Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS – PARTE V

09 março 2014

TRABALHO DE PESQUISA DE NOSSO EDITOR NELSON REIS

NOMENCLATURAS E O ACONDICIONAMENTO DO INSTRUMENTAL

1 – NOMENCLATURAS

A bateria, como hoje a conhecemos, cuja descrição de constituição mínima já aqui abordamos anteriormente, foi concebida nos Estados Unidos da América do Norte, para aplicabilidade na sua música popular moderna, em entretenimento em clubes noturnos, por executantes de pequenos conjuntos musicais ou orquestras de danças de salão ou casas de jazz. Portanto, os nossos leitores deverão nos perdoar se muitos dos vocábulos aqui, doravante, venham a ser aplicados sem que haja uma correspondência muito fiel em português, visto a criação dos mesmos ter sido feita, originalmente, no idioma inglês.
Tentamos fazer à seguir, um vocabulário mínimo, o qual, de certa forma, já é bastante conhecido dos aprendizes, interessados e usuários do instrumento. Assim temos:

PORTUGUÊS
INGLÊS
Bumbo ou Tambor Baixo
Bass drum
Surdos ou Tantãs
Toms / Tontoms
Caixa de Swing ou simplesmente, Caixa
Snare drum
Pratos (genericamente)
Cymbals
Pratos de contratempo
High hats (*)
Prato de Condução
Top cymbal / Ride
Prato de corte
Hatch

HI-HAT
(*) Como esses pratos são sempre em número de dois, dispostos na máquina de maneira de face côncava oposta um ao outro, sendo um sem fixação na aste e outro preso superiormente na haste acionada pelo pedal, de forma a se chocarem quando acionados, o inferior é “o base” e o superior “o batedor”, que, todavia são mais conhecidos como em inglês, ou seja, “bottom” (base) e “top hat” (o chapéu ou batedor), respectivamente.
Existem pratos outros, de “efeitos especiais”, cuja nomenclatura em inglês não apresenta correspondência em português e, são pronunciados como em inglês e escritos também como tal. É o caso do “China” e o “Swich”, por exemplo.

Máquina de Contratempo
High-Hats Machine
Pedal de Bumbo
Bass Drum Pedal
Estante de Prato
Cymbal Stand
Baqueta de madeira
Wooden Stick (**)
Maceta de Feltro
Felt Stick  (**)
Escova de baterista
Wire Brush  (**)
Baqueta múltipla
Wack Stick  (**)


WIRE BRUSH
BAQUETAS (STICKS)
 (**)  São instrumentos para percutir os pratos e tambores utilizados pelo baterista, sendo assim, “auxiliares de percussão”
Nota: Em alguns Manuais ou Métodos do instrumento, poderemos encontrar nomenclaturas mais específicas como, por exemplo: O “contratempo” também é nomeado como “Charleston” e o Surdo de tripé como Surdo de chão, como uma tradução da nomenclatura inglesa, que o denomina de “Floor ton” e, o surdo agudo que é colocado acima do Bumbo por um “clip” de fixação pode ser também conhecido por “Colgate” 

2 – ACONDICIONAMENTO DE TAMBORES, PRATOS E PEÇAS

A guarda, proteção e acondicionamento do instrumento, quando fora de uso ou em transporte, é individualizada em “containers” chamados “cases”. Assim, temos “cases” individuais para cada tamanho de tambor, para os pratos e, outro para as “ferragens”. Podem ser constituídos de simples capas protetoras em forma de grandes bolsas em formatos adequados (“soft cases”) ou por material rígido também moldado de acordo com formatos (“hard cases”). A maioria dos profissionais do instrumento prefere os “hard cases”, considerando maior proteção para o instrumento, porém tornam-se mais pesados para transporte.
CASES

