Mauro Nahoum (Mau Nah), José Sá Filho (Sazz), Arlindo Coutinho (Mestre Goltinho); David Benechis (Mestre Bené-X), José Domingos Raffaelli (Mestre Raf) *in memoriam*, Marcelo Carvalho (Marcelón), Marcelo Siqueira (Marcelink), Luciana Pegorer (PegLu), Mario Vieira (Manim), Luiz Carlos Antunes (Mestre Llulla) *in memoriam*, Ivan Monteiro (Mestre I-Vans), Mario Jorge Jacques (Mestre MaJor), Gustavo Cunha (Guzz), José Flavio Garcia (JoFla), Alberto Kessel (BKessel), Gilberto Brasil (BraGil), Reinaldo Figueiredo (Raynaldo), Claudia Fialho (LaClaudia), Pedro Wahmann (PWham), Nelson Reis (Nels), Pedro Cardoso (o Apóstolo), Carlos Augusto Tibau (Tibau), Flavio Raffaelli (Flavim), Luiz Fernando Senna (Senna) *in memoriam*, Cris Senna (Cris), Jorge Noronha (JN), Sérgio Tavares de Castro (Blue Serge) e Geraldo Guimarães (Gerry).

GEORGE SHEARING (1919- 14-02-2011)

16 fevereiro 2011


Foi-se um grande pianista, um grande compositor, um inovador e um dos integrantes do chamado “Cool Jazz”. Foi na década de 50 que surgiram por aqui os primeiros 78 rpm gravados por Shearing para a MGM. Quem não se lembra dos clássicos “I’ll never smile again”, “East of the Sun”,“September song”, “September in the rain” e outros, presenças constantes nas programações das rádios, no tempo que as rádios tocavam MÚSICA.
Shearing criou um quinteto inovador, usando os seus “block chords” em uníssono com a guitarra e o vibrafone, criando realmente um novo som que durante muito tempo deliciou ouvidos bem educados. Curiosamente, informou que esse som foi inspirado pela seção de saxes da banda de Glenn Miller, uma das admirações do pianista inglês. Como outros grandes pianistas privados da visão (Lennie Tristano, Tete Montoliu, Ray Charles) Shearing possuia uma técnica excepcional o que se pode apreciar em gravações mais “jazzistas” como no seu original “Conception”, “Move” (Denzil Best) e outros mais. Era também o favorito de cantores como Mel Tormé, Nat King Cole, Peggy Lee que gravaram com seu luxuoso acompanhamento. No Brasil o grande admirador de Shearing foi Dick Farney, que nos tempos do “Copacabana Pálace” criou um quinteto semelhante, com Sylvio Viana (vb)- Nestor Campos (g)- Galhardo (b) e Onestaldo (dm) , levando o Jazz ao programa “Ritmos da Panair”, transmitido ao vivo, diáriamente pela Rádio Nacional . E como não bastasse, Shearing é o autor de um dos originais mais executados por músicos de Jazz, “Lullaby of Birdland”, que era o autêntico hino do “night club” Birdland. Um músico que desaparece aos 91 anos mas que deixa toda uma época como marco de sua presença entre nós.

2 comentários:

pedrocardoso@grupolet.com disse...

Mestre LULA:

Infelizmente foi-se um ícone da boa música, felizmente deixou-nos imenso legado discográfico e em filmes, legado que nos permite eternizar nossa apreciação por sua arte.
O que mais sinto é que a grande geração dos que escreveram o livro está esgotando-se. Todavia muitos músicos nascidos nas décadas de 50 em diante (claro, século passado) vão perpetuando e expandindo fronteiras, o que serve para renovar nossa alegria com a ARTE POPULAR MAIOR.

José Domingos Raffaelli disse...

Grande músico e grande pessoa que tocou 5 vezes no Brasil e aqui fez muitos amigos, a quem tive a felicidade de entrevistar três vezes.

Sua discografia alentada inclui gravações excelentes nas quais predominam o bom gosto, a inventividade e a refinada arte das suas improvisações. Sua interpretação de "September in the Rain" é uma das mais excitantes e definitivas desse conhecido standard.

Na sua gravação do standard "Making Whoopee", após a exposição do tema, os dois primeiros choruses totalmente improvisados de Shearing contêm as mesmas notas e a linha melódica mais tarde plagiada no mega-sucesso popular brasileiro "Teresa da Praia".

Keep swinging,
Raf