Aqui você vai encontrar as novidades sobre o panorama nacional e internacional do Jazz e da Bossa Nova, além de recomendações e críticas sobre o que anda acontecendo, escritas por um time de aficionados por esses estilos musicais. E você também ouve um notável programa de música de jazz e blues através dos PODCASTS.
Apreciando ou discordando, deixem-nos seus comentários.
NOSSO PATRONO: DICK FARNEY (Farnésio Dutra da Silva)
..: ESTE BLOG FOI CRIADO EM 10 DE MAIO DE 2002 :..
Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).
UM FELIZ 2012 PARA TODOS
31 dezembro 2011
Como nosso bem primordial eh a nossa saude, eh exatamente isso que desejo a todos em 2012! Que possamos nos esquivar das "malaises" contrapondo a elas uma vida dedicada ao bem para com nossos concidadaos, estimulada e lubrificada, sempre, pelo estilo musical que nos move e nos inspira a sermos ainda melhores, a arte maior do JAZZ.
Como bem escreveu nosso Mestre Apostolo, que em 2012 todos possamos desfrutar de "PAZ, JAZZ e (porque nao?)uns DOLAREZINHOS a mais!
FELIZ ANO NOVO!
EXCELENTE A REUNIÃO DA AND
30 dezembro 2011
Foi no dia 29 que voltei as atividades junto a AND, nossa confraria que em janeiro estará completando vinte e quatro anos de existência. Gostaria de agradecer mais uma vez aos queridos confrades, que sempre solidários mostravam sua satisfação com meu retorno. Lá estavam Luiz Carlos Nascimento Silva, Haniel Santos, Carlos Muller, Nilton Fantesia,Cezar de Vasconcellos, Gilson Magalhães, Maurício Einhorn, Dr. Aldo Salles, Arlilndo Coutinho, Renato Silva Pereira, Mariozinho de Oliveira, Estevão Herman e o nosso Sazz (Sazinho), representando o CJUB.
MORRE SAXOFONISTA SAM RIVERS
28 dezembro 2011
CLEM DE ROSA (* 1925 + 20-12-11)
26 dezembro 2011
Aos 18 anos , durante sua carreira militar ele integrou a famosa “Glenn Miller Air Corps Orchestra”. Quando deu baixa voltou a vida profissional e gravou com gente famosa como Marian McPartland, Teo Macero, Teddy Wilson, Clark Terry, Phil Woods, Coleman Hawkins , John LaPorta , Bobby Hackett e muitos outros.
Matriculou-se na Julliard School para aprimorar seus conhecimentos nas cadeiras de arranjo e regência . Mais tarde transferiu-se ara a “Manhattan School of Music” onde recebeu o diploma de Mestre.
A educação musical foi o seu forte sendo ele um pioneiro da chamada “jazz education”. Entre as posições que ocupou no mundo musical estão : Fundador e presidente da “International Association of Jazz Educators”, professor da “Columbia University Teachers College”, doutor honoris-causa pelo “Five Towns College” e ainda nomeado para o Hall Of Fame do IAJE em 1990.
RIP
CLARK TERRY - Problema de saúde
24 dezembro 2011
19 dezembro 2011
GUITARRA E OS GUITARRISTAS - 17
MUNDELL LOWE, guitarrista norte-americano, nasceu no dia 21 de abril de 1922 na cidade de Laurel, no estado do Mississipi, no seio de família de classe média, protestante e, para felicidade de todos nós, permanece vivo com seus 87 “aninhos”.
Seu pai era pastor na igreja local, violinista amador e professor de música, com o qual MUNDELL aprendeu os fundamentos da guitarra a partir dos 06 anos de idade.
A partir dos 13 anos MUNDELL viveu entre constantes escapadas do lar e resgates pelo pai, com retorno à casa paterna.
Assim, fugiu de casa com 13 anos para tocar em New Orleans nos bares, clubes, espeluncas e casas de espetáculo, onde consolidou sua aprendizagem prática com os expoentes da época, chegando a integrar grupo “country” com ABBIE BRUNIES (cornet) e SID DAVILLA (clarinete e saxofone).
Reconduzido ao lar por seu pai, tornou a evadir-se em 1939 com 17 anos, desta feita indo até Nashville apresentando-se em programa radiofônico (“Grand Old Opry”), então abrilhantado pela banda de PEE WEE KING durante 06 meses.
