Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS –Parte II

17 fevereiro 2014

 PESQUISA DO EDITOR NELSON REIS

1 – O TAMBOR ISOLADO E OS “KITS” INSTRUMENTAIS DE PERCUSSÃO

Como já dissemos anteriormente, o tambor surgiu e continuou sendo usado através dos tempos de maneira isolada, originário predominantemente na África e na Ásia, sob uma forma primitiva do que conhecemos hoje como um “atabaque”, vindo a seguir modificações de menores portes  e/ou formatos: tambourines (donde herdamos a palavra tamborim), congas e os tímpanos de orquestra, por exemplo, cumprindo “o tambor” sua missão de levar acompanhamento  ao mundo musical , executado, cada um, por um único músico.

Quando os tambores saíram do meio da rua e vieram a serem utilizados num ambiente confinado sob teto, restritos ao recinto de uma sala, juntos com os demais instrumentos, surgiu a idéia de uma síntese instrumental de percussão. Não só como economicidade de espaço como de dinheiro para remuneração do executante, surge, assim, a figura do músico conhecido como baterista ” de pequeno grupo ou grande orquestra de música popular, mantendo-se, todavia, na orquestra de musica clássica erudita, os diversos executantes de percussão individualizados, onde resplandece a figura do “timpanista”.
COWBELL

Juntou-se ao redor do “baterista ” diversos tambores com formato e tamanhos diferentes e afinações correspondentes, bem como alguns petrechos de efeitos, como: sinos, gongos, “cow bells” ,etc..., conforme a conveniência de cada instrumentista.
Passou o baterista  a levar consigo “um kit” do seu instrumento, onde a quantidade de peças ficava a cargo do executante, assim como sua disposição e local para a apresentação. Surge assim, a seção de percussão com dois ou três instrumentistas, onde o baterista , pode juntar-se a outros percussionistas ou ritmistas na orquestra. Fica, portanto o baterista  separado das tumbadoras, congas, triângulo, chocalhos, etc...Todavia, situações ocorrem em que o baterista  detenha um conhecimento técnico de toda a área de percussão e execute, em revesamento, toda gama de instrumentos a serem utilizados. Um caso típico é o do grande baterista  Ayrto Moreira, um grande músico instrumentista no gênero, que atua em toda a área da percussão com toda a propriedade e extensão, ocupando intercaladamente as diversas funções de maneira isolada, ou intercambiando com outro executante, no espaço da percussão.

2 – O ESSENCIAL  DO INSTRUMENTO COMO BATERIA DE PALCO



Geralmente aplicados à música de jazz, um grupo de tambores aparece à cargo do baterista  em sua forma mínima. São, um “tambor baixo ou bumbo” acionado por um pedal mecânico sendo percutido por uma maceta de feltro específica para esta finalidade. Um “tambor surdo”, normalmente apoiado por um tripé com astes metálicas adaptadas na lateral externa da superfície do instrumento. Um surdo mais agudo disposto numa lateral superior do “casco”(nome que geralmente se designa a parede externa da acústica de um tambor) do bumbo e uma “caixa” apoiada em um tripé de haste única com característica de apoio especial. Este conjunto de tambores fica disposto de forma a oferecer a superfície de percussão ao baterista, o qual fica sentado defronte a ele em um banco ou trono pequeno, com regulagem de altura. Assim, o instrumentista poderá percutir os tambores com as mãos e baquetas ou macetas de feltro, à exceção do bumbo que, como já dissemos, é acionado por um pedal. Este é um “kit” mínimo de tambores geralmente utilizado, que poderá ser ampliado em número de tambores, conforme sua utilidade pelo baterista
.
Agregado à disponibilidade dos tambores, acha-se disposto o “kit de pratos” que sobressaem acima dos tambores e que também, minimamente, apresenta-se da seguinte maneira para atingir as finalidades de trabalho proposta ao baterista de música de jazz.

·         Um par de pratos acionados em conjunto, por um pedal associado a um mecanismo de haste móvel, conhecido como “máquina de contratempo”. Este mecanismo mantém solto, por apoio, um dos pratos e fixa o outro em uma aste acionada por um pedal, colocado na base de um tubo condutor por onde ela passa em posição vertical. Estes pratos, podem variar de medidas de tamanhos de circunferência, sendo geralmente utilizados ambos do mesmo tamanho ou com pequena diferença um do outro, muito particularmente.
·         Um prato maior em um tripé com haste metálica de apoio na extremidade superior onde ele é colocado.
·         Outro prato de medida intermediária, apoiado na ponta de uma haste que, geralmente fica com a outra extremidade apoiada em cima da outra lateral do bumbo, mediante parafuso de fixação junto a seu casco.


NOTA: Mais adiante iremos fazer referencia às nomenclaturas específicas e tamanhos desses tambores e pratos dispostos nos “kits”  

3 comentários:

Anônimo disse...

Segue a série de nosso amigo NELSON, abrindo-nos o universo da percussão.
Seguiremos acompanhando e agradecendo.

APOSTOLOJAZZ

Nelson disse...

Obrigado irmão Pedro,

Pela atenção e estímulo.

Abçs.
"Nels"

Edison Waetge Jr disse...

E já estamos ansiosos pela continuação... bom trabalho!