Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

POLÍTICA CULTURAL TRANSVERSA

30 março 2011

Tenho estado, já por muito tempo, desconsolado com o tratamento indigente que as iniciativas culturais voltadas para a música de bom nível recebem dos órgãos oficiais que delas deveriam se encarregar. Aparentemente, não há nenhum interesse em apoiar manifestações não representativas da "cultura nacional". Preferem estes, muito provavelmente "patrocinados", dotar a população das deploráveis demonstrações de indigência cultural (e franca baixaria nos costumes) como os emporcalhantes "blocos" que infestam nossas cidades na época do carnaval.

Como muito bem registra hoje Joaquim Ferreira dos Santos em sua coluna "Falta a Música", no Segundo Caderno do jornal O Globo, "só no Brasil mesmo uma festa basicamente de jovens é patrocinada por uma cervejaria".

Essa sua constatação serviu para lembrar-me do motivo maior do meu desconsolo, o quase que absoluto aniquilamento dos grandes festivais de jazz que havia no país, com edições por várias capitais, que, até a edição de uma lei "protetora" da sociedade, impediu que indústrias de bebidas e fumo destinassem recursos para patrocínar suas realizações. Assim, foram degolados o Free Jazz Festival, que teve aproximadamente 15 edições anuais, o Chivas Jazz Festival que rolou por uns 8 anos, para citar apenas os maiores e mais representativos.

Ainda os há, em tamanho reduzido, graças à tenacidade e à criatividade de produtores que foram buscar na indústria automobilística (!) uma nova vertente de recursos para apresentar ao público música de alto nível.

O artigo mencionado acima critica, justamente, a ausência da parte "cultural" nesses eventos populares, pela inexistência ou insignificância do principal atrativo que deveria estar a move-los: a música.

Note-se que, para essa indigência cultural quase total, canalizam-se recursos e apoios, a nossa Prefeitura não hesita em despender recursos, fechar ruas e praças, desviar transito, disponibilizar banheiros químicos (em quantidade ridícula, diga-se, dainte da turba mobilizada), etc, etc. E ainda, incomodando vasta parcela da população que não quer nem precisa fantasiar-se, "encher a lata" e urinar pelos quatro cantos para ser feliz. Para acomodar "patrocínios", as portas são abertas como que por mágica. Mesmo que falte a música, tudo é justificado.



Enquanto isso, a parcela da população que pela idade ou pela evolução intelectual já não se contenta com essas manifestações guturais e almeja iniciativas mais elevadas, padece da fuga dos patrocinadores que as fariam com grande interesse - por ser esse o seu público-alvo -, mas que delas foram afastados pela "proteção" (que como agora se vê, passou a ser seletiva) que o Estado decidiu impor para proteger as pessoas maduras.

Há algo de muito errado (ou seria apenas estranho?)na política cultural brasileira.

Com a palavra, quem se interessar em esmiuçar esse fenômeno.

23 comentários:

Anônimo disse...

Bom Confrade Maunah,

Você acha que um país que tem Roberto Carlos como "Rei", Xuxa como "Rainha" e o Adriano como "Imperador", está se importando com cultura. Silvio Santos, Gugu e Faustão é tudo de que precisam,........infelizmente.

Abçs.
Nelson Reis

Andre Tandeta disse...

Caro Pres.,
e' claro, clarissimo na verdade, que o que se quer e' extamente a total aniquilação de qualquer traço cultural relevante tendo como objetivo transformar a todos em seres unicamente consumistas, incapazes de reflexão. E que jamais se rebelem contra as pessimas condições de educação publica e saude publica que somos obrigados a aceitar,dentre as inumeras mazelas de nosso pais, estado e cidade. Que se de muito circo(não aquele de nossa infancia,com palhaços e trapezistas) pois isso anestesia a mente e todos viram animais, no pior sentido da palavra. Um processo de boçalização das pessoas, que esta presente em todo lugar. Ate' nas partes dedicadas a cultura da nossa grande(so' no tamanho) imprensa o que se ve e' um verdadeiro mostruario de tudo que possa ser mediocre, superficial , alienante e estupido. Esta muito dificil. Talvez pros nossos netos ou bisnetos as coisas estejam melhores e o Brasil seja um lugar que não privilegie a estupidez e a "esperteza", ambas sempre de mãos dadas com a brutalidade.

llulla disse...

Alô Tandeta,
Perfeita a sua manifestação. Desde os meus tempos de microfone eu batia insistentemente nesdsa tecla. Assino em baixo.
abcs.
llulla

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Prezados Mau Nah, Nelson, Tandeta e Mestre LULA:

Concordo com todos, apenas lamentando que, infelizmente, nossos netos nada verão de melhor, mas sim de muito pior.
Já no ano passado manifestei minha total repulsa a essa vulgarização, que domina uma pobre e inculta massa, garantindo o permanente "faturamento" das mesmas e sempre "ilustres estrelas" e de "otoridades" que embolsam gordas participações, num eterno esquema que representa muito bem nosso tosco Congresso (um bando submisso ao Executivo em troca de verbas para seus nichos de poder) e o pobre Judiciário (de Executivo cercado de marketing, de monstruosas falcatruas, de nada de inteligente fazer, de união com chavecos, fidelitos, gadafagestes, evitos e outros esquerdinhas milionários, nem se fale).
Tandeta = não tenha esperanças, isso tudo é uma vasta m.....
O músico que faz MÚSICA é um quase solitário.

MARIO JORGE JACQUES disse...

Estou 100% com MauNah e com todos acima e 200% com Apóstolo. O problema crucial é o GANHO o que dá mais dinheiro? o popularesco porque como falta base total na educação a maior parte do povo não tem acesso a coisas de cultura e neste meio é fácil colocar um Batidão Sertanejo, Beyonce e coisas afins. Quem assiste TV pela parabólica é incrível a quantidade de anúncios da SOM LIVRE atrás deste tipo de música, é de lascar. A sorte é a tecla MUDO. Então só tende a piorar porque a base piora cada vez mais que é a EDUCAÇÃO básica. Meus netos frequentam escolas ditas magníficas e até certo ponto são para o ensino obrigatório, mas jamais visitaram um museu ou foram informados sobre música, pintura etc é só o básico e pronto. Bem escutem uma playlist de um deles é de cair prá trás, não chegaram ao Batidão Sertanejo mas estão próximos.

Anônimo disse...

Caros,
Destaco aqui um fato que indica a depreciação cultural, em tempos de carnaval. no Rio de Janeiro:

Sou músico e na segunda e terça de carnaval fui à Pernambuco, para fazer 2 shows acompanhando o soul-man Gerson King Combo.

Desembarcando no aeroporto de recife, encontrei varios musicos cariocas (quase na sua maioria do mundo instrumental) que tb estavam indo a Recife, acompanhando algum artista.

A cidade tinha diversos pólos de musica, em muitos palcos, espalhados por toda a cidade, tudo visivelmente promovido pela prefeitura local. Desde o centro histórico até as periferias. Tudo de graça para o povo e com infra-estrutura e equipamentos de audio e luz de nível impecavel.

Logicamente o carnaval de Olinda fervia, mas para quem nao queria se enfiar naquela muvuca (como os blocos daqui) tinha a oportunidade de assistir bons shows em praças publicas, e de forma tranquila.

OK, acredito que nenhum deles era um show de jazz (infelizmente), mas tb nao se viam batidões e sertanejo, como mencionados acima e ainda podia-se assistir algumas orquestras regionais, e outras manifestações de algum valor artístico.
Nem isso o RJ teve em seu carnaval!

Não demora muito, o Brasil será resumido (culturalmente) apenas a São Paulo.

Parabens pelo texto MauNah! Peço permissão para reproduzi-lo em meu blog, com os devidos creditos.
abs
fabiano

Andre Tandeta disse...

Ha um decrescimo no nivel educacional mundial. Porem a educação e' uma responsabilidade das familias, não e' so' a escola. Se a escola não leva a museus que os pais ou avós levem,por exemplo. Aqui em casa minha filha desde pequena ouve o que eu ouço. E' claro que ela tambem ouve os "Los Hermanos" da vida mas predomina um gosto muito parecido com o meu,ela ama Elis Regina,por exemplo. E sempre a levei a museus e atividades culturais variadas. E, importantissimo, regulei severamente quando ela era criança o que ela via na TV, essa maquina de fazer doido , como dizia o saudoso Stanislau Ponte Preta.
Fiz a minha parte.

Anônimo disse...

Caros Confrades e Amigos,
pelas manifestações, quase todas da porção mais veterana do grupo - à exceção do sempre combativo (e por isso mesmo tão admirado) Tandeta -, nota-se que o que se tem aqui na realidade é a discussão "política" de um assunto que nos inquieta, por sua dimensão, quanto ao caminho almejado para que tivessemos ("tenhamos" já seria muita pretensão) um mínimo de qualificação na educação difundida à nossa desprezada população de crianças e adolescentes.