Novamente resgatado pelo pai pouco tardou em casa; no ano seguinte, 1940, MUNDELL concluiu seus estudos básicos na escola e iniciou vôos mais longos, com uma série de apresentações em clubes dos estados do Mississipi, da Flórida e da Louisiana. Conheceu e tocou na “big band” de JAN SAVITT (nascido na Filadélfia e que havia iniciado sua banda em 1935, onde tocaram ao longo dos anos e entre outros CUTTY CUTSHALL, GEORGIE AULD, GENE DE PAUL, GUS BIVONA, URBIE GREEN e NICK FATOOL, utilizando arranjos próprios e de EDDIE DURHAM e capitaneando as vocalistas JANE WARD, HELEN WARREN e GLORIA DE HAVEN, além do “crooner” BON BON).
MUNDELL LOWE permaneceu com a banda de JAN SAVITT até ser convocado para o serviço militar em 1943, servindo em base próxima a New Orleans onde, por sua sorte, o oficial encarregado de proporcionar diversão à soldadesca era JOHN HENRY HAMMOND Jr. (15/dezembro/1910 a 11/julho/1987), nascido em uma das famílias mais ricas dos U.S.A., grande produtor na área do JAZZ, descobridor e incentivador de talentos (BILLIE HOLIDAY, TEDDY WILSON e BENNY GOODMAN apenas para citar os exemplos mais importantes) e que em 1945, ao desligar-se do exército, conseguiu para MUNDELL um contrato com a banda de RAY McKINLEY, na qual o guitarrista permaneceu até 1947, já então reconhecido nos meios musicais e com as portas abertas para sua carreira.
Atuou com BENNY GOODMAN, FATS NAVARRO e WARDELL GRAY e apresentou-se durante os seguintes 02 anos no “Café Society” de New York, ao lado de DAVE MARTIN, atuando também com SARAH VAUGHAN, MILDRED BAILEY e MARY LOU WILLIAMS, assim como em 1948 com ELLIS LARKINS no “Village Vanguard” e em 1949, também com ELLIS LARKINS e RED NORVO, no “Bop City”.
Entrando nos anos 50 do século passado MUNDELL LOWE trabalhou em diversos clubes da “big apple” e em gravações com os “grandes” de então, citando-se LESTER YOUNG, BILLIE HOLIDAY, BUCK CLAYTON e CHARLIE PARKER (gravação tomada ao vivo diretamente do “Rockland Palace” de New York em 26 de setembro de 1952, em que CHARLIE PARKER no sax.alto e MUNDELL LOWE na guitarra, alinharam ao lado de WALTER BISHOP Jr. no piano, TEDDY KOTICK no baixo e MAX ROACH na bateria, para um total de 31 faixas entre as quais o clássico “Everything Happens To Me”, com estupendo solo de PARKER).
Ainda assim MUNDELL LOWE chegou à Broadway, onde além de músico foi ator no longa metragem “The Bird Cage”. Trabalhou para a orquestra da rede de televisão “NBC” (permaneceu durante 15 anos, de 1950 até 1965), dirigiu o programa “Today”, tocou em clubes e gravou com ninguém menos que BEN WEBSTER, RUBY BRAFF, GEORGIE AULD (reencontro após 12 anos), integrou a “Sauter-Finegan Band” e formou um quarteto com o grande pianista e professor de música BILLY TAYLOR para atuar no rádio.
A partir do final da década de 50 (1958) MUNDELL LOWE dedicou-se ao ensino, ao arranjo e à composição, tendo se estabelecido a partir de 1965 em Los Angeles, onde compunha músicas para a televisão e o cinema, tendo como destaque o longa metragem “Billy Jack” de 1971.
Apresentou-se em clubes e em festivais: no “Monterey Jazz Festival” de 1971 atuou ao lado de ROY ELDRIDGE e DIZZY GILLESPIE, voltando anos mais tarde ao mesmo festival (1983) com o grupo “TransiWest” que formara nessa década, com músicos do nível de um SAM MOST (de Atlantic City mas á época radicado na Califórnia), MONTY BUDWIG e NICK CEROLI, passando a realizar temporadas por todo o mundo, uma delas pela Europa com a cantora BETTY BENNETT.
No retorno da Europa tocou com o grande sax.tenorista RICHIE KAMUKA.
