Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO LOC

23 maio 2011

JB, Caderno B, 22 de maio
por Luiz Orlando Carneiro

Como sabem os iniciados, a Thelonious Monk International Jazz Competition, realizada anualmente, é a mais elevada plataforma de lançamento de jovens músicos do idioma. Seus ganhadores, além de receberem prêmios de milhares de dólares, têm garantido contratos de gravação opcional com a Concord Records.
Em 2006 – o mais recente ano dedicado a pianistas – o vencedor foi o garoto-prodígio armênio Tigran Hamasyan, então com menos de 20 anos. O segundo colocado foi Gerald Clayton, filho e sobrinho de dois consagrados jazzmen, de sobrenome idêntico: o baixista-compositor John e o saxofonista Jeff.
Tigran e Gerald foram escolhidos por um júri integrado por seis sumidades: Herbie Hancock, Andrew Hill, Danilo Perez, Renée Rosnes, Billy Taylor e Randy Weston. A carreira de Hamasyan vai de vento em popa. Depois do insinuante álbum New era (Nocturne) – gravado na França em 2007, em trio com os irmãos
Moutin (François, baixo; Louis, bateria) – ele reaparece, agora, num disco solo, A Fable (Verve).
A sua agenda está cheia de concertos neste semestre, no Canadá, França, Itália e Bélgica.
O mesmo se pode dizer de Gerald Clayton, hoje com 27 anos. Seu registro de maior repercussão era The new song and dance (Artistshare), um dos discos indicados para o Grammy-2011, na categoria melhor álbum de jazz instrumental. Nesse CD, assinado pelos Clayton Brothers (pai e tio), o garoto brilha como
sideman, ao lado também de Obed Calvaire (bateria) e Terell Sttaford (trompete). Há dias, saiu o segundo CD do pianista como líder, Bond: The Paris sessions (EmArcy), com o mesmo trio que formou há três
anos (Justin Brown, bateria; Joe Sanders, baixo). E Clayton – que estudou piano clássico desde a infância, e depois foi aluno de Kenny Barron e Billy Childs – justifica, plenamente, a sua eleição como rising star do teclado no último referendo anual dos críticos da Downbeat (agosto de 2010). Com articulação e toucher imaculados, ele garimpa notas e acordes, conciliando a mainstream e um estilo composicional ao mesmo tempo erudito e exploratório, sutil e refinado. Não só em temas de sua lavra (13 das 16 faixas), como
em Fresh squeeze (4m) – com o apoio do arco e efeitos de Sanders – mas também na reinvenção de standards, como If I were a bell (7m45), de Frank Losser, e Nobody else but me (4m35) e All the things you are(3m42), ambos de Jerome Kern.

Nenhum comentário: