Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

COLUNA DO LOC

21 março 2011

JB, Caderno B, 13 de março
por Luiz Orlando Carneiro

De quinta-feira a domingo próximos, o Jazz Standard vai celebrar em noites de gala – como está no site do cultuado jazz clubde Nova York – o 60º aniversário do “grande baterista Duduka Da Fonseca, nascido no Rio de Janeiro”.
Para quem não sabe, Duduka vive na capital do jazz desde 1975. Foi com a cara e a coragem, só com passagem de ida. Mas com muito talento e já respeitado entre os músicos cariocas. Comprou sua primeira e sonhada bateria Gretsch com parte do dinheiro ganho numa gravação que fez como sideman dos trombonistas Frank Rosolino e Raul de Souza. Atraiu seus comparsas Romero Lubambo (guitarra) e Nilson Matta (baixo) para a Big Apple, em 1985. Com eles formou o Trio da Paz – consórcio muito bem sucedido, em termos de público e de crítica, infelizmente mais conhecido nos Estados Unidos e no Japão do que por aqui (Nights of my beloved, Noites do meu bem, é o título do mais recente CD do Trio da Paz, tendo como convidados o saxofonista George Garzone e o pianista Kenny Werner, gravado para o selo japonês Venus).
Nestes 35 anos como new yorker– com frequentes visitas ao Rio e ao Festival de Jazz de Ouro Preto – Duduka apareceu em cerca de 200 álbuns, como líder ou liderado.
Os primeiros discos de sucesso do Trio da Paz foram gravados para a etiqueta Malandro: Partido out(1998) e Café(2002), este último com “pontas” de Joe Lovano e Dianne Reeves. O ás do sax tenor já tinha atuado em duas das faixas do primeiro álbum “autoral” de Duduka, Samba jazz fantasia(Anzic), gravado em 2000, e que reunia em formações diversas outros jazzmen do porte de Tom Harrell (flugel), David Sánchez (sax tenor), John Scofield (guitarra), Eddie Gomez (baixo) e Kenny Werner. Este CD – que tinha também, é claro, Matta, Lubambo, Claudio Roditi (trompete), Hélio Alves (piano) e Maúcha Adnet (vocal) – foi um dos indicados para o Grammy de 2003 (best latin jazz album).
Da discografia mais recente do consagrado baterista merecem especial destaque: HD2/Songs of the last century (Blue Toucan, 2004), com Hélio Alves e Gomez (o lendário sax de Phil Woods presente em três faixas); Samba Jazz in black and white (Zoho, 2005), com Anat Cohen (clarinete, saxes), Alves, Leonardo Cioglia (baixo) e Guilherme Monteiro (guitarra); Forests (Zoho, 2007), do Brazilian Trio (Alves, Matta); e Brazilliance X4 (Resonance), quarteto de Roditi, com Cioglia e Alves. Os dois últimos foram também grammy nominees.
Na celebração dos 60 anos de mestre Duduka, no Jazz Standard, o Trio da Paz toca na primeira noite, tendo como convidados ilustres Anat Cohen e o pianista Mulgrew Miller. Nas segunda e terceira noites, Duduka lidera o seu quarteto (Anat, Guilherme Monteiro e Matta), e os convidados são Miller de novo e Claudio Roditi. No domingo, a festança termina com o Trio da Paz, Miller e a estrela Maúcha em destaque, e certamente fazendo jus ao título do CD Songs I learned from Jobim (Venus, Japão).
De Nova York, Duduka avisa que, de 26 de abril a 1º de maio, estará no Dizzy’s Coca Cola Club (Lincoln Center) para apresentar o programa Samba Jazz and the music of Jobim (Hélio Alves, Roditi, George Mraz, Maúcha e o guest Toninho Horta). E que vai sair logo o álbum que gravou no Brasil, ano passado, em trio com o brilhante pianista David Feldman e o baixista Gutto Wirtti, a partir de temas do mineiro Toninho.

7 comentários:

Salsa disse...

Tive o prazer de ouvi-lo algumas vezes. Poucas, mas boas.

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Esse é pedra 90 ! ! !
Coisa nossa, coisa do mundo, músico que faz música.
Que possa comemorar os 70, 80 ....., sempre com o mesmo brilho.

Bene-X disse...

Baterista tão importante, para a evolução do samba-jazz, quanto Victor Manga, Edison Machado, Milton Banana e Robertinho Silva. Levou o legago destes todos adiante. E já há quem dê seguimento, nessa vanguarda, com inflexões ainda mais ousadas: o genial enfant terrible rubro-negro, nosso Baratinha, ou, para os gringos pagantes do Carnegie Hall, simplesmente: Rafael Barata.

Abs.,

Bene-X disse...

Corrigindo: "legado".

Abs.,

Bene-X disse...

Detalhe: Robertinho continua impossível, em plena forma.

Abs.,

Beto Kessel disse...

Inesquecivel o concerto no finado Mistura Fina numa daquelas edicoes do CJUB com o Brazilian Jazz Trio, com Helio Alves e Nilson Matta.

figbatera disse...

Parabéns ao Duduka! Que continue honrando o nome do Brasil e dos músicos brasileiros pelo mundo.