Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

AO MESTRE

21 julho 2011

Noite memorável para homenagear nosso Mestre Rafaelli.


Orgulho nosso ter tão próximo uma pessoa da maior simpatia e conhecedora da história da música dos músicos, a nossa enciclopédia que nos ensina e que nos estimula sempre a buscar a melhor audição.
Eu que, quando garoto, lia suas criticas na saudosa revista Som Tres e mais tarde nas capas dos discos de vinil e colunas de jornais, tenho um verdadeiro orgulho em tê-lo conhecido pessoalmente e poder também ter lhe dado um grande abraço nesta homenagem.

E a comunidade musical agradece e assim registrou na noite de ontem com a presença de muitos músicos na Sala Baden Powell que subiram ao palco para também prestar vossas homenagens e colocar em palavras e sons a verdadeira admiração pelo Mestre. Músicos que tiveram no início das suas carreiras as palavras incentivadoras do Mestre Rafaelli nos encartes de seus discos ou em resenhas publicadas na mídia impressa, e mais que isso tudo, mostrou que, independente de estilo, as palavras de Rafaelli não se limita exclusivamente ao jazz, se expande para qualquer movimento que sinalize a boa música.

O palco abriu com as apresentações do Raul de Barros filho e Robertinho Silva em violão e percussão, seguiu com Grupo Batacotô, o sax de Beto Saroldi e trouxe nossos representantes da música instrumental com Mauro Senise e Gilson Peranzeta interpretando João Bosco e Garoto, Grupo Tutti com Ana Azevedo, o anfitrião Lipe Portinho, Andre Tandeta e Daniel Garcia e a participação do saxofonista AC em um verdadeiro duelo de tenores interpretando Coltrane e Parker, o duo incendiário do pianista Fernando Moura e o percussionista Jovi, a espetacular e contagiante apresentação de Kiko Continentino e Paulo Russo, que foi o ponto alto da noite, mostrando um virtuosismo impar e um jazz de gente grande, o grupo do saxofonista Ricardo Serpa com Marcio Halack ao piano acompanhados por Lipe Portinho e Robertinho Silva e o encerramento, por problema de limite de horário da casa (10 da noite), com Hamleto Stamato, Lipe, Idriss, Paulinho Trompete e Erivelton Silva. Todos os grupos apresentaram dois temas e Nivaldo Ornelas, o promotor da homenagem, subiu ao palco após as apresentações para o agradecimento final e interpretou um tema solo.
E pena que o tempo foi pouco pois muita gente ainda queria tocar, estavam lá presentes Pascoal Meireles, Duduka da Fonseca e David Feldman.

O CJUB agradece, Mestre Rafaelli !

E este evento serviu para lembrarmos da importância do espaço da Sala Baden Powell, que a prefeitura atual quer dedicar exclusivamente ao teatro. Este espaço é público, é nosso, mais que um espaço do músico é um espaço da música e ficaremos mais uma vez refém da ausência de um grande palco.

7 comentários:

Beto Kessel disse...

Gustavo disse tudo. A noite de ontem foi memorável.

Minha primeiros contatos com Raffaelli ocorreram na leitura das resenhas no JB e depois no Globo, nas capas dos albuns, nos programas de domingo a noite na JB-AM (Arte Final Jazz), e na troca de e-mails que me possibilitou a chance de conhecê-lo e ser apresentado por ele a uma turma de admiradores da Boa Música, e assim vim a conhecer o CJUB.

Parabéns Raffaelli.

Beto

Toy Lima disse...

Todos nós profissionais da música devemos muito ao Mestre Raffaelli.Nos acostumamos ao longo dessas décadas a aprender com ele as noções de qualidade que tentamos imprimir em nossos trabalhos.Nada mais elevado que esta maravilhosa homenagem aos nosso querido amigo.De longe o saúdo com gratidão e acima de tudo cokm muita admiração.Via Raffaelli!! abç toy lima

Anônimo disse...

Embora não tenha comparecido, sei do sucesso que foi a homenagem a mestre Raffa. Tudo muito justo e merecido. Ao Raffa o nosso abraço,
llulla

APÓSTOLO disse...

Pura maravilha ! ! !
Homenagem mais que justa, proporcionada pelo mais importante elemento da música - os MÚSICOS.
Parabéns !

José Domingos Raffaelli disse...

Caro Gustavo e demais amigos do CJUB,

Agradeço comovido as bondosas e estimulantes referências do primeiro descrevendo com absoluta precisão aquele que foi uma das mais emocionantes noite de minha vida e que jamais esquecerei. Além da homenagem dos músicos que nos proporcionaram excelentes momentos de sua arte, fiquei bastante emocionado com as palavras que vários deles referiram-se a mim, aumentando em muito minha alegria e minha emoção.

Jamais pude imaginar, nem remotamente, que um dia poderia acontecer uma noite como foi aquela de 20 de julho de 2011, rejuvenescendo meu entusiasmo e alegrando meu coração da forma como aconteceu.

Além disso, revi músicos e amigos que não encontrava há muito tempo, cujas presenças estimularam ainda mais minha incontrolável alegria.

Ao meu querido amigo Toy Lima, a quem não vejo há anos, agradeço-lhe de coração por ter-me proporcionado a felicidade de trabalhar para o seu vitorioso e inesquecível Chivas Jazz Festival num momento bastante difícil de minha vida após ter sido demitido do Globo. Minha gratidão por esse gesto de amizade e alta consideração permanecerá eternamente na minha memória.

Obrigado a todos por suas presenças, sua amizade e reiteradas manifestações de gentilezas.

Desculpem o lugar-comum desta despedida, com meu fraternal abraço,

Keep swinging

BraGil disse...

Tudo o que foi dito pelos músicos e escrito pelo Guzz, resume a importância de Raffaelli no contexto cultural do Rio de Janeiro, principalmente nesse momento em que vivemos uma certa ditadura da mediocridade.
Também concordando com o Gustavo, quero dizer que o espetáculo do duo Kiko Continentino e Paulo Russo foi das melhores coisas que tive o prazer de assistir nos últimos anos, simplesmente espetacular!
BraGil

Beto Kessel disse...

Aproveitando a deixa do Guzz e os comentarios do Gilberto, soube pelo Kiko que ele o o Paulo Russo estarao tocando no Centro Cultural da Justica Federal em 30.09.2011.

Alias foi la que o Duo estreou em 2007 se nao me engano. A sala e otima e a acustica idem...

Desde ja marquem nas suas agendas, que com certeza teremos musica de qualidade.

Abracos,

Beto