Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS - Parte VI

17 março 2014

TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS
APRENDIZAGEM E O REVÉS DO BATERISTA

1 – APRENDIZAGEM

Este é um assunto de difícil abordagem, visto que as condições de início e aprendizado no instrumento envolve não só pendor, persistência, finanças e....treinamento constante, que são não só diferentes aspectos, mas que dizem da individualidade inerente a cada um.
O aprendiz e o profissional necessitam exercitar-se no instrumento, independentemente das aulas recebidas ou ministradas, quer sejam elas em caráter particular ou em Conservatórios Musicais.
O vizinho de moradia de qualquer instrumentista, costuma suportar com mais benevolência – normalmente – instrumentos de cordas, sopros ou piano. Mas, bateria, é sempre “tolerada” (quando muito) pela vizinhança. A maioria, acha que “faz barulho e incomoda”. Eles costumam ser um pouco mais aquiescentes com as “escalas infindas” de sopros e cordas, do que com “rulos” (ou, “rufos”) e os “paradidles” de bateria.
Há que se criarem condições – coisa nem sempre fácil – em uma garagem vazia de residência domiciliar, ou um cômodo afastado do corpo do imóvel e, providenciar um acolchoamento com isolamento acústico (pequeno “studio”) para criar um local onde possa montar o instrumento completo para exercícios. 









Hoje, há possibilidade de obtenção de um “instrumento-treino de borracha” para esses exercícios. Todavia, o instrumentista de bateria pode desenvolver ou implementar certas técnicas, mas a sonoridade que se pretenda obter para o educação do ouvido é obliterada. O instrumentista “no treino na borracha” não se atém à sensibilidade sonora do efeito percutido que tenta produzir, ou que irá produzir no instrumento, mas somente a técnica de desenvolvimento do que se pretenda obter. Um prato, ao ser percutido, tem uma sonoridade sua específica na campânula, outra no meio da área da circunferência e uma outra na borda. Dependendo ainda, de com que intensidade e com que auxiliar de percussão (baqueta, maceta ou vassoura) estará sendo utilizado. Isto, somente pode ser ouvindo diretamente, no instrumento, para se obter o efeito e a sonoridade esperada.

2- REVESES COMUNS NA ARTE DA BATERIA

Oportunamente, lembramos o que de certa feita disse o grande baterista, Max Roach, numa entrevista:
— “O meu tambor-baixo (“bass drum”) sempre me causa algum transtorno. Em casa, mesmo usado no porão (“underground”), ou transportando-o de metrô (“subway”) ele me cria maus vizinhos”
A maioria dos “jazzófilos”, sabe que o grande trompetista, Roy Eldridge, foi baterista antes de famoso em seu sopro. Já tivemos inúmeras oportunidades de ver, em vídeos, sua atuação como baterista, na França e nos Estados Unidos.
Ele não resistiu “ ao condicionamento” que o instrumento lhe impunha como baterista, naquela ocasião. De certa feita, perguntaram-lhe porque havia trocado de instrumento, da bateria para o trompete. Disse ele:
— “Meu amigo, eu era sempre o primeiro a chegar e o último a sair. Quando o flautista, o trompetista e outros sopros já haviam saído do “nightclub” com suas namoradas, eu ainda estava desmontando o instrumento para ir embora. Quando estava pronto, todos já se tinham ido e eu só, sem namorada”.
 Outro aspecto importante é que bons instrumentos e bons professores, em qualquer modalidade de instrumento de orquestra, são – naturalmente – muito caros.
Imagine-se pagando por um bom “kit de pratos”, miseravelmente, entre 4 e 5 mil dólares americanos e, um Mestre que “não possa dispensar-lhe um horário agora na agenda, somente daqui a seis meses”. Às vezes, um clarinetista espera até quase dois ou três anos para poder ter aulas com determinado Mestre na Europa ou Estados Unidos.
Recorrem-se aos Conservatórios Musicais e a renomados professores do instrumento, no exterior, para aperfeiçoamento técnico.
Agora, como se diz no idioma inglês:


“NEVER SAY DIE MY FRIEND, AND KEEP YOUR CHIN UP”    

Um comentário:

Anônimo disse...

Maravilha NELSON;
Segue esta preciosa série, cada vez mais invadindo o mundo das baterias.
Que venha mais...............

APOSTOLOJAZZ