE (Mongo Santamaria)
New York, 1984
MONTY ALEXANDER
Monty Alexander (pi), Ray Brown (bx) e Herb Ellis (gt)
I WANT TO BE HAPPY
(Irving Caesar / Vincent Youmans)
Jazzland, Viena, em 1988
ART TAYLOR
Zoot Sims (st), Walter Davis (pi), Doug Watkins (bx), e Art Taylor (bat)
I'LL REMEMBER APRIL
(Gene DePaul / Patricia Johnston / Don Raye)
Cannes Festival de Jazz em 1958
B G
SONNY STITT e GENE AMMONS (st), John Houston (pi), Buster Williams (bx) e  Brown (bat)
THE ONE BEFORE THIS
(Gene Ammons)
Chicago, 27/agosto/1961