Acho que fomos unanimes em repudiar o baixíssimo nível do que se lega, nas escolas de todos os ambitos, municipal, estadual ou federal e suas consequências.

Ou o Brasil parte para profundas mudanças em seu programa educacional, enterrando ideias de jerico como a aprovação automatica entre outra aberrações ou continuará sendo o Bananão, aquele santuário extrativista de sempre.

Mau Nah

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Em tempo e se é que o há, para um aparte insignificante = TANDETA tocou em um ponto que sempre defendí, possivelmente sendo tomado por tolo ou preciosista.
Defendo que é uma tolice existir um "Ministério de Educação" que, a meu juizo, poderia ser, se tanto, um "Ministério de Instrução", ou de "formação escolar" ou "técnica" ou "profissional" ou "algo assemelhado".
"EDUCAÇÃO" é assunto da "FAMÍLIA", que vem sendo bombardeada pela mídia há muitos anos, vulgarizando a mulher, enaltecendo os preconceituosos e a violência.
Sem a "FAMÍLIA", quaisquer "ministérios" valem o que são hoje = NADA ! ! !

Gustavo Cunha disse...

vamos falar de música em geral, não resumindo especificamente ao jazz !

é fato que jazz no RJ é coisa rara, aplausos para a iniciativa da direção artistica da Sala Baden nas mãos do casal Lipe Portinho e algumas sobras e apresentações isoladas na diversidade da Lapa;

onde estão as boas cantoras da nossa música? algumas aparecem apagadas em algum instante no Rival ou algum bar escondido em Botafogo e ninguém nem soube que passaram por aí;

onde estão os acordes do blues, onde eu posso ouvir um blues nessa cidade ?

pois é, jazz agora eu só tenho ouvido ao vivo, meus ouvidos parecem cansados das dissonâncias e resolvi sacrificá-los com 3 acordes e longos improvisos recheados de overdrive;
jazz agora eu ouço ao vivo quando me permito voar algumas horas ou quando as iniciativas particulares se manifestam num raio de 20 km do meu confortavel sofá;

realmente o RJ anda muito careta musicalmente, apesar da imensidão de talentos que circulam pelas calçadas cheios de harmonias bem arranjadas na cabeça;

o RJ enquanto permanecer governado por plumas e paetes vai ter que ouvir pagode de quinta, samba careta e festa de transformistas nas ruas da zona sul;

mas eu continuo apaixonado por música, um vicio permanente, sem cura !

abs,

Andre Tandeta disse...

Então Guzz, so' posso agradecer a voce pelo vicio . E muito obrigado pela constante presença e força nos shows la na Baden.
Numa visão geral eu diria que o assunto e' serissimo e não vemos nenhum interesse em caminhar no sentido oposto,tanto por parte dos governantes quanto por parte da sociedade. Sem cultura seremos eternamente o Bananão, apropriado apelido que nosso sempre sabio e perspicaz(ortografia certa?) Pres. deu a nosso pais.Acho que e' um otimo assunto pra ser estendido aqui no ambito do CJUB.
Abraços a todos

José Domingos Raffaelli disse...

Dear Gran Boss e demais correligionários,

Nosso querido Mauro abordou com a propriedade habitual uma das grandes incoerências que contribuiram para diluir e estrangular o panorama musical (logicamente, da boa música, não o lixo imposto pelas TVs que acintosamente chamam de música) da cidade.

Lembremos que a tal lei probindo os fabricantes de bebidas alcoólicas e tabaco patrocinarem eventos culturais e esportivos é um dos maiores engodos de todos os tempos. Basta lembrar que uma marca de cerveja patrocina a Seleção Brasileira de Futebol (inclusive o treinador da seleção faz o merchandise do patrocinador na TV) e que os Jogos Pan Anmericanos de 2007 também foram promovidos por outro fabricante de cerveja.

Cumpre lembrar que devido à tal lei, o Chivas Jazz Lounge, evento de grande sucesso do CJUB que apresentou cerca de 30 concertos de jazz com músicos brasileiros no Mistura Fina, também foi atingigo pela tal lei, sendo sumariamente cancelado porque seu patrocinador era fabricante de bebidas alcoólicas.