MUNDELL LOWE é considerado um “chefe-de-escola”. Guitarrista de técnica perfeita, estilo moderno, com improvisações que revelam excepcionais “sensibilidade e inteligência” melódicas, com acentuações do “bebop” (ainda que seja um músico marcadamente “cool”), cuja estética emprega com agilidade e segurança exemplares em audaciosos contrastes rítmicos e harmônicos, plenos de “swing”. Nas baladas é um guitarrista lírico, sensível, capaz de transmitir todas as nuances da melodia. Em função de décadas e décadas de “estrada” com músicos do mais alto nível, MUNDELL LOWE adquiriu apurado senso de humor e vasto repertório, que emprega nas contínuas citações de “standards”, via “harmonia”.
Entre as muitas gravações com a participação de MUNDELL LOWE (como titular ou “sideman”), destacamos entre outros:
- Tumblebug, 1946
- Cheek To Cheek, 1955
- A Grand Night For Swing, 1957
- Porgy And Bess, 1958
- After Hours (Sarah Vaughan), 1961
Retornaremos à guitarra e aos guitarristas em próximo artigo
apostolojazz@uol.com.br
DUDUKA DA FONSECA TRIO NO STUDIO RJ
AS MORTES DE PETE RUGOLO E BOB BROOKMEYER
A divulgação foi quase nenhuma e só pela Internet e pelo blog Renajazz tomamos conhecimento das mortes do maestro Pete Rugolo e de Bob Brookmeyer. O primeiro faleceu em 16 de outubro aos 96 anos, tendo cumprido uma carreira importante, principalmente quando foi arranjador da banda de Stan Kenton, dando à orquestra todo o seu talento como compositor e arranjador. Nos últimos anos, dedicou-se a compor para o cinema e ficou mais famoso com a trilha sonora da série “O Fugitivo” entre algumas outras que compôs.
Bob Brookmeyer era um dos principais nomes do Jazz West Coast, atuando como trombonista, pianista, compositor e arranjador. Veio a falecer em 16 de dezembro,aos 81 anos de idade. Ganhou notoriedade quando substituiu Chet Baker nos grupos de Gerry Mulligan e também cumpriu uma série de gravações como líder ou side men de importantes músicos. Como pianista, gravou em duo com Bill Evans o que causou espécie entre os aficionados. Era um grande músico.
ESTAMOS AI !
11 dezembro 2011
"Secret Love".
O SHOW NÃO PODE PARAR
05 dezembro 2011
SALA BADEN POWELL e Prefeitura do Rio de Janeiro APRESENTAM
“JAM SESSION”
O Show do ano!
Será realizado dia 08/12/2011 as 20:00h
MAURÍCIO EINHORN E CONVIDADOS
Zazá Desidério – bateria
Zé Luiz Maia – Baixo
Alberto Chimelli – piano
Idriss Boudrioua – sax
Nivaldo Ornelas – sax
Kiko Continentino – piano e teclados
e outros
Valor do ingresso R$ 30,00 inteira e R$ 15,00 meia
Local: Av. Nossa Senhora de Copacabana, 360
Informações e reservas: (21) 2255-1067 / 2255-1366
O RANKING DOS LEITORES - DOWNBEAT
03 dezembro 2011
02 dezembro 2011
Alô amigos,
Depois de uma longa temporada hospitalar,estou voltando aos poucos as minhas atividades , não sem antes agradecer a todos aqueles que se manifestaram através de telefonemas , emails e até pessoalmente,preocupados com meu estado de saúde, emprestando sua valiosa solidariedade e apoio. Felizmente as notícias são boas e estou voltando inteiro , meio baleado é bem verdade, mas, sem nenhuma preocupação para o futuro. A todos o meu muito obrigado e vamos em frente.
llulla
CLAUDIO RODITI - Blues for Ronnie
01 dezembro 2011
Puro lirismo.
Momento de ouvir e se deliciar
Abracos
Beto Kessel
O PREMIO DO THELONIOUS MONK INSTITUTE OF JAZZ 2011
Historia Virtuosa - por John Murph, na DOWNBEAT
O Thelonious Monk Institute faz 25 anos
O virtuosismo opulento teve uma perfeita exposição durante a Competição Internacional do Piano no Jazz - edição 2011 -, do Instituto Thelonious Monk, bem como na celebração de gala do seu 25º. Aniversário, em Washington, DC.
A competição, em 12 de setembro, julgada por uma banca que incluía Jason Moran, Herbie Hancock, Ellis Marsalis, Danilo Pérez e Renee Rosnes, apresentou seus estágios semifinal e final no Auditório Baird do Smithsonian Institute e no Kennedy Center, respectivamente.
A interpretação de Blue Monk harmonicamente dissonante e baseada em “strides”(*) do vencedor, Kris Bower, sublinhada pela batida roadhouse do baterista Carl Allen e do baixista Rodney Whitaker deram ao jovem de 22 anos um lugar na final, onde a balada Hope, de sua autoria e uma interpretação diabólica de Shuffle Boil, de Monk, garantiram-lhe o primeiro lugar. Bowers recebeu 25 mil dólares de prêmio e um contrato de gravação com o Concord Music Group.
Segundo Moran, foi o “polimento” de Bowers que o colocou no topo. “Muitos desses musicos chegaram com uma certa facilidade”, disse Moran. “Bowers juntou as suas facilidades de tal forma que ele seria um nome que as pessoas gostariam de ouvir.” Moran também elogiou seu senso de toque, a escolha de músicas e sua interação com a seção rítmica.
Pérez comentou a dificuldade de julgar uma competição com tantos improvisadores esplêndidos. “Ter uma competição com pianistas e jurados vindos de lugares e estéticas diferentes mostra que há espaço para todos ali,” disse. “É a competição Monk, então tem de haver um certo nível de aventura e de assunção de riscos.”
O segundo colocado, Joshua White, de 26 anos, esquentou Criss Cross de Monk com uma força rítmica bruta e o terceiro colocado, Emmet Cohen, de 21, começou a final com uma leitura reconfortante de Ugly Beauty, seguida por uma revisão trepidante de Bright Mississipi, ambas de Monk.
Moran reconheceu as extravagantes demonstrações de técnica dos concorrentes mas também mencionou as virtudes da auto-edição. “Tocar rápido não significa necessariamente que se é bom. Temos de considerar como a técnica melhora uma canção, ou, mais importante, a melodia. Ou mesmo como ela estará melhorando o clima no recinto, e não apenas o do palco.”
Em honra ao aniversário “de prata” do Instituto, a competição suscitou uma gigantesca celebração no Eisenhower Theater do Kennedy Center. O Prêmio da Fundadora Maria Fisher foi dado a Aretha Franklin, que recompensou a platéia com um discurso gracioso seguido de uma interpretação incendiária de “Moody’s Mood For Love”.
DeeDee Bridgewater, Chaka Khan, Jane Monheit, Dianne Reeves e Kurt Elling também apresentaram uma vibrante seleção de músicas, todas em homenagem a Aretha.
Reeves declarou: “A gente quer cantar cada nota que ela canta, porque sabemos que é assim que a canção deve ser. Ser capaz de cantar para ela e fazê-la saber como gostamos dela foi a melhor coisa que eles poderiam ter imaginado para este 25º. Aniversário do Thelonious Monk Institute of Jazz. É uma noite de que me lembrarei para sempre.”
Para T.S. Monk, filho do legendário Thelonious e presidente do conselho do TMIJ, o tributo foi um momento especial: “Acho que nunca fomos honrados dessa forma antes, Aretha Franklin vem sendo uma grande incentivadora do jazz e do Instituto.”
O TMIJ reuniu inúmeros dos vencedores das versões anteriores do prêmio, que incluíam Monheit, Gretchen Parlato, Joshua Redman, Jacky Terrasson, Joey DeFrancesco and Ambrose Akimunsire, que se juntaram em diferentes configurações no palco para interpretar uma mistura de temas de Monk.
[...]
Tom Carter, presidente do TMIJ, comparou a festa a uma mistura de reunião de alunos com uma festa em família. “Uma verdadeira celebração de todo o trabalho que fizemos nesse quarto de século, tantos dos premiados anteriores estavam disponíveis e tantos outros grandes jazzistas. Também importante frisar é que todos aqueles que participam de nossos programas e cursos e mais especialmente, da competição, são vencedores.”
(*) no original, stride-strutting. Quem tiver um melhor termo, por favor, colabore.
As fotos são de autoria de Brendan Hoffman/WireImage