Seriam o que corresponde aos “estojos” dos instrumentos de sopro e/ ou de cordas.
No caso de um contra-baixo acústico, ou uma harpa, por exemplo, teriam “cases” especiais e específicos também, para o uso em transporte.
Os bateristas, quando já bem situados profissionalmente, utilizam de um elemento humano auxiliar, para ajuda no manuseio, arrumação de montagem/desmontagem de palco e, de transporte. Trata-se, normalmente, de um conhecedor do instrumento e das sutilezas de arrumação de disposições do instrumento do baterista que irá utiliza-lo. Normalmente, costuma ser um de seus alunos mais avançado e dedicado, com vista a profissionalizar-se no instrumento, ou mesmo contratado, encarregado por zelar pelo instrumento, acondicionando-o nos respectivos “cases”, despachando em transporte, montando e desmontando antes e após a apresentação ou utilização, em palco ou estúdio.
Esse auxiliar tem um nome de função derivado do vocábulo road, que em inglês significa “estrada”. Chama-se a esse auxiliar de roady (“estradeiro”).

Assim, quando o baterista “sai na estrada” leva o seu “roady”, para ajuda-lo e, até com possibilidade de substitui-lo numa emergência, quando não há possibilidade de contratação imediata de outro profissional visto que, sendo também um baterista, e sendo seu aluno, poderá já conhecer os demais músicos do grupo, os temas, os arranjos, etc...Podendo “fazer a vez” do titular, ou reveza-lo por um caso fortuito de emergência qualquer (acidente, mal estar súbito, etc..), pois “o show deve continuar” (“the show must go on”) 

7 comentários:

Anônimo disse...

Grande NELSON:
Cada vez melhor e seguimos colecionando.
Grato pela série.....

APOSTOLOJAZZ

Nelson disse...

É importante notar que o "prato de corte" (adaptação de nomenclatura) foi, no início, sempre o "top" do contratempo e que passou a chamar-se de "hatch". Com a utilização de um prato específico para tal finalidade, os bateristas passaram a utilizar-se de um prato de estante, denominado "crash", para não confundir ou atrapalhar a mecanização da ação sonora do andamento, na marcação de contratempo.
"Nels"

Anônimo disse...

ótimos artigos Nelson, mas ía mesmo falar do prato crash que não vi, mas está muito legal. PARABENS
Carlos Lima

Anônimo disse...

Estimado NELSON:
E precisa comentar ? ? ? .. . . .
Muito bom, mesmo.

APOSTOLOJAZZ

Anônimo disse...

Mestre Nels, o amigo por acaso foi ou ainda é, baterista? Ou esse belo trabalho seria "acadêmico", por diversão apenas?
Tá como já dissera, muito bom.
MauNah

Nelson disse...

Caro Confrade Carlos Lima,

Os pratos hoje são de diversos tamanhos, formatos e finalidades.Assim sendo, vc. poderá encontrar diversas formações de "kits". Poderá observar um baterista utilizando um prato de condução, onde são adaptados rebites metálicos especiais, em furações pequenas feitas na sua superfície. São conhecidos como "chuveiro"(em ingles, "sizzle"). Antigamente, para não furar o prato, adaptava-se uma cadeia de corrente de pequenas esferas ocas pendurada na haste do prato sobre sua area de superfície. Salvo melhor juizo, a empresa "Vic Firth", tradicional fabricante de baquetas, ainda produzia esse acessório até há algum tempo atrás. O "splash", também um outro pequeno prato de 5,8 ou 10 polegadas de diametro, também aparece em uso por bateristas que tocam jazz da "Era Swing" ou do estilo "New Orleans" . Tudo varia com o estilo e interpretação pessoal do instrumentista.

Meu Presidente Mauro,

Ao final da série dos artigos, farei uma pauta de agradecimentos e vc. irá poder avaliar onde me situei como um diletante do instrumento.
Abçs. a todos.

"Nels"


Nelson disse...

Na grafia, leiam "roadie" e não roady.
Desculpem nossa falha.
Obrigado.

"Nels"