Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

BATERIAS & BATERISTAS – parte I

10 fevereiro 2014

Este é um trabalho de pesquisa do nosso editor Nelson Reis



1 – O SURGIMENTO


Para que possamos traçar um perfil da bateria como um instrumento musical de percussão, devemos, ao longo da história, nos ater à evolução da espécie humana, do instinto e do sentido da audição na qualidade de  ser humano.

O homem primitivo, descobriu em cada aspecto da natureza, um som próprio. Assim, os animais, as folhas à chuva, o vento, trovões e explosões, criaram identificações características na audição humana e, sobretudo, o do bater próprio feito pelos seus instrumentos de uso como martelos, machados e outros. Na sua evolução, criou-se destarte um som primitivo de um tronco oco de árvore e, o homem descobriu  que percutindo-o com varas ou gravetos menores, emitia um som em cada  parte da superfície em que batia.

Posteriormente, descobriu ele que seccionando aquele tronco e cobrindo uma de suas extremidades com a pele ressecada de um quadrúpede morto, obtia assim uma “caixa de ressonância”, que veio a tomar um nome genérico característico, de TAMBOR.

Surgia assim um instrumento acústico primitivo, denominado tambor acústico e que viria a tornar-se um instrumento sonoro. Esse tambor, passou a ser percutido pelo homem com as mãos sobre a pele sobreposta, ou mesmo por pedaços de paus roliços como prolongamento de seus braços. Esses objetos percutidores, batidos sobre a pele do instrumento, foram os embriões do que hoje se conhece como baquetas ou macetas de percussão.

Utilizado nas celebrações comunitárias ou como instrumento primitivo de comunicação repetidora de avisos, o tambor passou a integrar a vida do ser humano através de épocas - da primitividade aos nossos dias.
 
2 – INSTRUMENTO MUSICAL PERCUTIDO
 
Como de certa feita disse o célebre baterista Art Blakey: -- “Se em um local plano você dispuser uma série de instrumentos musicais diversos, e ali soltar uma criança, poderá ter a quase que certeza de que ela irá descobrir, em primeiro lugar, o som de um tambor” .

O tambor, ao ser percutido com as mãos ou com um auxiliar de percussão (baquetas), emite um som hipnótico e imediato, criando no sentido auditivo do ser humano, o chamado à atenção, o curioso despertar da vibração ambiental pelo som produzido.

Com a evolução no estudo do som, os tambores foram sendo elaborados em diversos tamanhos e formas, para atenderem à expressão do ser humano sob forma de música, melodia, harmonia e ritmo.

A curiosidade e engenhosidade do ser humano, através dos tempos, criou outros instrumentos musicais à base de percussão. Assim, mecanismos produziram escalas sonoras conjugadas em um só instrumento mecânico e, além dos diversos tipos de tambores, surgiram instrumentos sofisticados como os pianos, marimbas, vibrafones, sinos, gongos, campainhas e, até curiosamente o banjo.
 
3 – CONJUNTOS DE PERCUSSÃO

Ao formarem um conjunto de músicos percussionistas, ficaram eles encarregados da fixação ou manutenção da cadência do ritmo, do andamento e da acentuação musical do grupo. Assim, fixou-se “uma banda” dos instrumentos. Ou seja, aqueles que se destacavam por uma sonoridade mais audível, mais forte, mais rítmica e de maior atenção chamativa no conjunto. De acordo com a altura de sonoridade e afinação de seu instrumento de percussão eles eram executados por músicos individuais.

Reparem, detalhadamente, numa ala de bateria de Escola de Samba. Cada percussionista/instrumentista (em suas diversas modalidades) seja o bumbo, tambor surdo, caixa, pratos, reco-reco, triângulo, frigideira, pandeiro, etc.., é um único executante por instrumento, sobre controle do Mestre que os conduz. Pode ser observada a homogeneidade, melodia, frases, na diversificação dos instrumento, dentro de um contexto visando o acompanhamento do tema musical cantado ou tocado por outros instrumentos componentes do grupo.

 
 
4 – A BANDA DE JAZZ PRIMITIVA   

Ao observar um desfile musical, seja ele militar, escola de samba, de acompanhamento religioso festivo ou fúnebre, um instrumento se destaca na sua modalidade: o tambor.

Seja ele de natureza de afinação grave ou aguda, ali está a marcação rítmica do desfile.

A banda musical de jazz primitiva, em New Orleans, tinha uma característica de percussão onde haveria um “bumbista”, um “caixista”, um “pratista” sustentando a parte rítmica do desfile ou procissão. Indivíduos únicos para cada instrumento de percussão.








2 comentários:

Nelson disse...

0nde se lê: ...."sobre controle de um Mestre" ,leia-se... "sob controle de um Mestre"
Obrigado e desculpem n/falha
Sdçs.
"Nels"

Anônimo disse...

Prezado NELSOM:
"Falha" ? ? ?
Magnífica introdução e aguardamos a sequência, que nos levará ao panorama fascinante dos bateristas, tão apreciados pelos cultores do JAZZ.
Belo trabalho.

APOSTOLOJAZZ