NOMENCLATURAS E O ACONDICIONAMENTO DO INSTRUMENTAL
1 – NOMENCLATURAS
A bateria, como hoje a
conhecemos, cuja descrição de constituição mínima já aqui abordamos
anteriormente, foi concebida nos Estados Unidos da América do Norte, para
aplicabilidade na sua música popular moderna, em entretenimento em clubes
noturnos, por executantes de pequenos conjuntos musicais ou orquestras de
danças de salão ou casas de jazz. Portanto, os nossos leitores deverão
nos perdoar se muitos dos vocábulos aqui, doravante, venham a ser aplicados sem
que haja uma correspondência muito fiel em português, visto a criação dos
mesmos ter sido feita, originalmente, no idioma inglês.
Tentamos fazer à seguir, um
vocabulário mínimo, o qual, de certa forma, já é bastante conhecido dos
aprendizes, interessados e usuários do instrumento. Assim temos:
PORTUGUÊS
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INGLÊS
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Bumbo ou Tambor Baixo
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Bass drum
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Surdos ou Tantãs
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Toms / Tontoms
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Caixa de Swing ou simplesmente,
Caixa
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Snare drum
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Pratos (genericamente)
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Cymbals
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Pratos de contratempo
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High hats (*)
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Prato de Condução
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Top cymbal / Ride
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Prato de corte
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Hatch
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HI-HAT |
(*) Como esses
pratos são sempre em número de dois, dispostos na máquina de maneira de face
côncava oposta um ao outro, sendo um sem fixação na aste e outro preso superiormente
na haste acionada pelo pedal, de forma a se chocarem quando acionados, o
inferior é “o base” e o superior “o batedor”, que, todavia são mais conhecidos
como em inglês, ou seja, “bottom” (base) e “top hat” (o chapéu ou batedor),
respectivamente.
Existem pratos
outros, de “efeitos especiais”, cuja nomenclatura em inglês não apresenta
correspondência em português e, são pronunciados como em inglês e escritos também
como tal. É o caso do “China” e o “Swich”, por exemplo.
Máquina de
Contratempo
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High-Hats Machine
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Pedal de Bumbo
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Bass Drum Pedal
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Estante de Prato
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Cymbal Stand
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Baqueta de madeira
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Wooden Stick (**)
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Maceta de Feltro
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Felt Stick (**)
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Escova de baterista
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Wire Brush (**)
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Baqueta múltipla
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Wack Stick (**)
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WIRE BRUSH |
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BAQUETAS (STICKS) |
(**) São instrumentos para percutir os pratos e
tambores utilizados pelo baterista, sendo assim, “auxiliares de percussão”
Nota:
Em alguns Manuais ou Métodos do instrumento, poderemos encontrar nomenclaturas
mais específicas como, por exemplo: O “contratempo” também é nomeado como
“Charleston” e o Surdo de tripé como Surdo de chão, como uma tradução da
nomenclatura inglesa, que o denomina de “Floor ton” e, o surdo agudo que é
colocado acima do Bumbo por um “clip” de fixação pode ser também conhecido por
“Colgate”
2 – ACONDICIONAMENTO DE TAMBORES, PRATOS E
PEÇAS
A guarda,
proteção e acondicionamento do instrumento, quando fora de uso ou em
transporte, é individualizada em “containers” chamados “cases”. Assim, temos
“cases” individuais para cada tamanho de tambor, para os pratos e, outro para
as “ferragens”. Podem ser constituídos de simples capas protetoras em forma de
grandes bolsas em formatos adequados (“soft cases”) ou por material rígido
também moldado de acordo com formatos (“hard cases”). A maioria dos
profissionais do instrumento prefere os “hard cases”, considerando maior
proteção para o instrumento, porém tornam-se mais pesados para transporte.
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CASES |
Seriam o que
corresponde aos “estojos” dos instrumentos de sopro e/ ou de cordas.
No caso de um
contra-baixo acústico, ou uma harpa, por exemplo, teriam “cases” especiais e
específicos também, para o uso em transporte.
Os bateristas,
quando já bem situados profissionalmente, utilizam de um elemento humano
auxiliar, para ajuda no manuseio, arrumação de montagem/desmontagem de palco e,
de transporte. Trata-se, normalmente, de um conhecedor do instrumento e das
sutilezas de arrumação de disposições do instrumento do baterista que irá
utiliza-lo. Normalmente, costuma ser um de seus alunos mais avançado e dedicado,
com vista a profissionalizar-se no instrumento, ou mesmo contratado,
encarregado por zelar pelo instrumento, acondicionando-o nos respectivos
“cases”, despachando em transporte, montando e desmontando antes e após a
apresentação ou utilização, em palco ou estúdio.
Esse auxiliar
tem um nome de função derivado do vocábulo road, que em inglês significa
“estrada”. Chama-se a esse auxiliar de roady (“estradeiro”).
Assim, quando
o baterista “sai na estrada” leva o seu “roady”, para ajuda-lo e, até com
possibilidade de substitui-lo numa emergência, quando não há possibilidade de
contratação imediata de outro profissional visto que, sendo também um
baterista, e sendo seu aluno, poderá já conhecer os demais músicos do grupo, os
temas, os arranjos, etc...Podendo “fazer a vez” do titular, ou reveza-lo por um
caso fortuito de emergência qualquer (acidente, mal estar súbito, etc..), pois
“o show deve continuar” (“the show must go on”)
7 comentários:
Grande NELSON:
Cada vez melhor e seguimos colecionando.
Grato pela série.....
APOSTOLOJAZZ
É importante notar que o "prato de corte" (adaptação de nomenclatura) foi, no início, sempre o "top" do contratempo e que passou a chamar-se de "hatch". Com a utilização de um prato específico para tal finalidade, os bateristas passaram a utilizar-se de um prato de estante, denominado "crash", para não confundir ou atrapalhar a mecanização da ação sonora do andamento, na marcação de contratempo.
"Nels"
ótimos artigos Nelson, mas ía mesmo falar do prato crash que não vi, mas está muito legal. PARABENS
Carlos Lima
Estimado NELSON:
E precisa comentar ? ? ? .. . . .
Muito bom, mesmo.
APOSTOLOJAZZ
Mestre Nels, o amigo por acaso foi ou ainda é, baterista? Ou esse belo trabalho seria "acadêmico", por diversão apenas?
Tá como já dissera, muito bom.
MauNah
Caro Confrade Carlos Lima,
Os pratos hoje são de diversos tamanhos, formatos e finalidades.Assim sendo, vc. poderá encontrar diversas formações de "kits". Poderá observar um baterista utilizando um prato de condução, onde são adaptados rebites metálicos especiais, em furações pequenas feitas na sua superfície. São conhecidos como "chuveiro"(em ingles, "sizzle"). Antigamente, para não furar o prato, adaptava-se uma cadeia de corrente de pequenas esferas ocas pendurada na haste do prato sobre sua area de superfície. Salvo melhor juizo, a empresa "Vic Firth", tradicional fabricante de baquetas, ainda produzia esse acessório até há algum tempo atrás. O "splash", também um outro pequeno prato de 5,8 ou 10 polegadas de diametro, também aparece em uso por bateristas que tocam jazz da "Era Swing" ou do estilo "New Orleans" . Tudo varia com o estilo e interpretação pessoal do instrumentista.
Meu Presidente Mauro,
Ao final da série dos artigos, farei uma pauta de agradecimentos e vc. irá poder avaliar onde me situei como um diletante do instrumento.
Abçs. a todos.
"Nels"
Na grafia, leiam "roadie" e não roady.
Desculpem nossa falha.
Obrigado.
"Nels"
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