Com relação aos festivais de jazz, com o abrupto e recente cancelamento do Bridgestone Music Festival, produzido e dirigido por nosso grande amigo Toy Lima, torna o horizonte ainda mais tenebroso em relação ao futuro desses eventos.

Assim vão desmoronando as possibilidades de termos maiores e melhores espetáculo musicais de categoria. Esta é a triste realidade do "país que vai pra frente".....

Keep swinging,
Raf

figbatera disse...

Todos já falaram e falaram muito bem.
É o que está acontecendo e pouco podemos fazer a respeito, a não ser protestar veementemente.
E é mesmo uma total incoerência os fabricantes de bebidas poderem patrocinar eventos esportivos E NÃO OS CULTURAIS (música).
Só mesmo o Brasil...

Palmeira disse...

Sempre que ouço/leio essas coisas, me pergunto se o fenômeno/manifestação humana que entendemos e identificamos como "música" não é uma coisa completamente diferente do que a sociedade midiática unidimensional trata como "música". Não propriamente "música inferior", mas uma outra coisa. A pessoa senta em casa numa poltrona, põe um CD de Bill Evans, de uma sinfonia de Mahler, de Piazzolla, da Velha Guarda da Portela ou de Jacob do Bandolim e se dedica a ouvir música. Ninguém que eu conheça senta em silêncio em sua poltrona pra se embevecer/enriquecer com a escuta de bate-estaca, música de um só acorde de duas notas, essas coisas. É outro fenômeno, em que os envolvidos ocupam-se em fazer ginástica aeróbica, entrar em transe coletivo, moças sentadas no pescoço de rapazes (tenho um amigo que assegura que elas fazem isso por prazer sexual). Nada contra. Só acho que não é música. É outra coisa. Música, talvez (não é um desejo, mas uma constatação) seja coisa de minoria. Eric Hobsbawn diz que o jazz sempre foi música de minoria. Acontece que as minorias são expressivas, ainda mais quando o universo é grande. O que é realmente lamentável é essa hipocrisia apontada pelo Mauro, cortando a hipótese de patrocínio do Chivas, essas coisas. Mesmo assim, há alguns eventos interessantes. Na área de música "clássica", por exemplo, há o Rio Cello Encounter e o Feux Follets (vai ter esse ano?). A Sala Baden Powell também está se firmando como um espaço muito interessante, Aliás, preciso ir, só falar não adianta, pretendo ir no próximo Baixada Big Band ou numa próxima apresentação do Tandeta. Em suma, disputar com essa "outra coisa" não dá mesmo. Então, vamos aos nichos da minoria. CJUB neles! Já comprei meu ingresso pro Keith Jarrett.

Falando nisso, tentei ressuscitar o post "o que você está ouvindo" pra postar umas coisas e não consegui. Alguma idéia do que pode ter acontecido?

Luis Antonio

Anônimo disse...

Ola Luis Antonio,
também dei por falta do antigo post do BraGil que vc. menciona, e que me abriu novas vertentes de música de minoria, Deos Gratias. Pelos confrades e muito também com os amigos/leitores, descobri audições bem interessantes, que não sacava.
O post faz falta sim e vamos pedir ao nosso Diretor Técnico e de Vazamentos Nucleares que o ressucite.
De resto, acho que por poucas vezes aqui tanta gente teve tantas opiniões tão próximas.
Obrigado pelo comentário, abs.

Mau Nah

Ana disse...

Queridos participantes desse debate,
Li todas as opiniões, concordo com todas e realmente a situação da cultura em nossa cidade é lamentável! Desde que começamos a fazer a curadoria da Sala Baden Powell, com o intuito de ressucitar um espaço maravilhoso da cidade para musica de qualidade, que temos lutado contra as inumeras forças, principalmete políticas, que se opõe ao que eles mesmos escolheram, já que fomos vencedores de uma licitação da própria Secretaria de Cultura.
Não sei se vcs chegaram a acompanhar o lamentável episódio dos 4 shows de travestis programados à nossa revelia em outubro de 2010 na Sala Baden, que resultou em striptease o vivo, a ponto de o nosso contra-regra nos dizer que a noite tinha sido "barra pesada". São esse os dirigentes com os quais contamos. Apesar de a rede da prefeitura ter 7 teatros, somete uma sala de musica, desde o inicio da nossa residência artística a musica é encarada como coisa "menor", e há grande pressão para programarmos peças de teatro que podem estar em qualquer dos outros 6 teatros.
isso para não falar na falta de equipamento da sala, resolvida com nossos próprios recursos, já que na licitação de equipamento da Sala constam apenas 5 microfones, o suficiente para se fazer um show, de acordo com a SMC.
Eu poderia continuar, mas acho que esse retrato já é suficiente para vcs verem que, se vcs acham que esta ruim, está muito pior!
Nosso novo Secretario só cuida da cidade de musica! O que podemos esperar?
para fazer, é só querer! nós ja fizemos mais de 300 shows, com os parcos recursos que recebemos da prefeitura. É possivel, pois há milhares de musicos maravilhosos na cidade querendo tocar. Alguem se importa?
Desculpem o pessimismo... mas a situação é negra. Até 3 de novembro faço minha parte. Depois, so Deus sabe.
Bjs a todos,
Ana

