Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS - Parte IX

06 abril 2014

TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS

I – BATERISTA – “UM MÚSICO”

Pareceu sempre ao leigo, que o baterista era um instrumentista de “segunda classe”. Que, tão somente, a bateria era um acompanhamento rítmico e, que seu executante não necessitava de grande conhecimento musical, bastando “um bom ouvido musical”, considerando que quem sola a melodia são as cordas, sopros e o piano, cujos executantes necessitam estudo teórico musical e prática instrumental.

Ledo engano. E, essa “conceituação errônea” fez com que o baterista – durante bom tempo de sua evolução – fosse “o mais mal pago” dos integrantes de um conjunto musical, pois  que necessitava sempre de um solista da melodia, “para tocar o baile”.

O leigo, por força dessa conceituação, não imagina que o baterista necessita de “estudo de percussão”. Que deve ter conhecimento de notação musical. Que, quase sempre para ter atuação junto aos demais músicos de boa formação, necessita ter conhecimento de como a percussão funciona no conjunto, por força da composição e arranjo. Que, assim como os tímpanos de orquestra sinfônica, a bateria de jazz sofre afinação musical própria de cada tambor e homogeneidade de tonalidade dos pratos. Que os tambores emitam notas percutidas com altura e tonalidade definidas para com os demais instrumentos do grupo. Que o baterista necessita, muitas vezes, fazer um estudo mais amplo através de outros percutidos, como o piano e/ou vibrafone .

Um exemplo, na música de jazz, é o de Larry Bunker
que aparece em gravações como baterista, vibrafonista ou pianista com excelentes desempenhos. Outros, também notáveis, foram Vick Feldman, Chubby Jackson e Lionel Hampton. No Brasil, o conhecido baterista Chico Batera, em algumas de suas apresentações, toca vibrafone ou marimba além da sua habitual bateria.
 
II – O BATERISTA – PAUTA MUSICAL

 Como dissemos, o baterista normalmente possui leitura musical, conhecimento de teoria e solfejo e notação de pauta para execução, como os executantes dos demais outros instrumentos, além de estudo da própria técnica instrumental.

Assim, na sua pauta, ficam configurados os chamados acidentes, como ataques, pausas e, ação de atuação de cada peça da bateria como instrumento, como é feito para os demais instrumentos musicais, pelo arranjador e/ou instrumentistas. Não é tão simples, como parece ao leigo que o julga, muitas vezes, como mero acompanhante.

A título de exemplo, damos uma pequena e parcial ilustração, feita pela baterista Vera Figueiredo em publicação de revista, de notação de aprendizado aplicada a ritmos latinos.



 

 

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezado NELSON:
E o trabalho vai sendo enriquecido e aprofundado.
Vamos colecionando . . . .

APOSTOLOJAZZ