Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

RON CARTER NO RIO

08 agosto 2012

Pois é, Ron Carter toca com Renee Rosnes no Imperator, na Dias da Cruz no Meier, Rio de Janeiro, hoje dia 8/8/2012.
Certamente vai ser algo imperdivel, mas poderia ser um pouco mais perto, ou mesmo disponibilizarem Vans com saídas da zona sul, onde se concentra um número maior de apreciadores.
Nessas condições fica difícil imaginar como chegar, estacionar e enfrentar a volta pelas ruas escuras e perigosas do trajeto.
Uma pena, espero que nas redondezas tenha um bom número de apreciadores para que os músicos que vieram de tão longe tenham uma boa impressão dos amantes de jazz do Rio.

7 comentários:

Anônimo disse...

Prezado Mario,

Seu parágrafo "Nessas condições fica difícil imaginar como chegar, estacionar e enfrentar a volta pelas ruas escuras e perigosas do trajeto" diz tudo.
Quem seria louco para sair à noite no Rio, quando mais acontecem assaltos e roubos com mortes, tiroteios, arrastões e outras peculiaridades deste infeliz país?
Nem o mais louco dos amantes de jazz arriscarrá sua vida para ouvir jazz no Rio ainda mais à noite.
É lamentável, mas incontestável. E ainda farão Copa do Mundo e Olimpíadas....... Pobre Brasil e pobre povo brasileiro que ainda acredita em contos da Carochinha..
Já é tempo de criarem juizo, mas isso parece ser artigo de luxo na mentalidade dos capadócios que organizam tais eventos....
Vamos acabar com basófias e cair na realidade!

renajazz disse...

quero dizer que tinham um bando de loucos assim como eu que lotaram o teatro imperator nesta quarta feira teve gente que chegou em cima da hora para ver o ron carter e como estava lotado na terça para ver o scott hamilton na praça dos correios assim como com certeza neste domingo irão lotar o parque garota de ipanema para ver o espetaculo do bourbom stret festival..... em tempo na porta do imperato passam varias van oriunda da zona sul e para a zona norte.

Anônimo disse...

Engraçado notar que os "apreciadores de jazz" que se concentram aos borbotões na Zona Sul costumavam deixar às moscas os espetáculos realizados na Sala Baden Powell, como tive a oportunidade de testemunhar em algumas ocasiões.
Tem jazz na Lapa, na Penha, em Santa Teresa, no Méier, em todo o Rio de Janeiro - só não vai quem não quer. Também é muito curioso o anônimo dizer "Quem seria louco para sair à noite no Rio, quando mais acontecem assaltos e roubos com mortes, tiroteios, arrastões e outras peculiaridades deste infeliz país?"
Como é que esse sujeito vai para o trabalho? Ou ele não trabalha e vive de renda?
Aliás, será que ele mora em um quarto do pânico, isolado de tudo e de todos?
Esse discurso elitista e pernóstico só revela uma das facetas mais detestáveis de alguns ditos "apreciadores do jazz": o preconceito.
Se fazem concertos de jazz em casas fechadas, os "entendidos" reclamam (“a acústica é péssima” ou o “”o uísque é de péssima qualidade). Se fazem em espaços abertos e gratuitos, para levar o jazz ao povo, também reclamam (“o povo não sabe se comportar” ou “o povo aplaude no meio do solo de contrabaixo”).
No post anterior mesmo, um grande amante do jazz, que reclama da falta de educação do povo, se mostra indignado porque o festival “I LOVE JAZZ” "infelizmente trocou os teatros pelo ar livre". É uma verdadeira esquizofrenia, mas o certo mesmo é que poucos, muito poucos se dignam levantar de suas poltronas e ir até os shows, concertos, ensaios. Cansei de ver craques como Pascoal Meireles, Tomás Improta, Sérgio Barrozo, Dodô Ferreira e outros tocando para plateias vazias. Onde estão os apreciadores do jazz que abundam na Zona Sul?
O Renato é um dos poucos que sempre está nos eventos e até onde eu sei ele mora na Ilha do Governador, onde - e isso pode causar surpresa em alguns - existe muito jazz rolando.
Muitos dos ditos entendidos sequer sabem a diferença entre Charlie Parker e Peter Brötzman e só se intitulam "jazzófilos" porque isso dá (ou deu em outros tempos) algum status.
A vida pulsa na Mui Leal e Heróica Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, senhores. Basta sair as ruas e ver.
Quem acha o Méier, a Lapa, a Tijuca locais perigosos, repletos de bandidos, não conhece a Cidade Maravilhosa e jamais se deixou seduzir por seus encantos. Como já disse Vinícius, “São demais os perigos dessa vida” e é possível morrer-se num átimo, “de susto, de bala ou vício”. Não é por acaso que haja tanta gente que prefira ficar em casa, no aconchego do seu sofá, assistindo à novela da Globo...

Fernando disse...

Gostei mais do comentário do segundo anômino, apesar de concordar com os dois. Seria uma bela discussão para antes ou depois do show.

Em vez de trazer grandes eventos pra cá, devíamos é nos preocupar em resolver os nossos problemas - que são muitos - e sem dúvida a insegurança é o que mais pesa para quem quer sair para se divertir ou precisar ir trabalhar... mas também não podemos deixar de viver - e viver nossa paixão pelo jazz, que é nosso caso aqui - por causa dessas mazelas que conhecemos.

Mas afinal, e o show? Excelente hein? Renee Rosnes tem que voltar com seu próprio grupo (em duo com o Bill Charlap também seria imperdível). A bossa nova do biz que parecia Corcovado (Mr. Bow-Tie?) ainda não me saiu da cabeça.

Anônimo disse...

Puxa vida, que bela discussão, no sentido acadêmico da palavra. Uma pena que os comentaristas tenham preferido ficar no anonimato, pois posicionamentos dessa qualidade deveriam ter os "pais" visíveis para que a posteridade.
Sugiro que das próximas vezes e em prol da democracia plena - que de todo modo é 99% das vezes respeitada aqui no CJUB -, tenhamos a oportunidade de saber quem conosco colabora dessa maneira.
Obrigado, abraços a todos.
MauNah

Anônimo disse...

Se por preguiça não me desculpo e por falta de grana não me perdoaria, não ir a um show de Ron Carter pelos motivos expostos na postagem eu nem esperaria pela suposta violência dos subúrbios cariocas, eu mesmo já me enterraria vivo!

sergio sônico (o q não se assina pq o Blogger não deixa)

Andre Tandeta disse...

Anonimos ao luar.
Reclamar parece ser o esporte preferido dos cariocas . Vamos aproveitar o que temos e parar de chorar pelo que não temos.
è muito bom termos uma apresentação do Ron Carter no rio, seja em que bairro for. E temos muitas oportunidades perto de casa, na zona sul, é só querer ir.
Estamos ai.