Ana disse...

Desculpe, esqueci...
Muitíssimo obrigada ao CJUB que sempre nos deu a maior força e é um oásis de pessoas que gostam de musica no meio de tanto lixo!
Ana

Beto Kessel disse...

Ana,

Estive na Sala Baden Powell em 09.03.2011 (quinta pós carnaval) e umas 125 pessoas estavam lá para ver e ouvir o lançamento do album Alegria de Viver, do Sambajazz Trio.

Que acustica boa. um som limpido do piano.

Parabens pelo trabalho que voces tem feito na Sala.

Obs. Quanto ao resto, tudo já foi dito. Eu não me curvo a esta musica prá pular brasileira. Quando ligo o radio a noite, ou e para ouvir noticia, ou então para rodar o dial e ver se tem alguma musica instrumental...Caso contrario, troco para o MP3 e ouço o que gosto...


Abraços,

Beto

Andre Tandeta disse...

E' isso ,amigos, não da pra ser otimista mas continuamos lutando.
Sou testemunha da luta que Ana Azavedo e Lipe Portinho enfrentam para manter a Sala Baden Powell como um espaço dedicado a musica de qualidade. O Festival realizado em janeiro e' uma prova da competencia deles e do compromisso que tem com a musica ,sem preconceitos. Foram shows de jazz, musica brasileira, blues, Piazzolla etc. E eu aqui agradeço ao CJUB pela força total que da a programação da Sala e especialmente a Ana e ao Lipe pelo belissimo trabalho e pela oportunidade de tocando com eles aprender tantas coisas. Ambos são excelentes musicos e administradores.

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Para ANA e LIPE que, infelizmente ainda não conheço, meus mais sinceros e enormes PARABÉNS pelo esforço mais que dígno, heróico.
Recebam desde a "selva de pedra" paulistana meus maiores votos de que esse "03 de novembro" tarde muito a chegar, ainda que signifique ainda mais empenho pessoal de vocês.
O BRASIL ainda contem BRASILEIROS ! ! !

MauNah disse...

Pessoal, eu soube ontem que o Bridgestone Music, produzido pelo competente Toy Lima (ex-Chivas Jazz) teve cancelada a sua edição deste ano, sendo que o motivo ainda está obscuro. Foi ventilada uma impossibilidade física momentânea desse seu Maestro maior. Esperamos que não seja nada demais e, em sendo isso mesmo, enviamos daqui nosso grande abraço ao Toy, esse ferrenho batalhador pela música de qualidade no país.
Isso ocorre logo agora, quando havia a promessa de uma edição (ou meia) carioca do belo evento que ele produz...

Tão logo tenhamos mais detalhes, postaremos.

Abraços.

LeoPontes disse...

Há que se acabar com esta grande hipocrisia de quem pode ser patrocinador neste país.Há maior CENSURA do que eles bafejam em relação
aos anos de chumbo?
Nunca na estoria deste país se manipulou tantas informações como o fazem agora e tudo em nome de uma ideologia decadente que só olha pra seus próprios umbigos e seus amigos e correlegionários.
Ser amigo do REI vale muito mais do que a grande maioria.
Nós, amantes da boa música, não queremos e nem desejamos fazer parte desta massa de manobras e sabem por que?
Porque tivemos uma boa educação e nos esforçamos muito pra isto, aliás, como ainda fazemos até hoje.
Aprendemos e distribuimos conhecimentos todos os dias.

Abrçs a todos

Leo Pontes

John Lester disse...

Prezado Mestre MauNah, bom saber que a testosterona ainda corre em vossas, nossas, veias. Ou seriam artérias?

Forte abraço, JL.