Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

UM POUCO DE MANHATTAN NA NOITE CARIOCA DO SAVASSI FESTIVAL

29 julho 2012

O local, Miranda, situado na margem da Lagoa Rodrigo de Freitas, lembra um pouquinho, só um pouquinho, o cenário do Dizzy´s Club em New York, cujo palco, lá, tem como pano de fundo o Central Park; aqui, a nossa Lagoa.
E o palco da casa recebeu na noite carioca da edição do Savassi Festival os pianistas Shai Maestro e Kenny Werner e seus respectivos trios. Realmente uma noite magistral.

O israelense Shai Maestro abriu a noite acompanhado pelo peruano Jorge Roeder no contrabaixo e o também israelense Ziv Ravitz na bateria. Um trio espetacular, entrosadíssimo, formado em 2010 e todos residentes em New York, onde, realmente, tudo acontece. Como o próprio Shai Maestro afirma em seu site, "a conexão entre nós foi tão intensa que naturalmente nos tornamos um grupo, foi muito óbvio".
E foi o que comprovamos. Um início de apresentação com uma atmosfera um tanto erudita, com um tema ainda inédito, com Roeder explorando muito o uso do arco e as teclas de Shai evocando belas melodias. Mas o trio mostrou intensidade ao longo da apresentação e não tem como não destacar o baterista Ziv Ravitz, que foi um show à parte nas conduções mais intensas, e o contrabaixo de Roeder que sobrou nos improvisos, e ainda o lider do grupo que deu o recado com extrema maestria e apresentou dois belíssimos e intensos temas em homenagem aos avós, Brave Ones e The Flying Shepperd, esta que encerrou o show antes do bis e cuja melodia do tema deu um ar de Rick Wakeman no clássico Journey to the Centre of the Earth.
Um trio verdadeiramente contemporâneo, com a cara da cidade onde vivem.



A noite seguiu com o esperado trio de Kenny Werner, acompanhado por Johannes Weidenmueller no contrabaixo e Ari Hoenig na bateria. E foi Jazz para ninguém botar defeito. Um início de show um tanto experimental, mas que tomou uma forma espetacular com um Werner totalmente à vontade e tocando um absurdo. No repertório, além de composições autorais, citou os standards In Your Own Sweet Way (Brubeck), All Blues (Miles) e Poinciana (Simon, Bernier). Impecável também o baterista Ari Hoenig, a quem Werner deu muito espaço e é um músico fantástico e muito atuante na cena jazzística nova iorquina.
No momento mais intimista do show, o pianista afirmou que não podia estar no RJ e não tocar com a cantora Joyce, que estava presente na plateia. A verdade é que Joyce sabe das coisas, cantora extraordinária, e ela subiu ao palco para interpretar em duo com Werner, em total improviso, Essa Mulher (Joyce) e Corcovado (Jobim). O trio voltou ao palco e encerraram a noite com Bill Evans, Nardis.



fotos : PC

4 comentários:

jorge villas disse...

é verdade estive lá na sexta feira nada a + a dizer!! jorge villas

Anônimo disse...

Prezado Sr. Gustavo,

Excelente seu relato sobre a noite no Savassi Jazz, porém permita-me uma observação:

A famoso canção "Poinciana" não é de autoria de Ahmad Jamal, porém de Nat Simon e Buddy Bernier numa adptação do original inglês.

Quanto à versão de Ahmad Jamal foi um sucesso comercial fantástico que abriu-lhe as portas da fama para sempre na música americana e no jazz.

Por favor, não interprete este email como uma crítica, mas somente para dar a Cesar o que é de Cesar....."

Gustavo Cunha disse...

caro Sr. Anônimo,
correção feita e conhecimento nunca é crítica

sempre associei Poinciana a Jamal por isso acabei colocando o crédito a ele

grande abraço,

Anônimo disse...

anonimo Pedro Wahmann

definitiva e pra mim a mais bela da noite, a versão de With a song in my heart. Lindissima enquanto tempo balada,as vezes quase sussurrada e de repente num crescendo intenso e percussivo que pareceu-me que o piano ia voar..
inesquecivel, definitiva e nunca mais vamos ouvir algo parecido.
as cronicas do Gustavo estão otimas!